Imprevistos
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 06/06/2008 15:18:29
Os imprevistos constituem uma excelente oportunidade para treinarmos nossa flexibilidade e capacidade de cultivar a tolerância e a paciência. Muitas vezes, quando algo não sai como planejamos, despendemos uma grande quantidade de energia reclamando ou sentindo muita raiva, ao invés de simplesmente focarmo-nos numa maneira de lidar com aquela nova circunstância.
Olhar para a situação e dizer: é isso o que se apresenta agora e minha única atitude neste momento deve ser refletir sobre as alternativas que tenho para resolver a questão, é o melhor meio de evitar que o desequilíbrio assuma o controle.
Este é um meio eficaz de nos mantermos conectados com o agora e não nos deixarmos levar pela mente, que sempre insistirá em projetar os problemas que poderão advir daquele imprevisto.
Aliás, a raiva geralmente se apresenta porque passamos a sofrer antecipadamente por conseqüências que podem ou não acontecer, sendo apenas hipóteses possíveis.
Ao exercitarmos esta mudança em nossa atitude, surpreendentemente, as soluções costumam se apresentar quase de imediato. Isto porque deixamos vir à tona, naquele momento, uma nova energia, a da serenidade e da confiança na solução dos problemas, em vez de simplesmente alimentarmos a crença de que eles se tornarão insolúveis.
Aceitar as mudanças e os imprevistos com serenidade nos torna integrados de imediato à permanente mutação que rege todos os fenômenos da existência.
Esta integração é o caminho mais seguro para a felicidade e a paz.
“Amando o que acontece
As estações mudam. Às vezes é inverno, às vezes é verão. Se você permanecer sempre no mesmo clima, você se sentirá estagnado. Você precisa aprender a gostar daquilo que está acontecendo. Chamo a isso de maturidade. Você precisa gostar daquilo que já está presente.
A imaturidade é ficar vivendo nos "poderias" e nos "deverias" e nunca vivendo naquilo que "é" - aquilo que "é" é o caso, e o "deveria" é apenas um sonho. Tudo o que for o caso, é bom. Ame isso, goste disso e relaxe nisso.
Quando algumas vezes vier a intensidade, ame-a. Quando ela for embora, despeça-se dela. As coisas mudam... A vida é um fluxo. Nada permanece o mesmo; às vezes há grandes espaços e às vezes não há para onde se mover.
Mas as duas coisas são boas, ambas são dádivas da existência. Você deveria ser grato, reconhecido por tudo o que acontece. Desfrute o que for. É isso que está acontecendo agora. Amanhã poderá mudar, então desfrute aquilo. Depois de amanhã algo mais poderá acontecer. Desfrute-o.
Não compare o passado com as fúteis fantasias futuras. Viva o momento. Às vezes é quente, às vezes é muito frio, mas ambos são necessários; de outro modo, a vida desapareceria. Ela existe nas polaridades”.
Osho, A Rose is a Rose is a Rose is a Rose.