Desenvolvendo a Intuição
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 28/04/2003 11:47:03
Muitas pessoas têm me questionado sobre técnicas ou ferramentas que podem utilizar para desenvolver a intuição e os poderes psíquicos.
Existem muitas formas de fazê-lo: o trabalho constante com os oráculos como o Tarô e o I Ching, a meditação, que pode incluir o uso de imagens (mandalas), mantras (verbalizados ou mentalizados), a chama de uma vela, a concentração na própria imagem diante do espelho, ou a observação da própria mente até que ela se aquiete.
James Van Praagh, um dos mais famosos médiuns americanos da atualidade, descreve em um de seus livros, as técnicas que utilizou para desenvolver e aprimorar seus poderes psíquicos.
" Comprei todos os livros que pude encontrar sobre poderes psíquicos ou desenvolvimento da mediunidade. Muitos desses livros descreviam diferentes técnicas para fazer evoluir a habilidade psíquica que todos possuímos. Algumas delas:
... Eu precisava segurar um objeto bem próximo aos meus olhos e verificar que sensações poderiam surgir a respeito daquilo que tinha em mãos. Essas sensações poderiam ter a forma de imagens, sons, nomes ou sensações. Outra técnica consistia em segurar o retrato de uma pessoa ou de um grupo de pessoas e escrever em um pedaço de papel todos os pensamentos que me ocorressem sobre as pessoas na foto, tais como suas idades, seus gostos, o que as desagradava, se estavam felizes, tensas, ou preocupadas a respeito de alguma coisa e assim por diante.
Um dos exercícios exigia a participação de um grupo de pessoas. Uma pessoa tinha que se sentar em uma cadeira de frente para as demais. Outra precisava postar-se de pé um passo atrás da pessoa sentada, fora de seu campo de visão, portanto. A pessoa sentada deveria descrever tudo o que sentisse a respeito da pessoa de pé. Seria a energia de um homem ou de uma mulher? Quais seriam as características mais destacadas dessa pessoa? Como eram suas roupas? A pessoa usava óculos?
Todos esses exercícios são concebidos para ajudar a pessoa interessada a utilizar suas sensações, e não seu lado racional, para captar o mundo ao seu redor. Logo, eu estava incorporando muitos deles ao meu cotidiano. Por exemplo, no meu caminho para o escritório, tentava adivinhar qual o elevador que chegaria primeiro ao térreo. Ou tentava intuitivamente visualizar as cores das roupas que meus colegas de trabalho estariam vestindo. Quanto mais exercitava minha intuição, mais meus palpites mostravam-se corretos.
Quando adquiri mais confiança na minha intuição, comecei a captar coisas sobre as pessoas - a “ler” as pessoas. Era minha maneira de sintonizar com o interior dos outros, em um nível emocional. Funcionava do mesmo jeito que utilizava com os retratos. Eu tentava captar o que estava se passando no íntimo das pessoas. Tratava-se de uma boa pessoa? Estaria escondendo alguma coisa? Era feliz ou triste? Quais seriam seus desejos na vida? O que a motivava? Registrava minhas sensações e então comparava com a pessoa física, de maneira a verificar se o que havia captado intuitivamente se encaixava com a realidade. No início levei algum tempo até descobrir que perguntas fazer a mim mesmo. Mas, depois, parecia que, em poucos segundos, eu era capaz de ler a pessoa.
Novamente, descobri que, quanto mais seguisse minha primeira intuição, mais era capaz de acertar. Precisava aprender a não ter medo de me perguntar. Será que a minha primeira sensação foi distorcida por meus preconceitos ou por meus julgamentos? Foi de fato a minha primeira sensação, ou já é um pensamento elaborado? Logo tornou-se claro para mim que aprender a confiar nos meus palpites e seguir meu instinto seria sempre válido, independente das minhas razões para fazê-lo ou do sentido que minha vida tomava.
Depois de um ano seguindo meu programa de desenvolvimento da intuição, minha sensitividade havia crescido enormemente. Não quero dar a você a impressão de que nunca erro. Claro que erro. Só quis explicar que, para mim, o modo mais fácil de ler as pessoas é através das emoções. As emoções são energias em estado bruto e, quer se dê conta ou não, a maioria das pessoas traz o coração à flor da pele.
Nos últimos dez anos, tive o privilégio de conversar com milhares de pessoas, através de consultas individuais, encontros de grupos, simpósios internacionais e, mais recentemente, no rádio e na televisão.
As experiências têm sido extremamente gratificantes, intensamente envolventes, do ponto de vista emocional e extraordinariamente positivas. Aprendi a me libertar dos condicionamentos do meu ego e permitir à minha vida dirigir-se para onde quiser me levar".