O Entrave
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 19/04/2001 16:45:40
Texto 268:(extraído do livro "Sabedoria de Sri Aurobindo”, Editora Shakti)
Quando tivermos passado além dos conhecimentos, então teremos o Conhecimento; a Razão foi o auxílio, a Razão é o entrave.
Quando tivermos passado além do querer, então teremos o Poder; o Esforço foi o auxílio, o Esforço é o entrave.
Quando tivermos passado além dos prazeres, então teremos a felicidade; o Desejo foi o auxílio, o Desejo é o entrave.
Quando tivermos passado além da individualização, então seremos as Pessoas reais; o Ego foi o auxílio, o Ego é o entrave.
Quando tivermos passado além da humanidade, então seremos o Homem; o Animal foi o auxílio, o Animal é o entrave.
Transforma tua razão em uma intuição ordenada; que tudo em ti seja luz. Este é teu alvo.
Transforma teu esforço em um conhecimento igual e soberano da força da alma; que tudo em ti seja força consciente. Este é teu alvo.
Transforma teu prazer em um êxtase igual e sem objetivo; que tudo em ti seja felicidade. Este é teu alvo.
Transforma o indivíduo dividido na personalidade universal; que tudo em ti seja divino. Este é teu alvo.
Transforma o animal no Pastor dos rebanhos; que tudo em ti seja Krishna. Este é teu alvo.
- Sri Aurobindo -
OLHO DE MAAT
(Prefácio do livro "Justiça Divina X Justiça Dos Homens")
Quando o autor convidou-me para fazer o prefácio deste livro, eu também estava terminado um livro e lhe pedi alguns dias de prazo, devido ao acúmulo no momento. Porém, os dias foram passando e nada de surgir aquela inspiração de escrever. Li os originais dos capítulos, novamente, e nada da magia de escrever, dar a sua graça em minha consciência. No entanto, eu estava bem tranqüilo, não obstante o prazo de entrega do livro para a editora estar estourado, pois pressentia que surgiria uma inspiração espiritual, no momento oportuno. E foi assim que aconteceu hoje, por volta das 01:10h da madrugada. Surgiu o amparador extrafísico Sanat Khum Maat*, sábio mentor espiritual, e passou-me o texto de abertura desta obra, que transcrevo a seguir:
Da imensidão do espaço ao centro do coração; do brilho do sol ao brilho dos olhos; do plano mental ao âmago da matéria bruta; e em todos os seres e dimensões, está presente a mesma LUZ divina. ELA PERMEIA A TUDO! No entanto, poucas pessoas percebem-na. Observe a sua volta e pergunte-se: quantas pessoas estão conscientes dessa luz? Privadas dessa sutil percepção, devido ao próprio egoísmo, elas mergulham no mar da mediocridade e entram em conflitos de toda espécie. Não se respeitam e nem aos outros, padecendo de profunda cegueira espiritual. Por isso, ferem aos outros e a si mesmos. Com a consciência turbada, cometem excessos e enganos de toda sorte. Distorcem situações e fazem a sua própria verdade. Tornam-se ditadores de seus próprios conceitos, mas não passam de súditos da própria intemperança. Sua vida íntima é tão dolorida, mas elas não sabem disso, pois apostam todas as fichas só no que vem de fora delas mesmas. Levando isso em consideração e aproveitando a abertura deste livro, esclareço a você, aos leitores e ao autor, fazendo a seguinte colocação pertinente ao tema principal da obra, "A Justiça Divina":
– Observando a todos atos e intenções, está o olho do coração espiritual, fiel registrador de tudo. Nada escapa à sua percepção. Pensamentos, intenções, energias, idéias, acertos, a tudo ele registra imparcialmente. Ninguém consegue enganá-lo. ELE VÊ E SABE!
Maat, a senhora da justiça, poderosa e equânime, incumbiu-o de contabilizar as ações humanas. Não há nenhum poder que possa corrompê-lo em sua missão e nenhum pensamento que lhe seja secreto. ELE CONHECE TODAS AS VIDAS!
Que triste paradoxo: as pessoas são cegas para a visão veraz de seus atos, mas o olho da justiça divina vê tudo dentro delas mesmas. Na consumação final da vida, quando a consciência for ejetada para os níveis extrafísicos, é o olho espiritual, servo de Maat, a gloriosa luz da verdade, que determinará a qualidade específica de suas energias. Ele levará a consciência aos tribunais de si mesma e projetará à sua frente todos os seus atos, mesmo o que foi escondido de todos. Além das falcatruas humanas, aquela consciência perceberá que tudo o que pensou, sentiu e fez em vida forjou as energias que lhe conferem o grau específico de sua manifestação vital.
Seu corpo espiritual será o reflexo exato da carga vital do que fez em vida. E isso determinará o nível extrafísico em que ela permanecerá entre vidas, bem como o próximo período de aprendizado na carne. Se as pessoas soubessem como os seus pensamentos e intenções são percebidos em outras dimensões, talvez elas abominassem as intenções sórdidas e engajassem seus esforços na produção de climas íntimos mais luminosos. O olho da justiça é a visão de Maat em todos os corações. Ele é a testemunha silenciosa e o velador secreto. Cada homem é promotor, advogado e juiz de si mesmo. Cabe ao olho secreto somente observar, registrar e encaminhar o parecer aos ditames superiores de Maat. A cada um segundo seus atos! Tal é a lei estatuída pelos tribunais da natureza. Que ninguém se engane quanto a isso. A vida, a experiência e o tempo ensinarão os homens a caminharem sob os ditames superiores. Todos entenderão que ferir aos outros, seja em pensamentos, intenções ou atos, significa ferir a si mesmo.
Diga ao autor do livro que o plano espiritual deseja-lhe os melhores auspícios na empreitada de escrever e editar um trabalho desse gênero."
- Sanat Khum Maat -Diante das palavras desse brilhante amparador, ficaria muito pobre qualquer outra coisa que eu escrevesse aqui. Por isso, convido logo aos leitores para mergulharem fundo nesse livro, de temática tão necessária para a reflexão humana e espiritualista. Chamo atenção, ainda, para os capítulos que abordam as experiências de quase-morte e as projeções da consciência. São excelentes para os pesquisadores desses temas.
- Wagner D. Borges -
São Paulo, 21 de fevereiro de 2000.
(Pesquisador, conferencista, autor dos livros "Viagem Espiritual Vols. 1, 2 e 3" e dos livros "Uma lição Extraterrestre" e "Falando de Espiritualidade Vol. 1", produtor e apresentador dos programas "Viagem Espiritual", "Viagem Musical" e "Viagem Progressiva" da Rádio Mundial de São Paulo - 95,7 FM - e fundador do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas - IPPB).
Nota: Esse texto é o prefácio do excelente livro "Justiça Divina X Justiça Dos Homens" do advogado e pesquisador holístico Sergio Nogueira Reis. Trata-se de seu segundo livro e aborda vários temas importantes do contexto espiritualista. Eis uma lista resumida de alguns capítulos da obra:
- "Reencarnaçao", "Carma", "Cosmoética", Vida Depois da Vida", "Provas científicas da Imortalidade", "Experiências de Quase-Morte", "Projeções da Consciência", "Terapia de Vidas Passadas", "Mediunidade", "Gestação e Espiritualidade", "Visão Espiritual da Bioética", "Aborto", Pais e Filhos - Relações Cármicas", "Sexualidade", Cura Espiritual", "Direitos Humanos e Espiritualidade", "Doação de Orgãos", "Eutanásia", "Cremação ou Sepultamento?", "Pena de Morte" e "Questionário Para o Plano Espiritual".
O livro tem 712 páginas (contendo uma extensa bibliografia sobre os temas abordados) e foi lançado pela Editora Nova Alvorada. Trata-se de um dos melhores livros editados no Brasil sobre temas espirituais.
O site do autor é: link
O seu e-mail para contato é: [email protected]
* Sanat Khum Maat: amparador extrafísico ligado aos processos iniciáticos do Antigo Egito e da Índia. Seu nome esotérico é a junção de "Sanat" (do sânscrito: um dos nomes de Brahma, o criador), "Khum" (do Antigo Egito: é o mesmo que a "alma do mundo" ou "o espaço primordial de onde surge a vida". É também um dos nomes do deus Amon) e "Maat" (do Antigo Egito: a deusa da justiça na cosmogonia egípcia antiga). Logo, seu nome é uma mescla dos processos iniciáticos egípcios e hindus, e também é considerado um poderoso mantra.
Outras informações sobre o amparador Sanat Khum Maat podem ser acessadas nos textos 111, 138, 139 e 203 do nosso site na seção "Textos Projetivos e Espiritualistas". Na segunda parte do texto 138, há um texto específico sobre Maat.
