Mestre Lanto - Parte 1
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 15/09/2003 11:11:01
Esta semana, quero começar a compartilhar com vocês esta bela e preciosa mensagem do Mestre Lanto, que foi diretor do Segundo Raio da Grande Fraternidade Branca Universal, hoje sob a direção do Mestre Confúcio.
A Grande Fraternidade Branca Universal é composta de Seres Ascencionados, que já viveram na Terra e, ao evoluírem, optaram por ajudar nosso planeta, ao invés de permanecerem na esfera da Perfeição.
A G.F.B.U. divide-se em sete seções ou Raios Cósmicos. Estes Raios, por sua vez, são compostos de seus Diretores e equipe Angélica. (Leiam o excelente artigo de Vera Helena Tanze sobre a G.F.B.U - com link no final desse artigo). O Segundo Raio é responsável pela disseminação da sabedoria e pertence aos Doutrinadores da Humanidade. Vejamos o que o Mestre nos revela:
“Que a Luz do Cristo Cósmico esteja convosco.
Vamos refletir um pouco a respeito da verdade que reside na alma e no espírito!
Já tivemos a oportunidade de falar sobre a energia da verdade, mas vamos refletir juntos. Que cada um se sintonize com a sua alma, com o seu coração, para assimilar estas energias, esta sabedoria.
A verdade é uma construção feita em conjunto pelo espírito e pela alma. A verdade é o resultado da doação do espírito à alma e da expansão que a alma faz desta doação às suas personalidades em cada existência.
É como um pilar forte que se formou nas primeiras peregrinações do espírito, na busca de sua experiência, quando constatou em si a Força do Criador e teve a necessidade de criar a alma para penetrar no universo mais amplo da experiência e revelar a verdadeira face da Criação.
Assim, a verdade é esta construção, e todos os seus tijolos ou as suas pedras nasceram da revelação no espírito e na alma da Força da Tríade Criadora, que sustenta a vida de todas as coisas. A verdade é uma força que está sempre buscando ser revelada dentro de cada um; é uma força que não consegue ficar escondida por muito tempo, por isto, o ser humano procura ocultá-la porque sabe que ela revela aquilo que ele é em essência, a realidade do seu ser e a sua natureza divina.
A ansiedade e o medo em relação à verdade se devem à divisão que há entre a personalidade e a alma, porque parte desta verdade reside também na personalidade, uma vez que a alma procura se expressar nela, que é a outra face do espelho.
Mas, que espelho é esse?
O mesmo espelho que reflete a Luz do espírito; parte dele se encontra na alma e a outra parte se encontra na personalidade.
Então, a verdade nasce da Força Trina que reside no espírito e na alma. A verdade sempre revelará a força da inteligência criativa, da vontade criadora e da sabedoria criadora; são três elementos que constituem a base da verdade que reside na alma e no espírito.
A verdade é uma força que se movimenta na vossa consciência, nos vossos sentimentos, na vossa mente, nas vossas tônicas e nas vossas ações naturais de expressão, porque não consegue ficar aprisionada e acorrentada.
Portanto, a verdade cria vias de manifestação na forma, através das tônicas que estão na alma e na personalidade, através das linhas de ação nas quais cada ser humano se expressa de forma natural, ou naquilo que é natural em seu ser. A verdade procura se expandir através destas vias porque são naturais.
Porém, o ser humano hoje é antinatural, e por causa disto, muitas vezes a verdade se revela de uma forma que se torna difícil para a consciência apreender. E quando está na sua ação mais simples, no seu momento mais natural, ele entra em contato com esta verdade, mas não tem consciência disto. Para ele, estes momentos são banais, não significam nada, porque a sua mente aprendeu a se tornar muito elaborada nos pensamentos, nas conceituações a respeito do que é certo e errado.
Naqueles momentos em que o ser humano é mais natural, é mais simples, é mais puro, a sua verdade se revela, mas ele não acredita porque acha que é um momento sem importância e que não conta. E é por esta razão que, quando está se desenvolvendo no Caminho Espiritual, precisa aprender a olhar para si e a se observar nestes momentos em que é natural, uma vez que a vida da personalidade é cheia de pressões contínuas, de muitas exigências, manipulações e competições.
A personalidade está sempre se sentindo encurralada, forçada a ações e constrangida, mas ela não é isto. Ela se submete a estas ações em razão da natureza da realidade material, das circunstâncias e do contexto em que cresceu. Mas há momentos em que há afrouxamentos na personalidade, em que as pressões cedem, quando a sensação de estar sendo coagida diminui. É então que o ser humano consegue respirar e se soltar, sentir-se longe das pressões e das forças que o levam a estar sempre em ansiedade e medo.
Por outro lado, quando empreende um caminho espiritual, sua mente tenta forçar uma situação para relaxar, para refletir e para se sintonizar com a vida, o que é uma contradição. Ou seja, quando sua mente está relaxada ele não percebe, mas quando precisa relaxar busca formas limitadoras, porque tem a necessidade de enquadrar a sua ação de algum modo para ter certo controle, e aí a sua mente não relaxa. Assim, a personalidade fica em uma grande luta infrutífera; é uma luta no vazio porque todos os enquadramentos são ilusões, são fantasias.
O ser humano quer conceituar a sua entrega, a sua paz interior, o seu relaxamento, mas há momentos em que se permite estar completamente solto, em contato consigo, com seus sentimentos, com a natureza, e nestes momentos, ele acha que não está fazendo nada, é assim que ele pensa.
Ele inverte as coisas: nos momentos em que se solta e se encontra ligado a si mesmo, aberto à vida, às pessoas ao seu redor, não através de sua mente racional mas dos seus sentidos, da sua sensibilidade e dos seus sentimentos mais puros, ele não valoriza. E quando precisa estar ligado e aberto à vida, ele se enquadra e se bloqueia porque confunde este estado interno com compromisso externo.
Isto demonstra o quanto a mente e os pensamentos estão mal direcionados, pois a mente não alcança sozinha os objetivos espirituais, mas sim quando está em sintonia com o coração e com os sentimentos verdadeiros. São os sentimentos que sintonizam os objetivos espirituais da vida. A mente sempre coloca imposições, e a primeira imposição da mente é que o coração não sinta, porque ela quer controlar. Enquanto a mente está no controle é proibido sentir, é proibido se soltar, é proibido afrouxar as rédeas, os grilhões e as correntes. Esta contradição vem trazendo a muitos um grande sofrimento interno.
É preciso colocar as coisas nos seus devidos lugares. A vossa mente tem um caminho de libertação e de expansão que é através de sua ligação com os vossos sentimentos, com o coração. A mente pode alcançar outros planos e dimensões, mas a partir do coração, do sentimento verdadeiro”.
(continua na próxima semana).
* Mensagem canalizada por Lourdes Rosa, na Escola de Sabedoria Universal da Síntese, em São Paulo.