Quero ser feliz agora!
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 07/05/2009 16:24:17
Esta é uma afirmação essencial para quem não está disposto a esperar a próxima encarnação ou a vida em outra dimensão para alcançar a felicidade.
Muitas pessoas, por incrível que pareça, não acreditam que viemos aqui para sermos felizes. Elas estão totalmente convencidas de que somos pecadores e temos de suportar o sofrimento com resignação, e aceitá-lo tranquilamente como única possibilidade desta vida.
É inegável que provas e dificuldades fazem parte de nossa trajetória, afinal, fazer o caminho de volta à nossa origem divina não é fácil. Exige disciplina e, acima de tudo, muita vontade.
Porém, o que deve nos motivar nessa viagem é a convicção absoluta de que mesmo que ainda não estejamos iluminados, podemos ter a felicidade possível agora. Enquanto não estivermos plenamente convencidos de que ela pode ser alcançada, continuaremos criando desculpas e justificativas para nossa falta de coragem.
Ir ao encontro da felicidade exige, às vezes, atitudes ousadas, que vão contra muitas regras vigentes na sociedade. O julgamento é inevitável e, para enfrentá-lo, é preciso um amor próprio inabalável e a convicção de que somos merecedores do melhor que a vida tem a oferecer.
Contentar-se com um destino medíocre e abrir mão daquilo que sua alma deseja realizar pode não só afastar qualquer possibilidade de felicidade, como criar um estado de desequilíbrio tão intenso que as doenças físicas serão uma consequência inevitável.
Poucos são os que se dispõem a abrir mão de uma vida confortável e segura, para entrar no perigoso caminho da autodescoberta, aceitando ser fiéis acima de tudo à sua própria verdade.
Mas os que ousaram pagar o preço e se dispuseram a ir além, apesar do medo e das noites escuras que tiveram de atravessar, certamente têm hoje a certeza de que valeu a pena.
Como dizem os Mestres, não há como chegar ao amanhecer e encontrar a luz do sol, sem atravessar a escuridão. Cada um de nós sabe exatamente do que precisa para ser feliz. Mas se a escolha não for feita conscientemente, acabaremos retrocedendo por medo do julgamento e da rejeição do mundo.
“...Faça o que sua natureza quer fazer, o que suas qualidades intrínsecas anseiam por fazer. Não dê ouvidos às escrituras. Ouça seu próprio coração; essa é a única escritura que prescrevo. Ouça com muita atenção, com muita consciência, e nunca estará errado. Ouvindo seu coração, você nunca ficará dividido. Ao escutar o seu coração, começará a tomar a direção correta, sem jamais pensar no que está certo ou errado.
Siga-o de qualquer maneira e vá aonde quer que o leve. Ele às vezes o colocará diante de perigos - mas lembre-se de que, nesses casos, alguns perigos são necessários para seu amadurecimento.
Outras vezes, o coração o levará a se extraviar - lembre-se, mais uma vez, que esses extravios fazem parte do crescimento. Muitas vezes você cairá. Coloque-se de pé novamente, pois é assim que se fortalece - caindo e levantando-se outra vez. É assim que você se torna uma pessoa integrada.
Nunca siga regras impostas.... Não seja um imitador, seja sempre original. Não se torne uma cópia. A vida é uma dança se você for original - é esse o seu destino.
...A vida passa depressa demais - é dinâmica, não é estática. Não é uma poça estagnada... nunca é a mesma em dois momentos consecutivos.
...Eu lhe ensino uma lei intrínseca da vida: obedeça a seu próprio eu, seja uma luz para si mesmo... O único jeito de ficar em contato com a vida, de não ficar para trás é ter um coração destituído de culpa, um coração inocente.
Osho – “ Corpo e Mente em equilíbrio”.