Felicidade?
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 29/09/2006 11:36:37
Todo ser humano anseia pela felicidade. Esta é uma verdade inquestionável. Entretanto, o conceito de felicidade pode ser diferente para cada um de nós. Para alguns, felicidade se resume apenas em ter dinheiro e segurança material. Para outros, a felicidade se resume à realização afetiva, e sem isso, ela se torna impossível.
Outros, ainda, identificam a felicidade como um estado de bem-estar físico e emocional. È óbvio que saúde física é um requisito importante para a sensação de bem-estar que costumamos chamar de felicidade.
Curiosamente, porém, encontramos pessoas que, mesmo tendo problemas de saúde ou deficiências no corpo físico, são capazes de extrair da vida motivos para se sentirem felizes. E há aquelas que, mesmo vivendo em dificuldades financeiras são capazes de extrair de coisas simples motivos para sentir alegria.
Não resta dúvida de que algumas pessoas têm uma vida extremamente difícil, e para elas alcançar a felicidade é um grande desafio. Porém, se encararmos nossa vida como um conjunto de fatos que foram gerados por nossas próprias atitudes, nesta ou em outras vidas, poderemos abandonar a postura de vítimas do destino e encarar com realismo o papel que nos cabe, para alcançar o estado de felicidade que tanto almejamos.
“CRIATIVIDADE
O caminho da felicidade
.... Seja feliz, respeite a felicidade, e ajude as pessoas a entenderem que a felicidade é a meta da vida Satchitanand: os místicos orientais dizem que Deus tem estas três qualidades: Ele é sat: Ele é verdadeiro, existencial. Ele é chit: consciência, percepção. E, finalmente, o pico mais alto, é anand: felicidade. Onde há felicidade, há Deus.
Sempre que você vir uma pessoa plena de felicidade, respeite-a, ela é sagrada. E sempre que encontrar um grupo que se sente feliz e festivo, veja esse lugar como sagrado.
Temos que aprender uma linguagem totalmente nova, só assim esta velha e pobre humanidade pode ser mudada. Temos que aprender a linguagem da saúde, da totalidade, da felicidade. Vai ser difícil porque são grandes os nossos investimentos. Por isso é tão difícil ser feliz e tão fácil ser miserável.
... A felicidade precisa de talento, gênio e criatividade. Só as pessoas criativas podem ser felizes. Que isto penetre fundo em seu coração: só as pessoas criativas são felizes. A felicidade é um subproduto da criatividade. Crie alguma coisa e você será feliz. Crie um jardim, faça-o florir, e alguma coisa florescerá em você.
Crie uma pintura, e conforme ela for se desenvolvendo, algo começará a se desenvolver em você. Quando a pintura acabar, quando você der os últimos retoques, verá que não é mais a mesma pessoa. Está dando os últimos retoques em alguma coisa que é muito nova em você mesmo.
Escreva um poema, cante uma canção, dance uma música e veja: você começa a se sentir feliz... Deus só lhe deu esta oportunidade para ser criativo: a vida é a oportunidade para ser criativo. Se você for criativo será feliz.
... É preciso inteligência para ser feliz, e as pessoas são ensinadas a não serem inteligentes. A sociedade não quer que a inteligência floresça. A sociedade não precisa de inteligência; na verdade, sente medo dela. A sociedade precisa de pessoas estúpidas. Por que? Porque os estúpidos são Sannyas manipuláveis.
As pessoas inteligentes não são necessariamente obedientes – podem obedecer, podem não obedecer. Mas a pessoa estúpida não desobedece; está sempre pronta a ser comandada. A pessoa estúpida precisa de alguém para comandá-la, porque não tem inteligência para viver por si mesma. Quer alguém para dirigi-la; busca os seus próprios tiranos.
... A pessoa inteligente é rebelde: inteligência é rebeldia. A pessoa inteligente decide por si mesma se diz sim ou não. A pessoa inteligente não pode ser tradicional; não fica adorando o passado, não há no passado nada para venerar.
A pessoa inteligente quer criar um futuro, e quer viver no presente. Viver no presente é sua maneira de criar o futuro. A pessoa inteligente não se prende ao passado morto, não carrega cadáveres. Por mais belos que possam ser, por mais preciosos, ela não carrega cadáveres. Põe um fim no passado; ele se foi para sempre.
... O homem só pode ser feliz se for inteligente, totalmente inteligente. A meditação é um truque para liberar a inteligência. Quanto mais meditativo você se tornar, mais inteligente será.
Mas lembre-se, por inteligência não quero dizer intelectualidade. A intelectualidade faz parte da estupidez. A inteligência é um fenômeno totalmente diferente, não tem nada a ver com a cabeça. A inteligência é algo que vem de seu próprio centro.
Ela cresce em você e, com ela, muitas outras coisas começam a crescer. Você se torna feliz, torna-se criativo, torna-se rebelde, torna-se aventureiro, começa a gostar da insegurança, começa a mover-se para o desconhecido. Começa a viver perigosamente, porque essa é a única maneira de viver.
... Só andando no desconhecido, você cria o caminho. O caminho já está aí; caminhando você o cria. Para as pessoas estúpidas existem grandes rodovias onde se move a massa: Há séculos e séculos essas pessoas têm se movido e não vão a lugar nenhum, andam em círculos. Mas têm o conforto de estarem com muita gente, de não estarem sós.
A inteligência lhe dá coragem para estar só, e inteligência lhe dá a visão para ser criativo. Uma grande urgência, um grande apetite pela criatividade surge em você. E só então, como conseqüência, você pode ser feliz, pode estar pleno de graça”.
OSHO, da série "O livro da sabedoria II"