Energia
por Saul Brandalise Jr. em EspiritualidadeAtualizado em 07/10/2002 12:05:31
Várias vezes já escrevi sobre Energia, o que penso dela e as intuições que recebo a este respeito.
Em Setembro do ano passado eu estava aqui nos Estados Unidos e pude perceber e sentir toda a Energia que um povo sofre quando é atacado, humilhado e vive, consequentemente, um estado de guerra.
Retornei em março, sempre a trabalho, mas estive em cidades onde os acontecimentos só foram sentidos pela repercussão dos fatos.
Nesta viagem foi diferente, vim a Nova Iorque, palco de uma das maiores agressões físicas e morais que a população civil deste país possa ter sofrido.
Fomos visitar o que sobrou das Torres Gêmeas. Lá chegando pude sentir toda a Energia negativa que impregna o local. As pessoas circulam pelos locais permitidos quase sem falar, como se estivessem sendo tragadas por uma grande piedade, dor ou mesmo indignação.
Sem perceber, fiz o mesmo, como se estivesse em um grande cemitério. Registrei algumas fotografias e logo quis deixar aquele local. Uma forte dor de cabeça se fez presente.
Bem próximo pega-se um barco para ir até a estatua da Liberdade e assim fizemos. Quando estávamos na fila de entrada uma grande surpresa. Aproximou-se de nós um violinista e logo começou a tocar, PASME, o nosso Hino Nacional. No começo não sabíamos como reagir, mas na seqüência cantamos o Hino, para a surpresa de todas as pessoas, de diversas nacionalidades, presentes na fila. É muito bom ser Brasileiro e ter o privilégio de ouvir e cantar o nosso hino fora de nossa terra. Claro que o violinista recebeu nosso carinho e uma polpuda gorjeta.
Quando tomamos assento, na parte superior do barco, duas pombas vieram pousar na soleira, perto do nosso banco, bem nas costas de meu filho Saul Neto. Uma preta e outra branca. Registrei algumas fotos e disse a elas que tinha entendido a mensagem. Após minha fala, partiram.
Tão logo o barco saiu em direção a Estátua da Liberdade pude constatar uma das maiores demonstrações de registro de algo que não existe. Praticamente todas as pessoas esqueceram qual era o seu destino, viraram-se de costas para a estátua e ficaram tirando fotografias do local onde estavam situadas as duas torres. Algumas apenas olhavam como se procurassem uma explicação lógica para a tragédia. A fisionomia era de uma incrível sensação de angústia.
O registro fica comprometido pois as palavras, quando escritas, são isentas de emoções... Os Estados Unidos são, depois de setembro de 2001 uma nova nação onde, como bem significaram as duas pombas, o bem e o mal andam próximos.
Precisamos ter competência, evolução e conhecimento para sabermos escolher entre um e outro, em nossas vidas.
Até a semana.
Um beijo na alma.