Consciência
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 07/01/2010 18:05:10
Temos vivido, nos últimos dias, sob o impacto dos inúmeros acontecimentos que envolvem fenômenos naturais, como as chuvas – com suas conseqüentes inundações - e as intensas nevascas, que têm trazido tantos transtornos aos seres humanos. Nenhuma região do planeta está imune aos efeitos destas ocorrências.
Todos já sabemos que elas são conseqüência das mudanças climáticas, geradas pelos poluentes, cujos números vêm atingindo índices alarmantes há muito tempo, e pelo descaso com que vimos tratando as imensas riquezas naturais do planeta. Entretanto, nenhum argumento até agora apresentado por todos aqueles que já despertaram para este fato foi capaz de sensibilizar os países que mais contribuem para o seu agravamento.
Vamos, a partir de agora, ter de ampliar ainda mais nossos alertas e mobilizações, para que o problema seja encarado com a urgência que se faz necessária. Diminuir a poluição é uma das frentes desta luta, mas não a única.
É preciso também uma nova atitude em cada ser, individualmente, no sentido de rever seus hábitos, já que o consumismo exacerbado, gera uma quantidade enorme de lixo e bens descartados, cujo destino deve igualmente ser alvo de nossa preocupação.
Precisamos contribuir para que a vida no planeta possa continuar existindo em níveis dignos, para as próximas gerações. A consciência é a única forma de conseguirmos dar conta nessa gigantesca tarefa.
“O primeiro homem que caminhou na Lua - quando voltou, lhe foi perguntado qual tinha sido a sua primeira idéia? De pé sobre a Lua, olhando para o céu, olhando para a Terra, qual foi sua primeira idéia? E o que ele disse é muito significativo.
Ele disse: "Minha primeira idéia era, Minha amada TERRA! Pela primeira vez eu entendi que não há América, não há Rússia, não há China, não há Índia. É uma TERRA, MINHA TERRA! Não existem linhas, nem divisões - todas são fabricadas pelo homem.
’E a coisa mais estranha que eu vi foi que a Terra era vista como a LUA, irradiando luz’. E é oito vezes maior do que a Lua, então, apenas a Lua oito vezes maior, com oito vezes mais luz... E a Lua em si era vista como apenas um deserto seco, nem mesmo uma única gota de água caiu sobre ela, nunca qualquer grama cresceu sobre ela, - não há vida em qualquer lugar, silêncio absoluto. E esse silêncio eu chamarei o silêncio de morte’.
Nossa Terra é igualmente silenciosa, mas o vento passa por entre as árvores ... e há vida ... e os pássaros cantam e há luz. E profundo no meio da noite, quando tudo é silêncio, um cuco começa a cantar - você acha que perturba o silêncio? Não, ele o aprofunda, ele o torna mais musical.
E como o cuco torna-se silencioso, a noite é mais profundamente silenciosa do que era antes. Este é um silêncio vivo. Lembre-se sempre, qualquer qualidade que não tenha vida, não vale a pena ter. A não ser que um santo possa também dançar, ele não é um santo, ele é apenas um fóssil morto.
Quando você começa a ver que mesmo a verdade, a meditação, a beleza ou virtude - todas têm suas próprias canções, cantadas ou não cantadas, você estará se movendo para dentro dos mistérios. A morte não tem mistério, a morte é um beco sem saída, a vida é um processo contínuo, sempre e sempre. Basta despertar a sua consciência, e seu entendimento se tornará mais amplo e maior. Quando sua consciência chega ao ponto mais alto, tudo está abaixo dela. Isso é exatamente o significado de entendimento...
OSHO - O ESPIRITO REBELDE
