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O parque temático da nossa consciência

por Silvia Malamud em Espiritualidade
Atualizado em 06/01/2006 12:03:02


As nossas escolhas e a qualidade existencial sob o olhar da física quântica experimentada.

A física quântica observa as lâminas de realidade onde coexistimos como possibilidades. A nossa realidade é a nossa escolha e atualização (colapso) de uma dessas lâminas. Penso que a aventura da nossa consciência aqui neste plano está vinculada à busca da autoconsciência para que possamos colapsar as nossas realidades com total autonomia e prazer.

Quanto às regressões a vidas passadas acredito que precisamos entender os cenários de vida que criamos e que podemos enveredar por conhecermos nossas outras histórias em outras “vidas” e mesmo reconhecer as imagens de nossos "supostos" sonhos. Penso, porém, que todo este montante serão mudanças de cenários que contam uma mesma história da consciência enquanto ela não se percebe na razão do porque se repete nos mesmos ambientes emocionais, porém em "diferentes" cenários. A meu ver, ela, a consciência, ainda não está habilitada a mudar seu padrão existencial porque ainda não entendeu e mais, ainda não se saturou na experiência que está vivenciando.

Observem também que este exposto é apenas um aspecto entre outras possibilidades de significação para as regressões, não retirando de modo algum sua possível validade. Acredito que o psiquismo possa resolver fazer uma mudança efetiva em sua vida após entrar em contato com um cenário/matriz de uma suposta vida passada que resultou num determinado tipo de experiência constante, por exemplo, de algo relacionado a alguma questão traumática. Acredito também que um processo psicoterapêutico convencional também pode chegar nesse ponto de impacto. Devemos estar abertos a tudo, sempre primando pelo bom senso quando estamos determinados a entrar em contato lúcido com o nosso “si mesmo”.

Um exemplo aparentemente simplista sobre o que estamos abordando: uma pessoa que passa o tempo todo desejosa por chocolates até que num determinado dia percebe a experiência de um modo totalmente diferente do anterior. Percebe de modo diferenciado o “gosto” do chocolate, a saciedade e muitas outras nuances que envolvem tal experiência e a partir deste momento tem o que chamamos de “insight”, ou como Jung falava, momento “luminoso” ou “iluminação”, para ficar mais fácil a compreensão. E por conta dessa qualidade perceptiva do agora decide abandonar este vício/experiência de sua vida.

A grande questão é que agimos por meio de padrões de comportamentos cegos e inconscientes na maioria dos nossos momentos. Nosso self (si mesmo) é dinâmico por excelência, porém acreditamos que a nossa identidade está vinculada na repetição constante de um mesmo tipo de vida. E acabamos por medo de nos perdermos, de não ousar mudar este padrão, ou seja, não os vivemos (os padrões) de modo profundo e lúcido para enfim nos habilitarmos a vivenciar novos e criativos temas da nossa consciência.

Sentimo-nos vitimas de nós mesmos e de algum modo somos quando não conseguimos acionar dentro de nós mesmos um gatilho persistente que possa nos levar a uma mudança efetiva dos nossos padrões que de algum modo não nos estão agradando.
Como bem diz o físico Amit Goswami, temos um suposto parque temático em nossa mônada quântica e escolhemos, de modo consciente ou não, temas para nos experimentarmos aqui neste plano onde temos o privilégio (de acordo com nosso estágio atual de consciência) de “colapsar” os eventos requeridos em cenários materiais. Podemos usar a nossa existência terrena de melhor modo quando entramos em contato lúcido com os rumos de vida ou temas que verdadeiramente nos digam respeito; e ousar mudar o que não nos faz sentido.

Como sempre costumo dizer em meus textos, se tiverem alguma dificuldade busquem ajuda na intenção clara de encontrarem a si mesmos e lembrem-se de que quanto mais clareza nas intenções, mais o universo (nós mesmos?) tende a conspirar a favor. Por conta dessa intenção os bons ventos sempre chegarão e não menosprezem as brisas suaves. Tudo é vento, tudo é movimento desde que estejamos totalmente focados e, principalmente, dando valor aos nossos assuntos. Coloquem-se na posição de observadores ativos dos eventos requeridos e criados e sejam efetivamente os encontradores de si mesmos em suas experiências existenciais!

Desejo um excelente ano para todos.


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silvia
Silvia Malamud é colaboradora do Site desde 2000. Psicóloga Clínica, Terapias Breves, Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand PhD/EUA.
Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
Tel. (11) 99938.3142 - deixar recado.
Autora dos Livros: Sequestradores de almas - Guia de Sobrevivência e Projeto Secreto Universos

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