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Responsabilidade

por Elisabeth Cavalcante em Espiritualidade
Atualizado em 18/11/2005 12:19:12


Ser responsável é assumir os riscos inerentes a cada um de nossos atos. Quando ainda não estamos suficientemente maduros, costumamos temer as conseqüências de nossas atitudes, principalmente nas situações em que temos diante de nós a necessidade de fazer escolhas desafiadoras.

Decidir de modo consciente só é possível se aprendermos a aceitar com tranqüilidade a seguinte verdade: cada um de nossos atos terá, inevitavelmente, conseqüências, que podem ser boas ou não. Mas temer a decisão só nos manterá prisioneiros do medo, afastando de nós a possibilidade de atingirmos a maturidade emocional.

Para vencer o medo que nos paralisa, é importante jamais perdermos de vista que cada escolha que fizermos poderá ser revista e transformada, caso não se revele acertada. Errar é parte essencial do processo de crescimento e desejar a garantia absoluta do acerto antes de tomar uma decisão, é uma ilusão à qual nos apegamos, muitas vezes como justificativa para nossa paralisia.

Mas este é um caminho que ninguém trilhará por nós.

Se tivermos a coragem de ir ao encontro do chamado interior que nos impulsiona para a transformação e a mudança, ao invés de optarmos por uma vida acomodada, estaremos, com certeza, indo ao encontro de nosso verdadeiro Ser, aquele que espera ansiosamente por uma oportunidade para nos fazer conhecer a paz, o equilíbrio e a serenidade.

“A coragem para ser feliz
Continuamos a perder muitas coisas na vida só por causa da falta de coragem. Na verdade, nenhum esforço é necessário para conquistar - só é preciso coragem - e as coisas começarão a vir até você, em vez de você ir atrás delas. Pelo menos no mundo interior é assim.

E para mim, ser feliz é a maior coragem. Ser infeliz é uma atitude muito covarde. Na realidade, para ser infeliz, não é preciso nada. Qualquer covarde pode ser, qualquer tolo pode ser. Todo mundo é capaz de ser infeliz; para ser feliz é preciso coragem - é um risco tremendo.

Não temos o costume de pensar assim. Nós pensamos: “O que é preciso para ser feliz? Todo mundo quer ser feliz”. Isso está absolutamente errado. É muito raro uma pessoa estar pronta para ser feliz - as pessoas investem tanto na infelicidade! Elas adoram ser infelizes. Na verdade, elas são felizes por serem infelizes.

Há muitas coisas para se entender - sem entendê-las é muito difícil se livrar da mania de ser infeliz. A primeira coisa é: ninguém está prendendo você; é você que decidiu ficar na prisão da infelicidade. Ninguém prende ninguém. O homem que está pronto para sair dela, pode sair quando quiser. Ninguém mais é responsável. Se uma pessoa é infeliz, é ela mesma a responsável. Mas a pessoa infeliz nunca aceita a responsabilidade - é por isso que continua infeliz. Ela diz: “Estão me fazendo infeliz”.

Se outra pessoa está fazendo com que você seja infeliz, naturalmente não há nada que você possa fazer. Se você mesmo está causando a sua infelicidade, alguma coisa pode ser feita... alguma coisa pode ser feita imediatamente. Então ser ou não ser infeliz está nas suas mãos. Todavia as pessoas ficam jogando nos outros a responsabilidade - às vezes na mulher, às vezes no marido, às vezes na família, no condicionamento, na infância, na mãe, no pai... outras vezes na sociedade, na história, no destino, em Deus - mas não param de jogar nos outros. Os nomes são diferentes, mas o truque é sempre o mesmo.

Um homem torna-se realmente um homem quando aceita a responsabilidade total - é responsável pelo quer que seja. Essa é a primeira forma de coragem, a maior delas. É muito difícil aceitá-la porque a mente vai continuar dizendo: “Se você é responsável, porque criou isso?”. Para evitar isso, dizemos que os outros são responsáveis: “O que eu posso fazer? Não tem jeito... sou uma vítima! Sou jogado daqui para ali por forças maiores que eu e não posso fazer nada. Posso no máximo chorar porque sou infeliz e ficar ainda mais infeliz chorando”. E tudo cresce - se você cultiva uma coisa, ela cresce. Então você vai cada vez mais fundo... mergulha cada vez mais fundo.

... Mas nós nos habituamos. Se pararmos de ser infelizes, nos sentiremos muito sozinhos, perderemos nossa maior companhia. A infelicidade virou nossa sombra - nos segue por toda a parte. Quando não há ninguém por perto, pelo menos a infelicidade está ali presente - você se casa com ela. E trata-se de um casamento muito, muito longo; você está casado com a sua infelicidade há muitas vidas.

Agora chegou a hora de se divorciar dela. Isto é o que eu chamo de - a grande coragem - divorciar-se da infelicidade, perder o hábito mais antigo da mente humana, a companhia mais fiel”.

OSHO, The Buddha Disease.




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elisa
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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