Limite
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 31/01/2008 15:46:13
O comportamento abusivo que se observa hoje em muitos jovens tem como raiz duas questões fundamentais: a falta de limite e o excesso de proteção.
A condescendência, quando exagerada, se torna mais prejudicial que benéfica, pois gera insegurança e imaturidade. Se um jovem não consegue enfrentar as exigências da vida, ele precisa ser encorajado a descobrir este poder dentro de si para que, aos poucos, se torne independente de quem quer que seja.
Se as pessoas ao seu redor decidirem fazer tudo por ele, para evitar que sofra, esta atitude certamente gerará ainda mais sofrimento, visto que este jovem se tornará totalmente vulnerável e incapaz de assimilar um dos mais importantes aprendizados da vida: o lidar com a dificuldade e a frustração.
Sem esta lição, ele permanecerá num estágio imaturo, e seu ego infantil se revoltará e terá acessos de fúria cada vez que tiver qualquer desejo contrariado. Sem dúvida não é fácil administrar a convivência com pessoas deste tipo, mas existem inúmeras ferramentas terapêuticas que poderão auxiliá-las, desde que elas sejam encorajadas o mais cedo possível a procurar ajuda.
Muitas vezes os familiares acabam achando natural um comportamento birrento e irascível, e não se dão conta de que o nível de agressividade e exigência destas pessoas aumenta na proporção em que os outros cedem aos seus caprichos. Seguirão pela vida reproduzindo este comportamento, que acabará por prejudicá-los nos relacionamentos afetivos, no trabalho e na convivência social como um todo.
É preciso estar atento para saber o momento exato em que se deve ceder e quando, ao contrário, impor os limites necessários. Isto exige paciência e uma atenção constante, pois estas duas atitudes são essenciais na tarefa de formar seres humanos íntegros, saudáveis e felizes.
“Nós precisamos de mais pessoas alegres ao redor da Terra para impedir a terceira guerra mundial.... Você pode não ser capaz de descobrir imediatamente que conexâo pode existir entre armas nucleares e pessoas risonhas - mas ela existe. Essas armas nucleares e essas máquinas de guerra destrutivas não conseguem funcionar sozinhas. Elas estão sendo manuseadas por seres humanos, por trás delas existem mãos humanas.
Uma mão que conhece a beleza de uma rosa não pode soltar uma bomba em Hiroshima. Uma mão que conhece a beleza do amor não é a mão que aperta um gatilho carregado de morte. Basta um pouco de contemplação e você compreenderá o que estou dizendo.
Eu estou dizendo, espalhe o riso, espalhe o amor, espalhe valores de uma vida afirmativa, faça crescer mais flores ao redor da terra. Tudo o que é belo, aprecie; e tudo que é desumano, condene... E isto tem que ser feito agora, porque o tempo é muito curto”.
Osho – Hari Om Tat Sat