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Na terra ou no Astral, sempre rindo - yes!

por Wagner Borges em Espiritualidade
Atualizado em 06/06/2007 18:57:59


Quando eu for embora, nada de vela ou choro.
Se quiser, faça uma prece por mim.
Mas, nada formatado; apenas deixe o coração fluir...
Lembre-se do meu sorriso e ria também, como sempre fiz.
Melhor ainda: toque uma música do Yes.
E, onde eu estiver, o agradecerei.
Nada de ir me visitar no cemitério, onde jamais estarei.
Sou uma consciência espiritual; sempre fui...
Quando a saudade apertar, toque Yes de novo.
E, onde eu estiver, enviarei uma energia legal a você.
Sabe, vivi rindo muito. Você me conheceu assim.
Então, por que chorar? Pelo contrário, ria por mim.
Eu ficaria danado se visse você triste, só porque caí fora.
Seria ruim ver você desperdiçando suas energias com dramas.
Lá de cima, eu soltaria um raio espiritual bem no topo de sua cabeça.
E aí, você sentiria um “choquinho” no cocuruto e diria:
“Caramba! É ele. Está na hora de rir e tocar Yes”.
Se quiser me fazer uma homenagem, não deposite flores no túmulo.
Já lhe disse: não estarei lá, nunca! Tenho mais o que fazer.
Faça o seguinte: dê flores para sua amada ou plante uma muda de árvore.
Lá de cima, eu diria: “cara esperto; beije a moça e faça o serviço direito”!
Eu ficaria feliz de ver você feliz. O meu vôo seria mais legal.
Aliás, para me visitar, você teria que sair do corpo, como sempre lhe disse.
Então, poderíamos voar e rir juntos, como sempre...
Quando eu partir, nada de luto. Você não fica bem de preto.
Se sentir vontade de chorar, lembre-se das piadas sacanas que lhe contei.
E aí, my friend, ria bastante. Vá viver e ser feliz. Faça a vida valer a pena.
Se chorar, vai ter! E se não beijar a moça, está frito. Faça valer a pena!
Quando eu partir desse plano, não estarei sozinho no Astral.
Felizmente, tenho muitos amigos, “Lá e Aqui”. Continuarei bem vivo...
Não serei anjo nem bolinha de luz; serei apenas eu mesmo, fora do corpo.
Ah, e contarei um monte de piadas sacanas para os espíritos.
E eles rirão como nunca. E eu me lembrarei de você nesta hora.
E quando for o momento de sua partida, adivinha quem virá lhe buscar?
Então, sairemos voando e rindo por aí, agradecendo o dom da vida.
E eu lhe apresentarei a Krishna e pedirei a Ele para tocar a flauta.
Ao som da música Dele, entraremos juntos em (Samadhi - do sânscrito - expansão da consciência; estado de consciência cósmica. ) samadhi(*).
E alguém da Terra dirá: “têm duas estrelinhas brilhando tanto lá em cima”!

PS.: My friend, você queria uma mensagem, mas só consegui escrever isso que está aqui. Espero que compreenda o real sentido dessas linhas. Aliás, leia nas entrelinhas e perceba o recado ao seu coração. Pense em Krishna.
Por enquanto, ainda estamos aqui e podemos rir juntos na Mãe Terra.
Toque Yes - que você também adora. Ria. Plante árvores. Beije a moça.
Por favor, faça valer a pena.
Medite e sinta o significado disso:
“É como um sol, não dá para explicar.
Está dentro e fora, em silêncio.
É majestosa e simples.
É compreensão serena.
Ama alegremente.
Essa é a luz que mora no coração”.

Paz e Luz.
São Paulo, 20 de maio de 2007.

- Notas:
Enquanto eu passava esses escritos a limpo, coloquei para tocar um CD do Yes - o maravilhoso “Going For The One”. Por sinal, esse foi o primeiro trabalho que ouvi dessa banda maravilhosa, quando eu tinha 15 anos, em 1977 - ano de lançamento do disco. Desde então, tornei-me fã do Yes - e dos vocais inspirados de Jon Anderson, do poderoso baixo de Chris Squire, dos teclados mágicos de Rick Wakeman, dos solos de guitarra de Steve Howe e da bateria de Alan White. Nesse trabalho estão três das melhores músicas do Yes de todos os tempos: “Turn Of The Century”, “Wonderous Stories” e “Awaken”. Há uma extensa matéria que escrevi sobre o Yes e que foi publicada no Jornal Metamúsica, em 1999. O título do artigo é: “Matéria Sobre o Disco do Yes: Tales From Topographic Oceans”. O mesmo também foi postado pelo Site do IPPB e pode ser acessado neste endereço.
Há um outro artigo sobre rock progressivo em que cito bastante o Yes - também publicado numa outra edição do Jornal Metamúsica -, em que apresento a tradução da letra da música “Astral Traveller” – “Viajante Astral”. O título da matéria é: “A Influência da Espiritualidade no Rock Progressivo”. O mesmo pode ser acessado aqui.


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Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
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