Terapia Floral: na ética não há alternativa.
por Márcia Cristina Fernandes em EspiritualidadeAtualizado em 08/08/2001 12:43:43
Tornar-se um Terapeuta Floral tem sido alvo de interesse de muitas pessoas desde a década passada em nosso país. No entanto, o acesso a bibliografia levou muitos a considerarem-se “terapeutas” após a simples leitura de um livro ou de um cursinho dado em um final de semana.
Felizmente, a TERAPIA FLORAL evolui a cada dia baseada no trabalho respeitável de profissionais sérios que buscaram além. Terapeutas formados por cursos ministrados por estudiosos dedicados em programas de pós-graduação como o do IBEHE / FACIS ou da Enfermagem da USP; profissionais participantes de encontros com os produtores de diversos sistemas, assim como eventos da área.
Visando o atendimento de qualidade, certas questões éticas devem ser levadas em consideração, partindo de algumas premissas básicas:
1. O Terapeuta Floral está comprometido com a cura e não faz sentido ajudar alguém a buscar seu caminho de auto-cura sem que percorra o seu próprio. Assim, o Terapeuta Floral deve buscar conhecer-se e trabalhar seu mundo interior.
2. O Terapeuta Floral necessita experimentar as essências florais em si mesmo através de seu aprendizado e do auxílio de um outro Terapeuta. Em conseqüência observar a atuação e reação das essências e ter disposição para assumir a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento e pela própria saúde.
3. O Terapeuta Floral não encerra em seus estudos do tema seu conhecimento, mas deve buscar estudar a natureza humana (temas de psicologia, sociologia, anatomia, filosofia, biologia, entre outros) para auxiliar o paciente em seu processo de auto-conhecimento e harmonização da personalidade com alma.
4. O Terapeuta Floral deve perceber que não tem o poder de curar, mas dedica-se ao serviço de levar o outro a conhecer-se e compreender o significado de sua dor. Compreender que estará fazendo um diagnóstico da alma, através de uma visão holística, assim não só basear-se nos sintomas físicos, mas principalmente nos estados de desarmonia da alma, nos sentimentos e atitudes mentais.
À seguir, alguns procedimentos éticos da Terapia Floral:
Procurar atender em um ambiente de trabalho adequado, em condições de receber o cliente propiciando sigilo e continência de seu conteúdo interior. Mesmo dentro de instituições é importante oferecer um espaço agradável, livre de interferências externas que perturbem o atendimento.
Estabelecer um contrato de atendimento inicial no qual fique bem claro para ambas as partes questões como pagamento, faltas, férias, horários e periodicidade dos atendimentos.
O sigilo profissional deve ser respeitado visando o controle absoluto por parte do Terapeuta das informações trazidas pelo cliente, bem como fichas, anotações ou material desenvolvido pelo cliente, como testes, por exemplo.
Alguns Terapeutas Florais preferem ouvir seu paciente e anotar ou gravar, se assim for, devem avisar o cliente qual seu objetivo com tal procedimento.
Sempre que ouvirem de seus clientes queixas que envolvam descrição de sintomas físicos ou emocionais, encaminhar ao tratamento médico ou psicológico. O mesmo ocorrendo nos casos fonoaudiológicos ou odontológicos. A multi-disiplinaridade deve ser totalmente respeitada e compreendida como integrante do processo de cura. A TERAPIA FLORAL NÃO SUBSTITUI MEDICAÇÕES OU CIRURGIAS.
Em hipótese alguma é concebível que um Terapeuta Floral prescreva ou retire qualquer tipo de medicação de seu cliente, exceto por formação médica.
Casos clínicos ou pesquisas devem ser relatados para mídia que mantenha intacta a informação e sempre respeitando o sigilo da identidade do cliente, bem como solicitando-lhe autorização anterior.
O Terapeuta Floral deve fornecer a seu cliente informações sobre sua formação que dão fidedignidade a seu trabalho, bem como informações sobre a Terapia Floral.
O Terapeuta Floral que utiliza outras abordagens deve esclarecer o paciente sobre as mesmas referenciando o uso das essências em seu processo terapêutico.
O Terapeuta Floral deve recomendar ou indicar farmácias previamente consultadas sobre o uso correto das essências florais.
O Terapeuta Floral que recebe um paciente por encaminhamento de outro profissional deve procurar manter um contato com o mesmo,desde o agradecimento pela indicação como fornecendo, se necessário um laudo conciso de sua apreciação e recomendação.
Nos atendimentos a crianças e adolescentes, os pais deveram ser informados do quadro levantado no diagnóstico que gerou aquela determinada escolha de essências, sem no entanto, expor o cliente. Os pais poderão vir a ser recomendados com essências, se o Terapeuta Floral assim considerar pertinente.
Estas são algumas situações relevantes a serem consideradas e que auxiliam a formar Terapeutas mais habilitados e comprometidos com a filosofia de respeito ao ser humano e do atendimento com Essências Florais. Por isto afirmo que não pode haver alternativa: o Terapeuta Floral precisa atuar sob a luz da ética para ser respeitado em seu trabalho.
Márcia Cristina Fernandes
Terapeuta Floral
Docente do Curso de Pós Graduação de Terapia Floral IBEHE/FACIS