O Dom e a Fé...
por Rubia A. Dantés em EspiritualidadeAtualizado em 05/06/2009 15:14:57
A última vivência do Dom nas montanhas me mostrou muitas coisas encantadas e muitas sincronicidades... mas também me mostrou como a minha Fé, que eu já julgava grande, poderá ainda ser maior.
Muitas coisas que podemos chamar de pequenos milagres, porque fogem à nossa compreensão, já me deixavam encantada nos dias que antecederam o trabalho e... quando naquela quinta-feira eu arrumava o salão, me sentia com uma força renovada... uma alegria ainda maior de estar no meu Dom com tanta simplicidade... Foi quando o telefone tocou... essa era a primeira vez que meu celular pegava por lá.
Do outro lado era a Patrícia Regina, muito feliz com uma coisa que tinha para me contar...
Ela me fala que no dia anterior pensou em levar umas flores para o trabalho.... foi quando escutou uma voz que falava o seguinte:
“Os copos de leite representam a pureza. O cálice que está pronto para receber do Universo e encher-se, transbordar.
Beba o néctar dos deuses através deste recipiente.
Há um feminino livre nesta forma de cálice - o receptáculo.
Onde quer que estejam as luzes e formas divinas, ali estão as mil formas de flores
sensíveis e em conexão com a Divindade, trazendo pureza, purificação, ternura,
movimento (vida e morte), abertura para deixar entrar o sol, o sublime, o DOM
de quem serve... de quem se alimenta da grande luz divina, de quem conforta-se
na água aconchegante do grande cálice.
Serenidade - foco, muita abundância - recebimento profundo.
Eis um modelo pronto de receptáculo divino - este cálice puro e imaculado que traz
Rita em suas mãos.
Palmas!!”
Ela recebe mensagens lindas, mas dessa vez veio com um nome... Rita
Como ela estava sem computador em casa, telefonou para uma amiga e pediu a ela para olhar qual era o dia de Santa Rita.
Quando a amiga falou que dia 22 de maio era dia de Santa Rita de Cássia, ela ficou muito feliz porque era mesmo o dia em que iria começar a vivência.
Também fiquei encantada por essa mensagem linda e como já sabia que seria dia de Santa Rita de Cássia, fiquei muito grata por esse presente para o grupo.
No dia seguinte, dia 22, eu estava arrumando os últimos detalhes no salão quando alguém bate a porta... Era a Patrícia com um vaso das flores brancas mais lindas que alguém possa imaginar... Não sei se por que nunca tinha visto aquelas flores, mas mais pareciam um milagre de tão lindas... Ela trouxe também uma imagem de Santa Rita...
Então ela me conta que foi procurar na feira de flores, copos de leite e palmas para levar, mas não encontrou e que as únicas flores brancas parecendo com um cálice, que ela achou, foram aquelas... e que a Mulher da Montanha falou que se tratava da planta do coração, a digitális.
Dedaleira!!! Falei entusiasmada olhando a flor que me parecia uma coisa de sonhos.
Ela não sabia... mas eu sabia que era, porque já havia buscado muito por essa planta, cujo nome cientifico é digitalis, desde que comprei um livro e li que ela tem uma longa e profunda ligação com as fadas... Não sei por que me encantei por ela e tentei plantá-la algumas vezes sem êxito, até já contei aqui a primeira vez que tentei no texto “A Sementinha”
Então... para mim essa flor era muito encantada e misteriosa... e me parecia impossível de eu ter em casa...
Não sei por que, mas... mesmo sem nunca ter visto, a não ser por foto, eu sentia uma ligação muito grande com essa flor. E agora... inesperadamente, ela me é oferecida, com as bênçãos de Santa Rita de Cássia.
Sei que ela é usada mesmo para fazer remédio para o coração... e esse trabalho do Dom fala justamente de seguir o caminho do coração... e relendo a mensagem vi que ela fala de vida e morte, percebi que a dedaleira cura, mas também é venenosa.
Agradeci muito a Santa Rita e a Patrícia, pelo presente da flor e da mensagem tão especial, e depois que ela saiu fiquei pensando comigo como tudo nos chega às mãos na hora certa...
Coloquei o vaso bem na frente perto de uma fada que sempre coloco no altar do Feminino...
Terminado tudo... a última coisa que fiz foi pendurar nos tecidos da tenda que fiz do lado de fora do salão, um estandarte com a imagem de uma águia branca, representando o Espírito Santo xamânico...
Assim que o coloquei ouvi uma voz me dizendo:
- A sua parte termina aqui, agora é comigo.
Era um Mestre de muita Luz que já fala comigo faz um bom tempo...
E o trabalho foi fluindo suave e profundo; as coisas foram acontecendo nos mostrando a ação preciosa da Divindade...
Quando me deitei... depois de já ter começado a vivência à noite... de repente me dou conta que esqueci de colocar a música que escolhi com tanto cuidado.
Isso me parecia impossível de ter acontecido, uma vez que nunca me esqueço de colocar a música... Dessa vez então, encontrei uma Ave Maria maravilhosa e diferente que de tão linda toquei umas 3 vezes para a Mulher da Montanha na noite anterior...
Parece que em algum nível estava sabendo que isso poderia acontecer...
Lembro-me que, poucas horas antes do trabalho começar, já com o salão todo arrumado... eu ouvi a música umas 4 vezes. Começava a ouvir e me distraia e tinha a sensação que ela não tocava toda, e voltava a colocar para ter certeza que estava tudo certo... e de novo me distraia.
Agora que vi que não coloquei o que havia preparado tanto... liguei para a mulher da montanha que me disse então que depois do tambor a energia havia mudado e que estava tudo certo ter me esquecido da música.
Então tive certeza que, em um nível, minha parte tinha mesmo terminado quando acabei de enfeitar o salão... Agora só me cabia dar passagem para O Grande Mistério...
E na manhã seguinte colocamos a música e entendi que era mesmo aquela a hora certa para ela...
Na hora do almoço, antes de sair do salão, apaguei uma vela branca com o dedo... empurrando o pavio na cera quente e sai vendo o pavio apagado... mas logo a frente me lembrei que deixei o som ligado e voltei.
Fiquei surpresa, porque a vela continuava acesa...Até que à noite... quando era a hora de apagar a luz para acendermos a fogueira, todos prontos... a luz apagou sozinha no Sitio... E a partir daí outras coisas muito especiais e encantadas foram acontecendo de forma precisa e muito forte, mostrando que estávamos na hora certa... no lugar certo... e o controle estava mesmo nas Mãos do Grande Mistério...
Soubemos que a luz só apagou lá na montanha e que nos vizinho tinha luz, mas... como o fogo era o elemento predominante, entendemos que seria para ficarmos só com a luz das velas.
Na manhã seguinte fui acordada pelo sino e a primeira coisa que fiz foi acender a luz para ver se havia voltado.
Nada ainda...
Foi aí que me preocupei... e não confiei...
É que às onze horas havíamos preparado uma surpresa para o grupo... A Janaina e Aline iriam fazer uma apresentação encantadora... É indescritível o Dom dessas duas mulheres e seria uma benção para o primeiro grupo do Dom a presença delas.
Janaina dança, Aline canta e elas fazem isso com a força da Alma.
Pensava sobre se a luz voltaria... quando me lembrei que poderia pedir para comprar pilhas para o som.
Respirei aliviada... enquanto me lembrava da voz que me falou
- Sua parte termina aqui... agora é por minha conta.
Será que compro ou não... e se a luz voltar... mas, e se não voltar?
Minha dúvida foi interrompida pela Voz.
- Ainda não confia, mulher de pouca fé.
Esse Mestre é muito simples e conversa comigo com muito humor, às vezes... dessa vez era assim, em tom meio brincalhão, mas falando sério.
Nossa... respirei fundo.
Pensei nas mulheres que se prepararam e viriam de Belo Horizonte com tanta disponibilidade e Amor.
E se a Luz não voltasse.
Optei por comprar as pilhas...
Quando elas chegaram e se dirigiram para o salão conforme combinamos, às onze horas... a Luz também chegou no mesmo horário.
E Elas tocaram tanto nossos corações com a força do Dom que quase todos choramos...
E entendi que... quando Ele fala que agora é com Ele, eu posso confiar... mesmo que dê um friozinho na barriga... e decidi que vou alimentar ainda mais a minha Fé.