Quem Somos Nós? - Parte 1
por Acid em EspiritualidadeAtualizado em 16/09/2005 12:16:04
Vejam esses nomes e a biografia por trás deles: (PHD em Física Nuclear Teórica, é professor de Física da Universidade do Oregon. Possui 10 livros publicados (sendo o mais famoso "Universo Autoconsciente"). Ensina regularmente no Instituto. Holmes, e na Universidade de Pesquisa Filosófica de Los Angeles, Pacífica (Santa Bárbara, CA) e na UNIPAZ de Portugal.) Amit Goswami(*), (PHD em Física Teórica na U.C.L.A. Físico, palestrante e escritor, conhecido principalmente pelo livro "Espaço-Tempo e Além".) Fred Alan Wolf(*), (Dr. em Medicina Quiroprática. Bioquímico, pós-graduado em Anatomia, Fisiologia, Neuroquímica, Neurofisiologia e Genética. Possui vários livros sobre Física Quântica.) Joe Dispenza(*), (Prof. emérito de Ciência dos Materiais e Engenharia da Universidade. de Stanford. PHD da Universidade de Toronto, com mais de 250 artigos científicos publicados. Diretor-fundador da Academia de Parapsicologia e Medicina, e do Instituto de Ciências Noéticas.) William Tiller(*), (Ex-Presidente da Fundação Jung de Nova York e Palestrante de Psicologia e Religião na Universidade de Harvard.) Jeffrey Statinover(*), (PHD e detentora de patentes de peptídeos modificados. Professora da Universidade Georgetown de Medicina.) Candace Pert(*), (PHD em Harvard. Professor de Física e diretor do Instituto de Ciências, Tecnologia e Política da Universidade Maharishi. Trabalhou com a unificação de campos quânticos na Faculdade de Stanford. Possui centenas de publicações nessa área, sendo a mais conhecida a descoberta da super simetria, que gerou a teoria da grande unificação.) John Hagelin(*) e (PHD em Física Nuclear Teórica. Professor e Diretor da Fundação Filosófica de Física da Universidade de Columbia.) David Albert(*), entre outros...
Agora imagine esses cobras conversando com você sobre o Universo e suas percepções. Imaginou? Esse é o filme What The Bleep Do We Know!?, que chega ao Brasil em outubro com o nome de Quem Somos Nós?, após um enorme sucesso boca-a-boca mundo afora. Não é um daqueles filmes para ser visto entre um compromisso e outro, ou com gente conversando ao lado. Ele exige atenção integral, e assim mesmo você vai querer vê-lo de novo para poder entender melhor.
Abaixo colocarei alguns trechos diretamente retirados da legenda do filme, para vocês terem uma idéia do potencial revolucionário que ele traz para a nossa forma de encarar o mundo: Quanto mais se estuda a Física Quântica, mais misteriosa e fantástica ela se torna.
A Física Quântica, falando de uma maneira bem simples, é uma ciência de possibilidades. São questões pertinentes de como o mundo se sente em relação a nós. Se existe uma diferença entre o jeito de o mundo nos sentir e como ele realmente é, já parou para pensar de que os pensamentos são feitos?
Todas as épocas e gerações têm suas próprias suposições: O mundo é plano, o mundo é redondo etc. Existem centenas de suposições que acreditamos verdadeiras, mas que podem ou não ser. Claro que historicamente na maioria dos casos não eram verdadeiras. Se tomarmos a História como guia, podemos presumir que muitas coisas em que acreditamos sobre o mundo podem ser falsas. Estamos presos a certos preceitos sem saber disso.
É um paradoxo
O materialismo moderno tira das pessoas a necessidade de se sentirem responsáveis, assim como a religião! Mas eu acho que se você levar a Mecânica Quântica a sério, verá que ela coloca a responsabilidade nas nossas mãos e não dá respostas claras e reconfortantes. Ela só diz que o mundo é muito grande e cheio de mistérios.
O mecanismo não é a resposta, mas não vou dizer qual é, pois vocês têm idade suficiente para tomarem suas decisões.
Por que continuamos recriando a mesma realidade?
Por que continuamos tendo os mesmos relacionamentos?
Por que continuamos tendo os mesmos empregos repetidamente?
Nesse mar infinito de possibilidades que existem à nossa volta, por que continuamos recriando as mesmas realidades?
Não é incrível existirem opções e potenciais que desconhecemos?
É possível estarmos tão condicionados à nossa rotina, tão condicionados à forma como criam nossas vidas, que compramos a idéia de que não temos controle algum?
Fomos condicionados a crer que o mundo externo é mais real que o interno. Na ciência moderna é justamente o contrário. Ela diz que o que acontece dentro de nós é que vai criar o que acontece fora. Existe uma realidade física que é absolutamente sólida, mas só começa a existir quando colide com outro pedaço de realidade física. Esse outro pedaço pode ser a gente, claro que somos parte desse momento, mas não precisa necessariamente ser. Pode ser uma pedra que venha voando e interaja com toda essa bagunça, provocando um estado particular de existência.
Filósofos no passado diziam: "Se eu chutar uma pedra e machucar meu dedo, é real. Estou sentindo, é vívido". Quer dizer que é a realidade. Mas não passa de uma experiência, é a percepção dessa pessoa do que é real.
Experimentos científicos nos mostram que se conectarmos o cérebro de um pessoa a computadores e scanners e pedirmos para olharem para determinados objetos, podemos ver que certas partes do cérebro estão sendo ativadas. Se pedirmos para fecharem os olhos e imaginarem o mesmo objeto, as mesmas áreas do cérebro se ativarão, como se estivessem vendo os objetos. Então os cientistas se perguntam: quem vê os objetos, o cérebro ou os olhos? O que é a realidade? É o que vemos com nosso cérebro? Ou é o que vemos com nossos olhos?
A verdade é que o cérebro não sabe a diferença entre o que vê no ambiente e o que se lembra, pois os mesmos neurônios são ativados. Então devemos nos questionar: O que é realidade?
Somos bombardeados por grandes quantidades de informação que, quando entram no seu corpo, são processadas pelos seus órgãos sensoriais, e a cada passo partes da informação vão sendo descartadas. O que finalmente chega na consciência é o que serve mais à pessoa. O cérebro processa 400 bilhões de bits de informação por segundo, mas só tomamos conhecimento de 2.000 bits. E esses 2.000 bits são sobre o que está ao nosso redor, nosso corpo e o tempo.
Vivemos em um mundo onde só enxergamos a ponta do iceberg. Isso significa que a realidade está acontecendo a todo momento no cérebro, mas nós não a absorvemos. Os olhos são como lentes, mas o que realmente está enxergando é a parte de trás do cérebro. É o córtex visual, igual a essa câmera.
Você sabia que o cérebro imprime o que vê?
Por exemplo: essa câmera de vídeo está vendo muito mais ao meu redor do que o que está aqui, porque ela não faz objeções ou julgamentos. O filme que está passando no cérebro é do que temos habilidade para ver. É possível que nossos olhos, nossa câmera, enxerguem mais do que o nosso cérebro tenha a habilidade de conscientemente projetar? Do jeito que nosso cérebro funciona, só conseguimos ver o que acreditamos ser possível.
Os padrões de associação já existem dentro de nós através de um condicionamento
Uma história incrível, que acredito ser verdadeira, conta que quando os índios americanos nas ilhas caribenhas viram as naus de Colombo se aproximarem, na verdade eles não conseguiam ver nada, pois não eram parecidas com nada que tivessem visto antes. Quando Colombo chegou no Caribe, nenhum nativo conseguia enxergar os navios, mesmo estando eles no horizonte. A razão de não verem os navios era porque não tinham conhecimento. Seus cérebros não tinham experiência de que os navios existiam.
O shamã começa a notar ondulações no oceano. Mesmo não vendo os navios, imagina o que está causando aquilo. Então ele começa a olhar todos os dias e depois de um certo tempo consegue ver os navios. E quando isto acontece, conta para todos que existem navios lá. Como todos acreditavam nele, também conseguem enxergar.
Nós criamos a realidade, mas criamos máquinas que produzem realidade que afetam a realidade o tempo todo. Sempre perseguimos algo refletido no espelho da memória. Se estamos ou não vivendo em um grande mundo virtual, é uma pergunta sem uma boa resposta, é um grande problema filosófico e temos que lidar com ele conforme o que a ciência diz.
Como somos sempre observadores na ciência, ficamos limitados ao que o cérebro humano capta. É a única forma de vermos e percebermos as coisas que fazemos. Então é possível que isso tudo seja uma grande ilusão da qual não conseguimos sair para ver a verdadeira realidade. Seu cérebro não sabe distinguir o que está acontecendo lá fora do que acontece aqui dentro. Não existe o "lá fora" independente do que está acontecendo aqui.