O convite do despertar
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 24/09/2001 11:24:32
Estranhos são os caminhos desse mundo.
Onde os homens dançam com o ego.
Onde Maya é senhora.
Onde a dor floresce nos jardins dos corações.
Quem é senhor de si mesmo?
Quem está desperto?
Alguém morreu?
Ou terá apenas renascido em outro plano?
O espírito não nasce e nem morre.
Apenas entra e sai dos corpos perecíveis.
Morte, onde está o seu aguilhão?
Ele não pode perfurar o que é ETERNO.
Shiva* convida os estudantes espirituais:
"Venham dançar no ar e beijar as estrelas.
Volitem contentes e agradecidos.
Venham ensinar e aprender a arte do despertar."
Disse o amigo poeta:
"Repousa a embalagem, projeta o conteúdo."
Sim, é isso mesmo!
Que o conteúdo seja sereno e lúcido.
Quem está sozinho mesmo?
Muitas são as dimensões, muitos os caminhos.
Muitos são os amigos, poucos são os despertos.
Muitos estudam espiritualmente, poucos são os que agradecem.
Estranhos são os caminhos desse mundo.
Onde o ódio apaga o brilho dos homens.
Onde o amor e o discernimento parecem quimeras.
Onde Maya alimenta a guerra.
Porém, alguém ainda chama espiritualmente.
É Shiva. Ele ainda convida:
"Venham aprender a arte da transformação.
Venham voar, ensinar, aprender e dançar."
OM NAMAH SHIVAYA!
PS: Esse texto é dedicado a todos aqueles que estudam a projeção da consciência com a devida responsabilidade e amor. Principalmente aqueles projetores que viajam fora do corpo durante o sono espalhando PAZ E LUZ em suas energias a favor dos sofredores de todos os planos. E também aqueles amparadores extrafísicos, fiéis amigos de viagem espiritual e humana, que sempre aconselham os estudantes espirituais a extirparem de suas consciências as flores ridículas da vaidade, da arrogância, do egoísmo e da falta de lucidez em seus objetivos vitais.
No final desses escritos, também dedico a vocês esse cântico budista:
"Que todos os seres sejam felizes,
Esejam onde estiverem,
Sejam fracos ou fortes,
Altos, baixos ou medianos,
Pequenos ou grandes.
Que todos, sem exceção,
Sejam felizes.
Seres visíveis ou invisíveis,
Aqueles que moram perto ou longe,
Aqueles que nasceram
E aqueles que ainda estão por nascer.
Que todos seres sejam felizes."**
PAZ E LUZ.
- Wagner D’Eloi Borges -
São Paulo, 21 de setembro de 2001, as 18:20 hs.
Shiva (do sânscrito): No Hinduísmo, O Divino é representado em três aspectos fenomênicos em sua manifestação vital: Brahma (O Criador), Vishnu (O Preservador) e Shiva (O Transformador).
Normalmente Ele é traduzido como o Destruidor Divino, pois é por sua ação que ocorre a transformação dos elementos, energias e consciências. Aquilo que é criado e preservado, um dia morrerá, para poder renascer e seguir o fluxo evolutivo. No entanto, nada no universo morre realmente, só há mudança de plano e padrão vibracional. A energia não nasce e nem morre, só é transformada.
Shiva é o representante divino dessa transformação inexorável de todas as coisas. Ele também é conhecido como "NATARAJA", o Divino Dançarino. Ele dança na luz e faz a roda da existência mover-se no infinito. Por isso, Ele sempre é associado com eventos de transmutação interdimensional e consciencial.
O mantra dessa ação transformadora de Shiva é "OM NAMAH SHIVAYA".
**Este é um cântico budista de Metta Sutta, que encoraja a atenção e compaixão para com os outros.