O Poder da Intenção
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 09/09/2005 12:09:39
A intenção é o motor de tudo aquilo que necessitamos realizar na vida. Quando pensamos em algo com uma intenção positiva, que tenha como objetivo o bem, o melhor, a positividade, a energia que mobilizamos é altamente poderosa e faz com que o Cosmos atue, auxiliando-nos na manifestação daquilo que pretendemos.
Quando, ao contrário, nossa intenção é baseada no medo, na raiva, na inveja, no materialismo exacerbado, no desejo de vingança ou em qualquer outro sentimento negativo, atraímos para nossa vida toda sorte de energias inferiores, aquelas onde a Luz se encontra ausente, retardando, desse modo, o nosso progresso tanto material quanto espiritual.
Quanto mais negatividade acionarmos, mais estreito será nosso caminho e maior o número de obstáculos que encontraremos à nossa frente. Portanto, quando as coisas começam a dar errado e não conseguimos concretizar aquilo que desejamos, é interessante que nos questionemos acerca da intenção que tem guiado nossa mente na hora de traçar os objetivos. Pode ser que estejamos seguindo uma intenção equivocada, direcionada apenas por nosso ego e não pela sabedoria divina que nos habita.
Afirmar diariamente intenções positivas, motivadas por nosso Eu Superior, é uma forma eficaz de atrairmos eventos e realizações que nos levarão a mais Luz e harmonia interior.
“A inteligência, o estreitamento da mente, é um meio para a sobrevivência, mas não para a vida. Sobrevivência não é vida. A sobrevivência é uma necessidade - existir no mundo material é uma necessidade -, mas o fim é sempre chegar ao florescimento de um potencial, de tudo o que é significativo para você.
...Se você se realiza completamente, se não sobra nada em forma de semente dentro de você, se tudo se torna real, se você é um florescimento, então, e somente então, você pode sentir a bem-aventurança, o êxtase da vida.
A sua parte negada, a parte inconsciente, só pode se tornar ativa e criativa se você acrescentar uma nova dimensão à sua vida - a dimensão do festivo, a dimensão da brincadeira.
...Assim, a meditação não é um trabalho, é uma alegria. Orar não é um negócio, é uma alegria. A meditação não é algo a ser feito para alcançar alguma meta - paz, bem-aventurança - mas algo a ser desfrutado como um fim em si mesmo.
A dimensão festiva é a coisa mais importante a ser compreendida - e nós a perdemos totalmente. Com festivo, quero dizer a capacidade de desfrutar, momento a momento, tudo o que vem a você.
...Nós ficamos tão condicionados e os hábitos se tornaram tão mecânicos que mesmo quando não há nenhum negócio a ser feito, nossa mente é negociante. Quando nenhum estreitamento é necessário, você permanece estreito. Mesmo quando está jogando cartas, você não está se divertindo. Joga pela vitória, e, então, o jogo vira um trabalho; então, o que vai acontecendo não é importante, somente o resultado. Nos negócios, o resultado é importante. Na festividade, o ato em si é importante. Se você consegue tornar qualquer ato significativo em si mesmo, então você se torna festivo e pode celebrá-lo.
Sempre que você está em celebração, os limites, os limites de estreitamento, são quebrados. Eles não são necessários, eles são eliminados. Eu chamo essa comunhão - essa celebração, essa consciência sem escolha, essa atitude não negociante - de meditação.
A meditação e todos os artifícios da meditação podem fazer uma coisa: empurrá-lo para fora de suas barreiras negativas. Ela pode trazê-lo para fora do aprisionamento que é a mente; e, quando você tiver saído, vai rir. Era tão fácil sair, estava bem ali. Só um passo era necessário. Mas nós vamos andando em círculos, e aquele passo é sempre perdido... o único passo que pode levar a pessoa para o centro.
Você vive andando em círculos, na periferia, repetindo a mesma coisa. Em algum lugar, a continuidade deve ser quebrada. Isso é tudo o que pode ser feito por qualquer método de meditação. Se a continuidade é quebrada, se você for descontínuo com o seu passado, então, nesse exato momento há uma explosão. Nesse exato momento você fica centrado, centrado no seu ser e, então, conhecerá tudo o que sempre foi seu, tudo o que simplesmente estava esperando por você". OSHO - do livro “ Meditação - a arte do êxtase”.