O arquétipo de Vênus
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 13/01/2003 11:28:34
Vênus, o planeta do amor, da harmonia e da beleza, será o planeta regente deste ano, e estará matizando a energia predominante durante os próximos doze meses. Embora outros aspectos planetários indiquem a ocorrência de muitos conflitos e turbulências no plano mundial, a energia venusiana trará o impulso para a busca do entendimento e da harmonia.
É importante que aproveitemos essa influência para refletir acerca da maneira como temos vivenciado a energia amorosa ao longo de nossa vida.
O “arquétipo” de Vênus representa o impulso do homem de se relacionar com outro ser humano. Existe um enigma que envolve a atração, visto que o gosto individual é definido por fatores dificilmente explicáveis pela razão.
Vênus na carta natal revela as influências na vida física e emocional que possuem um “poder de atração” inerente e define o que exatamente nos seduz. Vênus é a força feminina que atrai as coisas para si sem muito esforço. Todos nos sentimos atraídos por vários tipos de seres humanos, e quando sentimos essa força nos puxando, estamos confirmando o arquétipo.
A energia arquetípica é única, mas assume diferentes expressões dependendo do signo em que se encontra Vênus no horóscopo de nascimento. É essa colocação que define aquilo pelo que a pessoa se sente normalmente atraída, a motivação na arena do amor físico e do galanteio, a amizade, a cooperação e, talvez, o tipo de pessoa com quem ela pensaria em se casar.
Mas a oitava superior de Vênus se refere ao amor num plano mais elevado, que se estende ao planeta Terra e a todas as formas de vida nele existentes, bem como a todos os outros seres humanos, aos quais nos ligamos por nossa origem única, como filhos de Deus.
Além de buscar a realização individual no amor, conscientizando-nos dos medos e dos bloqueios emocionais que nos impedem de expressar nossa energia amorosa em toda a sua plenitude, devemos igualmente despertar a consciência de nossa unicidade com os demais seres humanos e de nossa responsabilidade individual na busca da paz, da harmonia e da criação da beleza no mundo.
O mestre indiano Osho, fala sobre o tema em uma de suas obras, cujo capítulo intitula-se “Faça do amor a sua própria qualidade”:
“...Em um clima de silêncio, não-mente, não-agitação interior, absoluta clareza, paz e silêncio, subitamente você verá que milhares de flores se abriram em seu interior. E a sua fragrância é o amor.
Naturalmente, em primeiro lugar, você amará a si próprio, porque este será o seu primeiro encontro... Então, amar será sua própria natureza. Então, você amará muitos, então você amará todos.
....O amor não deve tornar-se um relacionamento, não deve estreitar-se, mas expandir-se. O amor deve tornar-se sua própria qualidade, seu próprio caráter, seu próprio ser, seu esplendor. Assim, você não amará apenas seres humanos, você amará árvores, pássaros, você simplesmente amará, você será amor”.