Miopia Cega
por Saul Brandalise Jr. em EspiritualidadeAtualizado em 03/02/2006 11:40:03
Recebi, após a publicação do texto “Mago... Negro”, alguns e-mails de pessoas indignadas com a minha atitude de associar a cor Negra ao ruim. Alguns e-mails educados, outros sem qualificação.
Confesso que fiquei surpreso com isso, porque em momento algum procurei mostrar ou associar que o negro teria conotação de pele, ou raça.
Em momento algum me referi ao negro como um humano negro, visto que o que vale é a Essência e não o rótulo...
Em tudo procurei mostrar o negro como treva; local onde falta a LUZ da verdade, do caminho a ser trilhado.
Estado de ausência de LUZ para mim é escuridão e escuridão é uma associação com o negro.
Daí até chegar à conclusão que o texto teria algo a ver com a Raça Negra é sinceramente querer ver pêlo em ovo.
Aplico, em minha vida, a filosofia Budista (Nam-myoho-rengue-kyo) e sei exatamente o que representa uma atitude como esta e suas conseqüências em minha vida presente e nas futuras, caso eu esteja sendo um racista disfarçado. Ainda tenho algumas encarnações para cumprir.
Gostaria, contudo, de deixar uma coisa absolutamente clara:
Nós julgamos os outros pelos nossos valores acumulados ao longo de nossas vidas passadas e presente. E o ato de julgar é uma atitude de pessoa carente de evolução.
Eu sei que associei o Negro às trevas - ausência de LUZ - mas se você o associou à pele, só posso dizer que o problema passa a ser seu. Lamento perceber que o racismo vem de quem me contesta e não consegue “ver” que o que realmente existe é um estado de espírito, é uma forma de “ver a realidade”..
Preciso de um reforço de Carmem Imbassahy que diz:
“A vida nunca ensina coisa alguma.
É você quem decide se há uma lição em cada alegria, cada tristeza e cada dia comum pelo qual passa, ou se desperdiça todos os momentos de prazer e dor.
Não são os fatos que acontecem que fazem com que você aprenda algo, mas somente suas respostas e reações àquilo que acontece.
Também não são as experiências de sua vida, desde a infância, que transformaram você na pessoa que é hoje, mas somente a maneira como reagiu, ou respondeu, àquilo que você viveu”.
E acrescento: Leu e compreendeu ou mesmo entendeu.
Desculpem o desabafo. Não gosto de ser julgado, por isso procuro não julgar. É mais fácil entender. Ser juiz custa caro.
Não gosto de ser vítima e muito menos réu.
Sei que nos veremos, mas hoje preciso de sua compreensão.
Beijo na alma