Pacto com a Vida
por Silvia Malamud em EspiritualidadeAtualizado em 07/01/2005 13:07:36
Liberte-se de situações antigas e permita-se apaixonar por si mesmo
“Um desenvolvimento do pensamento psicológico aliado aos fundamentos da Bioenergologia”.
A responsabilidade que temos ao nascer por si só já seria o bastante para desistirmos desta jornada - se não fosse por uma questão básica que a todos seduz - que é a possibilidade criativa da nossa expressão neste plano tridimensional.
Entrar em contato com toda esta potência de realização criativa parece ser o ponto central para nos colocar numa posição extremamente positiva, promovendo um pacto com a vida!
Sempre que desejamos algo, simultaneamente desenhamos em nossa mente uma “conversa” que dura exatamente o instante da modelagem dos nossos intentos.
Ao nos sentirmos plenamente capazes de criarmos as nossas realidades aqui na Terra, resgatamos o verdadeiro sentido da nossa existência como fonte de investigação, experimentação e exploração numa visão dinâmica, prazerosa e atualizadora.
Sentir-se vivo é fazer valer esta necessidade de expressão que todos nós temos.
O resultado final sempre será um reflexo e uma releitura de cada momento vivido por um eu que se capacita mais e mais a cada experiência vivida; onde o eu consciente integra o antigo no novo, já se percebendo num tempo futuro quando na certa já estará fazendo novas e criativas sínteses de si mesmo.
Penso que este tipo de movimento, se lúcido, seria uma das máximas da consciência livre, autogeradora de sua própria existência. Lugar onde em hipótese alguma caberiam queixas ou vitimismos quanto à vida que se vive.
Na história da humanidade, as pessoas estão muito mal acostumadas quando se calam diante da sombra de um objeto projetado por suas mentes, assustam-se por vislumbrar que o tempo todo estão criando as suas próprias realidades e erroneamente atribuem a suas responsabilidades ao Karma... À lei do destino, etc, etc...
É bem verdade que existem situações - e não poucas - em que por defesa de nossa própria sobrevivência psíquica, acabamos por encapsular experiências de vida que na época poderiam ter sido demais fortes para suportarmos.
A questão é que ao encapsularmos as nossas vivências nos enganamos, achando que elas deixaram de existir, mas o que ocorre na verdade é que as vivências encapsuladas ficam fazendo uma atuação do tipo bumerangue... Jogamos a dor para longe e quando menos esperamos somos “acometidos” por cenários supostamente diferentes, mas que reeditam a dor anterior não processada. A vida anda, o tempo passa e nós ficamos com aspectos nossos parados no tempo, gastando uma enorme energia tentando ininterruptamente guardá-los para que fiquem obscuros a nós mesmos.
Vejam que interessante, muitas vezes pacientes meus chegam ao consultório com este tipo de questões encapsuladas, já pseudo-resolvidas, mas ainda não contaram para si mesmos que nesta época da vida deles estão mais fortalecidos em outras áreas de si mesmos e já podem lidar melhor com algumas situações difíceis do passado. Muitos pacientes também se fortalecem durante o processo terapêutico e descobrem que existiam pontos/vida importantes que estavam represados e pseudo-esquecidos.
Você pode neste momento estar se perguntando qual seria o resultado desta autobusca terapêutica...
O resultado é mais vida dentro da própria vida, mais colorida e muito, muito mais autonomia para existir.