Espaço, Tempo e Além
por Acid em EspiritualidadeAtualizado em 13/08/2004 11:26:04
Lendo o livro (De Bob Toben e Fred Alan Wolf, que trata de relacionar as idéias filosóficas da humanidade com as idéias científicas do nosso tempo, e com isso procura explicar física quântica de forma descomplicada (Ed. Cultrix).) Espaço, tempo e além(*), me vieram alguns insights:
Hermann Minkowski visualizou as idéias de Einstein e representou o espaço-tempo como uma figura (ao lado), que batizou de cone de luz. Ela mostra um evento isolado ocorrendo num ponto isolado do espaço-tempo. A partir desse evento, se movermos os olhos para cima, na figura, estaremos vendo as conseqüências futuras desse evento. Se movermos os olhos para baixo, veremos todos os eventos passados que podem ter influenciado o evento em questão (parece muito com a disposição das cartas do tarot). Outros cones ficariam emparelhados a este, e simbolizam outros eventos acontecendo simultaneamente, mas em pontos diferentes do espaço, e impossibilitados de se comunicarem um com o outro, porque as informações contidas dentro do cone viajam no máximo à velocidade da luz, e o cone seria como uma "parede de luz" que bloqueia qualquer coisa acima dessa velocidade. MAS o pensamento viaja mais rápido que a luz, e pode atravessar essa barreira. Chamamos esse efeito de Onda quântica, e é o pensamento (a consciência) que influencia o que está fora do cone (que está para nós como num "estado de possibilidades") e o "teleporta" pra dentro, para o que chamamos de realidade.
Mas o inverso também pode ser verdadeiro. Imagine que não foi seu pensamento que "trouxe" o evento pra cá, mas sim você (e toda a sua realidade) que se deslocou nessa malha para o lugar onde o evento de fato já É realidade (A conexão entre o ato de conhecer um evento e o próprio evento é muito, muito íntima. Então é como se as coisas que SÃO nunca deixaram de ser, e se achamos que elas mudam, na verdade somos NÓS que estamos nos mudando). Seria como uma mudança de percepção.
Estamos então mudando de universo constantemente?
Sim. É essa a tese de Everett sobre universos paralelos, onde ele decidiu interpretar a onda quântica não como um indicador de probabilidade de alguma coisa ocorrer, mas um indicador do que realmente ocorre. Ou seja, quando você joga uma moeda, em uma realidade ela cai com a cara virada pra cima, em outra com a coroa, e você existe em ambos os universos (Cada mundo, entretanto, é essencialmente desconhecido para o outro. Por isso, cada \'edição\' de você é cônscia apenas de seu próprio mundo. Se ambas as edições fossem tomadas conjuntamente, todos os resultados possíveis de uma dada interação efetivamente ocorrerão, mas não na mesma realidade. Formaria então novas ramificações, novas realidades, onde, por exemplo, a moeda cairia em pé sobre sua borda.) simultaneamente(*)!
Então, se o pensamento/consciência pode comunicar-se com essas outras possibilidades, isso explica os insights, as premonições, as sincronicidades. A pessoa estaria acessando coisas FORA do seu cone. Os espíritos podem então ser consciências que estão deslocadas desse eixo imaginário de eventos, e com essa facilidade alguns poderiam ter acesso aos possíveis eventos passados que ocorreram (ou não) para a concretização da sua realidade atual, e também os possíveis eventos (E dependeria apenas da sua consciência decidir qual \'canal\' sintonizar para trilhar este ou aquele futuro. Não seria uma questão de eu QUERO isso pra mim, mas o EU SOU isso, ou seja, a coisa é vibracional. Com uma mudança vibracional maior, talvez mudássemos de realidade, realizando um salto quântico, no que seria possível explicar o tal arrebatamento que os crentes prevêm, ou o banimento de um grupo kármico para um planeta mais atrasado (o tal Planeta X), e a tão esperada separação do joio do trigo, onde (metaforicamente) uns passariam para a direita, e outros pra esquerda. Quem sabe?) futuros(*).
A realidade "ordinária" que percebemos não é um universo único, e sim a harmonia de fases dos movimentos através de um número indefinido de universos. Você está surfando por múltiplos universos, e cada um deles (representado pela lâmina do desenho da esquerda) é uma realidade com um número infinito de possibilidades (todas as coisas são possíveis, mas algumas são mais prováveis). Mas não percebemos a transição (do mesmo jeito que você não sente que está rodando junto com a Terra), afinal, sua consciência está sempre em UM ponto, que é sua realidade atual, o AQUI e AGORA.
Imagine esses cones como latas numa prateleira de supermercado. Podemos ver a fileira de latas da frente, mas apenas deduzir que há muitas outras por trás. Todos os que estão na mesma fileira (dimensão) e prateleira (eixo/freqüência) estarão compartilhando a mesma ilusão de realidade (por isso não vemos fulano aparecendo e reaparecendo a cada vez que ele faz uma escolha). As fileiras de trás são como uma outra dimensão (no caso, seria a profundidade). Ao morrer (ou dormir) estaríamos jogando nosso foco de consciência para a realidade desta outra profundidade.