O Medo
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 01/04/2005 12:31:31
O medo é um sentimento que infelizmente descobrimos muito cedo na vida.
O momento em que a essência pura e despreocupada com que todos nascemos é contaminada pelo medo varia de acordo com a história de cada um, assim como o grau de poder que ele terá sobre nós.
De qualquer maneira, devemos ter em mente que para nos libertarmos do medo, é fundamental recuperar a consciência acerca de nossas duas naturezas básicas: a divina e a terrestre. Geralmente nos deixamos dominar pelo medo quando nossa vida é governada pela mente, por nosso lado racional, cuja visão da realidade é estreitamente material.
Mudar esta postura não é fácil, mas possível, se soubermos manter contato permanente com nossa outra natureza, a divina. Unir essas duas naturezas de forma harmoniosa torna nossa vida mais leve, alegre e confiante.
Para isso, precisamos entender que não somos nosso corpo físico, nem nossa mente, nem nossas emoções. Eles são apenas partes integrantes de nossa vida no plano físico, mas não constituem o nosso verdadeiro Eu. Este, encontra-se oculto em nosso inconsciente e, para trazê-lo à tona, é necessário um exercício permanente de vontade e perseverança.
A meditação e as afirmações, quando praticados cotidianamente, podem nos ajudar a programar nossa mente inconsciente de uma nova forma, mantendo sempre aberto o canal de manifestação de nossa natureza divina.
A consciência de que somos espíritos imortais, indestrutíveis, cuja existência continuará para além do plano físico, deve ser fortalecida todos os dias, pois ela é o meio mais eficaz de libertação do medo.
Osho costumava afirmar que todos os nossos medos têm uma única origem, que é o medo da morte. Ele se fortalece na mente, à medida em que os condicionamentos familiares e sociais se tornam predominantes em nossa vida. Para trabalhar este medo ele nos ensina uma meditação específica, denominada:
MEDITAÇÃO PARA TRANSFORMAR MEDO EM AMOR:
“Sente-se numa cadeira ou em qualquer lugar em que possa assumir uma postura confortável. Então, sobreponha as mãos sobre o colo, com a direita sobre a esquerda – essa posição é importante porque a mão direita está ligada ao hemisfério esquerdo do cérebro e o medo sempre vem do hemisfério esquerdo. A mão esquerda está ligada ao hemisfério direito do cérebro e a coragem vem desse hemisfério.
O hemisfério direito é intuitivo... esta posição das mãos é simplesmente simbólica e ao mesmo tempo não é: ela coloca a energia na postura correta, na relação correta.
A mão direita fica em cima da esquerda e os polegares se juntam. Então você relaxa, fecha os olhos e deixa o maxilar inferior relaxado, mas não muito – não force – só relaxe até que possa começar a respirar pela boca. Não respire pelo nariz, comece respirando pela boca; é muito relaxante. E quando você não respira pelo nariz, o velho padrão mental deixa de funcionar. É uma coisa nova e, respirando de acordo com este sistema novo, é mais fácil estabelecer um novo hábito.
Em segundo lugar, quando você não respira pelo nariz não estimula o cérebro.
O ar simplesmente não vai para o cérebro, vai para o peito. Do contrário você estimula e massageia constantemente o cérebro. O nariz é dual, a boca não é.
Seu estado muda automaticamente sem que você saiba disso.
Isso irá gerar um estado novo, muito silencioso, não-dual, de relacionamento, e suas energias começarão a fluir de um jeito novo. Simplesmente sente-se sem fazer nada, durante pelo menos quarenta minutos. Se puder fazer isso durante uma hora, ótimo. Senão, comece fazendo por quarenta minutos e, pouco a pouco, passe para sessenta. Faça isso diariamente.
Não importa que tenha perdido uma oportunidade; sempre que aparecer uma, faça esse exercício. Sempre opte pela vida e sempre opte por fazer. Nunca retroceda, nunca fuja. Nunca deixe de aproveitar as oportunidades que surgem em seu caminho, seja criativo”
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