Ciclo da Evolução - Ter Paz
por Saul Brandalise Jr. em EspiritualidadeAtualizado em 16/06/2006 12:03:26
Não foi um final de semana como outro qualquer. Diferente na postura, nos pensamentos e assim, na colheita. O cansaço da semana anterior se foi como num passe de mágica. Mimi, o gato, Yupi, o coelho; Buck, Xerife e Fubica - os cachorros - todos em perfeita harmonia e convivendo entre si com brincadeiras interessantes. Nossa sala parecia um minizôo.
Real e positivamente “regado” a pijama, foi a tão sonhada paz de um final de semana perfeito. Márcia, minha esposa, soube respeitar e entender a “nossa” necessidade de um pequeno isolamento.
Mal comparando, somos semelhantes a um automóvel, onde o combustível é a nossa alimentação física e a energia de nosso cérebro representa o óleo que lubrifica o motor. Várias vezes esquecemos de “lubrificar” a nossa mente. Igual como fazemos com a troca do óleo do motor do carro. Conheço algumas pessoas que tanto insistiram em não trocar o óleo lubrificante que o motor do carro fundiu... É neste exato momento que os nossos obstáculos ficam maiores do que a nossa capacidade de resolver. Entramos em espiral descendente... Foi-se a tão sonhada paz.
Mas é preciso lembrar que nossa paz é diferente da paz que sonhamos um dia... Quando se é jovem, ou imaturo, imagina-se que ter paz é podermos fazer o que se quer: repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção. Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.
Ter paz é saber decodificar os sinais que a natureza nos apresenta em todos os momentos. Ser feliz na dor. Viver e entender o amor. Assumir responsabilidades e cumpri-las. É ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências... Somos uma essência em processo de evolução. Como já escrevi em outro texto, é preciso entender e aceitar que nossas desigualdades são fundamentais e necessárias para o nosso aprendizado quanto essências, seres espirituais.
A paz que hoje trago em meu peito é a tranqüilidade e a serenidade de aceitar os outros como são e, principalmente, a ferrenha disposição para mudar as minhas próprias imperfeições.
Já aprendi que querer ser coitadinho é contaminar o meu caminho com energias negativas e opressoras. Nenhum coitado colheu os louros da vitória... no máximo competiu...
Ter paz é seguir o próprio caminho independente do que os outros julguem, analisem ou exijam que sejamos.
É a vontade de dividir o que tenho, sabendo que desta vida nada levaremos e jamais me aprisionar ao que possuo. Isso é efêmero, nulo em valor.
Minha paz reside igualmente na minha procura em melhorar o que está ao meu alcance, entender, decodificar e aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez, sabedoria para separar adequadamente e distinguir uma coisa da outra.
A paz que hoje trago em meu peito é a confiança de ser o que planto e a plena convicção de que receberei das leis soberanas da vida o que a elas tiver oferecido.
Ninguém vai trilhar o meu caminho. Ele é só meu e intransferível. Se não tenho paz, não posso e não devo, portanto, responsabilizar terceiros...
Minha Paz é fruto de minhas atitudes.
Sei que nos veremos.
Beijo na alma