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Construindo uma vida saudável

por Elisabeth Cavalcante em Espiritualidade
Atualizado em 23/05/2007 18:18:06


Todos desejamos uma vida longa e saudável. No entanto, muitos seres humanos continuam a ignorar o fato bastante simples de que a saúde é resultado da maneira como vivemos.

Hábitos de vida como a alimentação, o exercício físico, o sono equilibrado são determinantes para uma vida saudável. Mas a maneira como lidamos com nossas emoções também tem um impacto definitivo em nossa saúde.

Desejar ser saudável não é suficiente para que isto aconteça. É necessário vontade, disciplina e, principalmente, transformar nossa forma de encarar a vida. Se acreditarmos firmemente que ser feliz é nosso estado natural, deixaremos de aceitar passivamente todas as situações que nos tornam infelizes.

Outro passo importante é não adiar ou pensar que um dia, talvez quem sabe, alcançaremos a felicidade. Visto que o futuro é apenas uma hipótese, e não temos nenhuma garantia de que ele chegará, buscar a felicidade é uma tarefa urgente, a ser empreendida no momento presente.

Existem à nossa disposição inúmeras técnicas de autoconhecimento que podem nos ajudar a entender e curar nossas feridas emocionais. Mas nenhuma delas funcionará se não tivermos um desejo sincero de transformação interior.

Ter uma atitude positiva e ir em busca do prazer, da celebração, da alegria, pode fazer toda a diferença e determinar se teremos uma vida saudável ou continuaremos reféns da doença e da infelicidade.

“Quando alguma coisa fica reprimida no corpo, você não está cônscio disso. Isso vai para o inconsciente, nunca é consciente. O corpo é governado pela mente inconsciente, não pela mente consciente. Todo o mecanismo do corpo é não-voluntário.

... A mente só se torna ciente de algo no corpo quando alguma coisa deu errado. Por exemplo, geralmente você não pode sentir que seu sangue está em movimento, mas se você romper uma veia e o sangue jorrar dela, você pode sentir seu movimento. ... Circulação nunca é sentida. Não é uma coisa consciente; o corpo simplesmente prossegue realizando-a.

O mecanismo inteiro do corpo trabalha inconscientemente. Você não está cônscio disso. Sempre quando alguma coisa se move da mente para o corpo, se move do consciente para o inconsciente. O corpo é inconsciente.

Se você está zangado você fica consciente da raiva, mas não das químicas que são liberadas no corpo. Como você pode estar cônscio disso? Quer você expresse sua raiva ou não, você não sabe o que acontece com essas químicas que são liberadas na corrente sanguínea, nem com a energia específica que gera a agressão. Se você não a utilizou, ela permanece em algum lugar. Você desenvolve um complexo: a energia desperta torna-se parte de sua estrutura muscular, torna-se uma parte de seu corpo.

Na Inglaterra havia um homem cujas técnicas merecem leitura. Alexander trabalhou com as posturas do corpo. Ele descobriu que alguém tem uma determinada postura porque possui uma mente particular. Se a postura for alterada, a mente se altera. Ou se a mente for alterada, a postura se altera. Os dois têm uma profunda associação.

... Pessoas numa sociedade que não proíbe a expressão das emoções terão tipos de posturas diferentes daquelas pessoas de uma sociedade repressiva. Numa sociedade onde as pessoas possam chorar ou rir facilmente, sem inibições, as pessoas têm um tipo diferente de estrutura corporal.

Quando você ri, isso não é simplesmente um riso. Seu corpo inteiro muda. Se a sociedade na qual você foi criado tiver inibido o rir, então seu abdômen terá um formato diferente daquele que se você tivesse sido criado numa sociedade que encorajasse a risada.

Pessoas criadas em certas sociedades não podem realmente sorrir porque o riso tem sido inibido. A fala delas fica afetada por isso; tudo se torna artificial, um maneirismo. Assim você não pode respirar profundamente, porque se você não pode rir você não pode tomar um fôlego profundo. E do mesmo jeito, se você não puder chorar à vontade, você não pode respirar facilmente. Tudo no corpo está interconectado.
...a menos que um corpo seja profundamente sensível ele não está vivo.
A coisa primaria que tem que ser feita é de tornar o corpo vivo.

Estar no corpo significa estar vivo. Eu posso usar minha mão apenas como um instrumento, mas assim ela está morta. Eu posso mover minha perna como um instrumento, mas assim ela está morta.
Se ‘Eu’ não estiver me movendo dentro da minha perna, então a perna está morta. Mais sensitividade agora é necessária, então posturas diferentes precisam ser desenvolvidas.
Primeiro, muita catarse é necessária.

Alguém estava aqui, um rapaz americano. Ele veio para aprender meditação. Ele esteve perambulando por muitos ashrams na Índia, e depois ele chegou aqui. Eu disse a ele, “Meditação ainda não pode ser iniciada. Entre você e a meditação, há um intervalo. Você pode continuar eternamente aprendendo técnicas, mas isso não irá ajudar porque você ainda não está no ponto de onde a jornada possa começar”.
Depois eu dei a ele um exercício. Ele sentou-se comigo e lhe dei um travesseiro e disse a ele para esmurrá-lo e para fazer o que quisesse com o travesseiro.
Ele disse, “Isso é besteira!”
Eu lhe disse, “Faça isso! Comece!”

No primeiro dia ele tentou. A princípio ele não era muito bom nisso, no final porém, ele estava sentindo muito. Ele me disse, “Isso é absurdo: no início tive de representar, mas nos últimos dez minutos eu tenho sentido muito”.
Ele prosseguiu com a técnica. Depois de uma semana, ele estava mais raivoso com o travesseiro do que você possa imaginar! Era tão autêntico e real.

Então no oitavo dia, ele veio com um punhal - embora eu não lhe tenha pedido isso. Ele disse, “Agora o problema é demais! Eu quero matar o travesseiro! A menos que o mate, se a raiva não for liberada, sinto-me tão agitado que receio que possa matar alguém. Portanto deixe-me matar esse travesseiro, assassiná-lo”.

Assim ele o assassinou... no oitavo dia ele assassinou o travesseiro, ele o destruiu completamente. Depois por pelo menos meia hora, ele caiu num profundo relaxamento. Finalmente perguntei a ele, “Qual o seu sentimento com relação ao travesseiro”?

Ele disse, “O travesseiro permaneceu apenas um travesseiro por quatro dias. Mais tarde, tornou-se meu pai. Eu não matei o travesseiro; eu matei meu pai. Isso tem sido um desejo em mim por três anos. Finalmente agora posso voltar para minha casa, para meu pai. Não estou mais raivoso. Pelo contrário, tenho muita pena de meu pai. A violência desapareceu”.

Então eu disse, “Agora você pode começar a meditar”. E bem no primeiro dia, ele entrou em profunda meditação. Através da catarse, a raiva dele foi liberada. Só então ele estava preparado para meditação”

Osho, The Eternal Quest



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elisa
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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