Como vencer os medos de cor violeta - Parte 1
por Isabel Romanello em EspiritualidadeAtualizado em 11/02/2005 14:45:13
(tonalidades do lilás ao roxo)
“O destino não está fora, mas dentro de nós mesmos. Cada homem é senhor do seu destino e de sua razão”.
EMERSON
E, se isso é real, e eu creio que sim, vale a pena questionar: qual é a razão de alguém, dos seres humanos, de um homem ou do Homem? Qual é a minha ou a sua razão? E, como é possível ser Senhor dessa razão? Você já pensou nisso? Já avaliou a razão de ser de sua vida?
No decorrer desse nosso assunto vamos perceber que os medos violeta nascem, surgem em nossas vidas, quando temos aquilo que chamamos: “perda da razão”. Sabe, aquelas situações em que perdemos o sentido da vida, o que nos move e nos leva para frente? A razão para a gente continuar lutando e vivendo?! A nossa razão ou as razões que envolvem nossas buscas?
Sim, basicamente é isso que nos acontece quando passamos a ser invadidos pelos medos violeta. Entretanto, para compreender bem como é possível vencê-lo, primeiramente, precisamos compreender muito bem essa história das “razões da vida”.
É inegável! Tudo tem uma razão de ser! Tudo e, todos temos uma razão essencial para viver ou existir. Essa razão está sempre por trás de cada grande ou pequeno objetivo que estruturamos e alimentamos em nossas vidas.
Fica fácil compreender as “razões” se buscarmos a essência determinante dessa razão. E, pelo paralelo comparativo que vamos utilizar nesse artigo, ao final de suas partes, a cada semana, você vai se tornar capaz de compreender as causas e responder às questões formuladas acima sem dificuldade alguma!
Avalie o exemplo seguinte: quando se tem às mãos uma caneta, existe uma razão para ela existir e ali estar! Eu responderia, simplesmente: possibilitar a expressão gráfica! Escrever! Acho que ninguém discorda! A razão de qualquer caneta é permitir a escrita!
A razão sempre define o objetivo de algo ou alguém e, sem dúvida, o objetivo de uma caneta é escrever. Mesmo que ela, a caneta, não queira isso, pois, afinal, não tem vontade própria. Entretanto, ela existe para isso e, passivamente, cumpre sua razão, servindo às nossas vontades. Assim, fica simples e fácil sermos senhores da razão de uma caneta, não? Pense nisso. Quando a utiliza você está sendo o senhor da sua razão! A caneta cumprirá a sua vontade! Seguirá o seu querer! Obedecerá às suas ordens!
Bem, se escrever é a razão de uma caneta, qual seria a condição mais essencial de tal objeto? A essência que permite que isso aconteça? O que promove e possibilita a elaboração da escrita? Se você respondeu: a tinta, acertou! É claro! Assim, fica fácil concluir, também, que se a tinta acaba a caneta perde sua razão, não é? Não pode mais ser uma caneta! Mesmo que aparentemente ainda o seja, já que está com a mesma conhecida forma, basta alguém precisar utilizá-la para compreender que, como sua essência já não existe, toda a sua estrutura também não tem mais razão para existir. Vá imaginando e percebendo a fundo cada frase e cada significado...
Se fecharmos esse tão simples raciocínio, fica claro que a essência sempre “autoriza” o objetivo que, por trás, sempre define a razão de algo existir. E, ainda mais, as qualidades essenciais, são absolutamente necessárias para a efetivação de um objetivo e para, conseqüentemente, se tornar possível o cumprimento de uma razão.
É claro que essas qualidades essenciais necessitam de alguns meios para poder se expressar. Primeiramente, na caneta, deve existir algum mecanismo que permita a essência se manifestando de uma forma apropriada, que controle a quantidade da tinta a ser liberada, que promova um certo conforto ao usuário, que defenda preventivamente sua essência de um possível ressecamento, antecipando, assim, ao conjunto elaborado e denominado caneta, uma proteção através de uma tampa ou de algum produto químico que possa somar e impedir a rigidez da tinta – ou da essência! As essências rígidas, endurecidas, ressecadas não escrevem e impossibilitam o alcance do objetivo.
Também, por outro lado, é claro que a essência em paralelo ao mecanismo, para cumprir sua razão, necessita de um “corpo”. Algo que considere as funções a serem cumpridas e as capacidades do usuário que as cumprirá. Assim, diferentes materiais se unem, se mesclam ou misturam, permitem que as partes do mecanismo vão se juntando e, finalmente, a caneta existe, se manifesta com características próprias, podendo cumprir bem suas funções, ou nem tão bem assim. Afinal, algumas canetas são deliciosas de se utilizar, enquanto outras são pesadas, com um traço que machuca o papel... Algumas têm um design fabuloso e outras são simples, mas sem necessariamente alterar suas capacidades de promover uma boa escrita...
Bem, daqui pra frente, basta que cada um pense em suas próprias experiências com as diversas canetas já utilizadas na vida! Vamos lá? Estamos procurando a razão dos seres humanos, lembra-se?
Pois bem, da mesma forma, assim como a caneta, nós temos um corpo. Cada um de nossos corpos apresenta características próprias em função da raça que exibem, da medida e da força de cada parte, com diferentes atrativos, alguns mais harmônicos, outros menos, mas, sem qualquer dúvida, mesmo sem um “design tão fabuloso”, podendo expressar algumas capacidades e qualidades na mesma equivalência.
Habitamos uma máquina que nos permite expressar vida! Potencialidades latentes vão se desenvolvendo nela - máquina - em nosso crescimento. Temos capacidades e qualidades físicas nessa máquina que precisam ser nutridas e alimentadas! Precisam ser cuidadas! Isso, principalmente, porque o corpo cumpre um ciclo. E, no inevitável, mesmo que retardando envelhecimento, o fim é implacável! Da máquina! É claro!
Precisamos cuidar da saúde física, do corpo, para prolongarmos as nossas possibilidades, para continuarmos a cumprir e a executar as ações cabíveis à nossa realidade diária pessoal. Isso é muito importante! Nunca esquecendo que o “destino” pré-definido não existe, que o acaso não se aplica à condição essencial de qualquer aspecto de nossas vidas e que estamos a cada segundo nutrindo a saúde de nosso segundo seguinte! Se não cuidarmos de nosso corpo, as conseqüências que sofreremos terão a equivalência de uma caneta quebrada ao meio. A tinta ainda existe, mas o mecanismo já não pode se expressar e a razão fica impedida de se cumprir! E, em alguns casos, se a caneta que se quebrou ainda escreve, é certo que faz isso de uma forma inapropriada, “capenga”... E, nesses casos, a sobrecarga de outras partes ou outros aspectos do todo é inevitável! Você está percebendo o raciocínio paralelo? Comparativo. Ao final, isso será importante!
Vamos ao mecanismo? Qual é o paralelo do homem com o mecanismo que elabora o “lógico” funcionamento da caneta?Bem, para nos ser possível a expressão através dessa máquina, uma força mental comanda a expressão energética de nossa estrutura global. Nossas mentes têm o funcionamento mais elaboradamente fantástico em todas as suas capacidades e qualidades de comando! Ë ela, a mente, que recebe de fora, decodifica, comunica, aguarda, recebe de dentro – a resposta direcionante – organiza, planeja e gerencia a resposta recebida, ordena e comanda a ação externa, ETERNA“MENTE”!
Compreender isso, a fundo, é simplesmente fascinante! As mentes contaminadas por preconceitos não sabem prevenir o ressecamento e o endurecimento da essência!...
E, assim como o mecanismo da caneta, a mente faz e refaz, e repete, e promove a saída da carga, o sustento dessa carga que vai sofrer a pressão da ação do homem para cumprir a permissão da própria vida existir e se pressentir viva!
E, então, novamente relembrando a caneta, chegamos às nossas próprias razões! O que é a “tinta” em nós? Qual é a nossa Essência? E qual é a razão dessa Essência em nossas vidas?
A partir da compreensão desse ponto vamos reconhecer os medos violeta sob uma condição de maior domínio. As repostas a essas últimas perguntas revelam de qual forma é possível vencer os medos violeta. E isso vai ficar para a próxima semana. Até lá!
Descubra a cor de seu medo