O Infinito é uma Criança!
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 16/09/2005 12:12:00
Uma Viagem Espiritual com Krishna Menino
No meio da madrugada silenciosa da grande metrópole de concreto, percebo um som sutil preenchendo o ambiente do apartamento. Parece um tilintar metálico (como aquele causado pelo balanço de pequenas pulseiras ou cordões com pequenos sinetes).
Fecho os olhos e me sento no sofá da sala, prestando atenção àquele som.
Então, mesmo sem ver, sei que há uma criança pequena andando aqui no duplo extrafísico da sala. Sinto o seu sorriso, sua leveza e, por intuição, vou pressentindo quem ele é.
É um menino, e ele corre pelo apartamento todo, com aqueles passinhos de criança sapeca. Não vejo, mas, de alguma forma espiritual, ele deixa marcas energéticas azuladas por onde passa correndo.
Entro no clima extrafísico de sua presença, e quando nota que eu o vejo claramente, em minha (Tela mental frontal: espaço virtual na mente, onde surgem imagens mentais ou extrafísicas; parte interna do chacra frontal, onde surgem as manifestações da clarividência) tela mental frontal(*), ele abre um sorriso daqueles.
Mais uma vez eu sou visitado por Krishna em forma de menino azulado. Mais uma vez ele me dá esse presente de vê-lo de pertinho e de (Não interessa a forma do espírito superior que se manifesta, seja ele Buda, Jesus, ou apenas um ser de luz em forma de criança azulada representando Krishna. O que importa é a qualidade da manifestação e as idéias sugeridas. Pouco importa a forma pela qual o Eterno se apresenta, pois valem mais o amor e a serenidade contidos em sua manifestação. E isso fica sempre evidenciado pelo nível das idéias, sentimentos e energias apresentadas.) sorrir para mim(*).
A essa altura, entro num estado alterado de consciência e sou tomado por uma alegria serena e terna, como se uma parte espiritual secreta, dentro de mim mesmo, estivesse preparada para um momento desses. Meu coração se torna puro contentamento pacífico...
Ele nada me diz, mas eu sei que sua presença aqui não é à toa. Há algo a fazer, e eu estou pronto, para aquilo que ele determinar.
Rindo gostosamente, ele corre para o quarto de dormir. De lá telepaticamente ele me diz: “Vem, minha criança! Deite o seu corpo no leito, de coração aberto, respiração tranqüila e mente limpa. É hora da viagem espiritual”.
Sigo para o quarto rindo também. Ele, plasmado espiritualmente em forma de criança, me chama de minha criança, e eu adoro isso, me sinto bem e seguro, como uma criança pequena se sente na presença segura do pai. Na verdade, diante dele eu sou criança mesmo.
Em sua presença, sou menino, totalmente entregue, de corpo e espírito.
Deito a carcaça física no leito, em decúbito dorsal, contente e suave, sereno e amoroso, lúcido e confiante. A mente está aberta, as emoções estão plácidas, e o corpo está sem tensão.
Fico quietinho esperando, de alguma forma rindo por dentro, ao lembrar que eu sou a criança ali. Mesmo de olhos fechados, percebo clarões azulados e dourados dentro do quarto.
Então, ele surge novamente, em pé, do lado esquerdo da cama. E dá mais uma risada gostosa daquelas... A seguir, ele encosta a palma de sua mãozinha esquerda em minha testa, e diz em minha mente claramente:
“Menino, daqui a pouco você irá decolar espiritualmente, rumo à casa das estrelas. A luz em seu coração é o seu passaporte para as esferas extrafísicas evoluídas. Entretanto, eu quero que antes você registre um recado para os viajantes espirituais de todos os lugares e condições. É um recado simples, mas que contém a sabedoria do eterno inserida nele.
Como uma forma de elevação espiritual e de proteção nesses dias tão turbulentos da humanidade, cheia de si, mas vazia de espírito e verdade, ensine-lhes a seguinte prática:
- Ao deitar o corpo no leito, que o viajante espiritual visualize minha mãozinha encostada em sua testa. Que ele imagine a parte interna da palma totalmente azulada, e carregue essa imagem mental para dentro de seu sono, pacificamente.
Se desejar, também pode visualizar o mantra (OM (do sânscrito): a vibração do TODO que está em tudo, o verbo divino, o som da criação) OM dourado(*) no centro de minha mão encostada na testa. Isso acalma a mente e propicia uma elevação do nível de energia espiritual. Também protege da agitação do próprio burburinho mental e liga o viajante às vibrações superiores, onde minha equipe espiritual aportará a assistência necessária ao bom andamento dos vôos para fora da carne.
Isso é direcionado para todos os viajantes espirituais modestos e generosos, como uma forma de ajudá-los em seus trabalhos e estudos. E se faz necessário devido aos pesados climas de belicosidade e arrogância dos homens da Terra, esquecidos de sua natureza espiritual e entregues à sanha dos desejos materiais exacerbados. Tais climas formam intensas barreiras de formas mentais densas entre o plano material e os planos extafísicos, e isso dificulta o acesso aos níveis superiores, além de impregnar o cérebro físico com imagens caóticas.
Que os viajantes espirituais imbuídos de objetivos generosos e lúcidos experimentem esse recurso que aqui estou revelando. E que eles encontrem os meus trabalhadores espirituais, no clima extrafísico adequado, para esclarecimentos justos e atividades benfeitoras no infinito.
(Narananda (do sânscrito): “Nara": "Homem" - "Ananda": "Bem-Aventurança". Logo, significa "homem de bem" ou "homem que porta a bem-aventurança de Krishna". Também é um epíteto de Arjuna, o discípulo-arqueiro de Krishna.) Narananda(*), decole espiritualmente e vá até eles para mais esclarecimentos. E depois, volte contente e escreva esse meu recado. Essa é a tarefa que lhe dou na noite de hoje.
Antes de partir, deixo-lhe um presente. É uma chave espiritual para abertura do divino potencial dos chacras.
Medite nesse ensinamento secreto dos sábios e veja o que sente no coração:
‘O INFINITO É UMA CRIANÇA’!
E agora, menino, saia do corpo contente e rindo. Vá cumprir sua tarefa espiritual.
Eu ainda tenho que tocar muitas testas invisivelmente na noite de hoje”.
Embalado na sua ternura, lentamente vou perdendo a sensação do peso do corpo e começo a flutuar por sobre ele... vou rindo por dentro e pensando: “O Infinito é uma criança”.
P.S.: Felizmente, ao despertar a carcaça física na volta, lembrei-me de tudo e registrei esses escritos rapidamente, como se o tempo não houvesse passado e tudo estivesse acontecendo agora mesmo. É, o Infinito é uma criança mesmo!
(Om Maharaj (do sânscrito): “Grande Rei”. É um dos mantras evocativos de Krishna) Om Maharaj!(*)
Wagner Borges, menino com qualidades e defeitos, espiritualista, 43 anos de “encadernação”, carioca radicado em São Paulo, pai das estrelinhas Helena e Maria Luz, e que, às vezes, consegue pegar uma caroninha nas vibrações de Krishna, o Infinito em forma de criança.