Ciclo da Evolução VI - O Bem e o Mal
por Saul Brandalise Jr. em EspiritualidadeAtualizado em 17/03/2006 14:41:55
Quando percebi que estava sendo conduzido em minha fé, fiquei perplexo. Faz tempo, é verdade. Por duas razões, obviamente. Uma, de que a fé é algo de foro íntimo, ou se crê ou se busca entender a razão das coisas.
Outra é que a verdade vem de nosso interior e não do exterior, religião ou fato; suplanta a nossa curiosidade e necessidade de aceitarmos as coisas como são verdadeiramente. É preciso sentir na alma. A verdade dos outros é efêmera.
Não se trata de uma disputa entre o bem e o mal. Entre o capeta e o anjo. Entre o que se queira definir como mal e o que entendemos como bem.
O Bem, de fazer o bem, e o Mal, de fazer maldade, são frutos de imaginação de quem quer conduzir alguém, ou ainda de credos que queiram nos guiar conforme nossa cegueira permitir, ou sua conveniência financeira exigir.
É impossível relevar o Livre Arbítrio e a Lei de Causa e Efeito em cima de personagens, sejam eles bondosos ou maldosos.
Saint Germain disse:
"Qualquer pensamento e sentimento discordante emitido por um ser humano deve primeiro vibrar através do cérebro e do corpo do emissor, antes de chegar ao resto do Universo.
Uma vez projetado, esse pensamento começa a viagem de volta para o seu criador. Nessa viagem de volta ele se junta aos outros de sua espécie e chega com um acréscimo que sobrecarrega o mundo desse ser humano. Esta é a ‘Lei’ e ela é imutável”.
Nós somos, verdadeira e unicamente, a nossa vitória ou a nossa derrota. São os nossos pensamentos e nossas atitudes que nos colocam na posição da bondade ou da maldade. São nossos hábitos que determinam as nossas colheitas.
Não resolve rezar e viver praticando o engano nos negócios. Não conseguimos vitória e alegria se ficamos a todos os momentos julgando nossos semelhantes ou praticando a má intriga. Fomentando a desunião e propagando a energia negativa.
Todo lucro mal-vindo é mal-aplicado.
É importantíssimo atentarmos para o detalhe da Lei de Causa e Efeito. Quando volta, sempre retorna com potencialidade de agregação dos fatores que foram criados.
É tão simples que chega a ser irritante, não é verdade? Claro que as religiões não ensinam isso porque, na realidade, não precisaríamos mais delas.
Precisamos sim policiar as nossas atitudes e nossos julgamentos.
Minha Mestra um dia me disse:
As pessoas que ficam felizes porque atingiram conquistas profissionais, ou porque compraram algo novo, e que se acham desta forma reconhecidas, se enganam muito.
São felizes os que se aceitam, os que não demonstram, não se inibem, não atacam, não fazem para provar, mas sempre estão fazendo. Não julgam, aí não perdem. Não tem medo, mas são prudentes. Tem grandes conquistas, mas humildade para lidar com elas.
Veja: Uma planta sem adubo, cresce, dá flor e até semente.
Uma planta adubada cresce forte, dá muitas flores e sementes que germinam mais rápido. Igual ao ser humano, aquele que só reclama, não quer aprender, acha que um outro ser não o ajuda... este é igual à planta sem adubo.
Aquele que aceita errar tira de cada erro uma lição, o que observa se disciplina, tem persistência... esse é igual à planta adubada...
Minha mestra nunca me mostrou que se evolui com medo do mal. Sempre prestando atenção em nossos erros, não os repetindo e aprendendo também com os erros dos outros.
Melhor assim né?
Sei que nos veremos.
Beijo na alma