Tempo de voar com asas de borboleta
por Rubia A. Dantés em EspiritualidadeAtualizado em 27/11/2008 16:15:34
A vida acontece em ciclos maiores e menores de tempo e esses ciclos podem ser percebidos pelo retorno de determinada energia. Quando passamos a observar esse movimento acontecendo, podemos entender o que está vindo para ser liberado e contribuir voluntariamente para o processo. Os véus vão sendo retirados aos poucos e a cada retorno da mesma energia liberamos mais uma camada do que nos impede de Ser o que verdadeiramente somos.
Podemos identificar por onde estamos passando em um ciclo e trabalhar em sintonia com essa energia para que as coisas aconteçam mais suavemente... observando os acontecimentos... os sonhos, as situações que se apresentam.
Observar a natureza nos faz perceber que também podemos fluir com a vida... e que a Divindade nos dá exatamente o que precisamos, quando nos entregamos a esse movimento natural, sem resistir... e sem tentar adaptar o tempo e os acontecimentos ao que nos dita a mente racional.
Quando estamos dispostos a liberar os véus, teremos toda a ajuda do Universo... e é sábio trabalhar naquilo que nos chega naturalmente... Se forçarmos alguma coisa seria como comer uma fruta que ainda está verde... quando o ideal é comer as frutas da época que já estão maduras.
Algumas vezes ao longo da vida nos vemos diante de ritos de passagem que se manifestam muito claramente. É aquela hora onde a borboleta sai do casulo e deixa completamente para trás a fase da lagarta...
Esses momentos não são os mais fáceis porque quando o dia vai clarear a noite nos parece ser mais escura... mas sabendo pelo que estamos passando poderemos facilitar o processo, não resistindo, entendendo que tudo está sendo guiado por uma Força maior. Existe um movimento perfeito e harmonioso acontecendo e resistir a ele só nos faz perder energia preciosa, dificultando o que seria simples e natural...
Confiamos e fiamos... fazendo a nossa parte.
Assim como dar à luz um filho... nesses ritos de passagem, onde a morte antecede o renascimento, damos à Luz a nos mesmos.
Só que agora, nesse novo tempo, com a possibilidade de um nascimento imaculado... sem o conceito das muitas crenças e padrões que queriam nos incutir um sentimento de culpa por já nascermos com o peso de um suposto pecado...
Mesmo que conscientemente isso não faça mais parte das nossas crenças, no inconsciente esse registro nos fazia acreditar que não éramos merecedores...
Mas somos sim... e muito... Merecedores de todas as coisas boas... sem esforço.
Quando fluímos em sintonia com o ciclo em andamento as coisas acontecem sem esforço e isso é nosso direito Divino. Chega dessa crença que tudo tem que vir com muito esforço e muita luta... isso não faz mais parte do novo Tempo. Se só damos valor ao que só vem com muito esforço estaremos enviando ao Universo a mensagem que queremos que as coisas aconteçam sempre assim.
Sei que esse é um padrão muito antigo e que está muito arraigado nas nossas memórias ancestrais... mas chega um tempo em que entendemos que somos seres de Pura Luz e que é hora de aceitar a nossa verdadeira identidade. Não são mais condizentes com quem somos certos padrões que tanto limitam e prendem.
Por isso... quando sinto que estou prestes a renascer agradeço e me entrego por inteiro porque sei que além daquele lugar onde o túnel é mais apertado e mais difícil de passar está me esperando a Luz de um novo amanhecer... e lá não existem as limitações do casulo que me impediam de voar com as asas azuis de uma borboleta que descobriu que era muito mais do que uma lagarta...