Uma Viagem Espiritual na Luz de Krishna
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 18/07/2008 16:30:19
(Quando o Amor Fecunda a Tapeçaria Sideral)
Foi ali, (Projeção da consciência – é a capacidade parapsíquica - inerente a todas as criaturas -, que consiste na projeção da consciência para fora de seu corpo físico.
Sinonímias: Viagem astral – Ocultismo.
Projeção astral – Teosofia.
Projeção do corpo psíquico - Ordem Rosacruz.
Experiência fora do corpo – Parapsicologia.
Viagem da alma – Eckancar.
Viagem espiritual – Espiritualismo.
Viagem fora do corpo – Diversos projetores extrafísicos e autores.
Emancipação da alma (ou desprendimento espiritual) – Espiritismo.
Arrebatamento espiritual - autores cristãos) fora do corpo(*), além da percepção dos sentidos, que eu vi os Seus olhos de lótus.
O amor estava no ar, acima do mundo dos homens.
Embaixo, os cadáveres dos soldados e o cheiro da violência exalando em torno.
Pairando por cima dos corpos, em espírito, eles se entreolhavam confusos.
Não sentiam dor alguma, mas o medo os esmagava de encontro com eles mesmos.
O vazio de dentro era pior do que mil bombas estourando em seus corações.
No entanto, Ele estava ali com suas hostes de trabalhadores extrafísicos.
E, quando Ele tocou Sua flauta, tudo mudou e o céu se abriu na luz.
Uma imensa coluna de luz azulada desceu sobre eles. Dentro dela, a cura espiritual.
Elevados no ar, os soldados choraram. Sobre eles, pétalas douradas e a música d’Ele.
E eu chorei junto com eles... aquele choro de libertação, quando se vê a luz do espírito.
Enquanto eles entravam na luz, Ele olhou para baixo e também abençoou os que ficaram.
Vendo o Amor Maior em ação, quedei, paralisado diante de tal grandeza.
Então, Ele me olhou e o som de sua flauta me atravessou por inteiro.
Milhares de pétalas de luz desceram sobre o topo de minha cabeça.
E eu mergulhei no estado de (Samadhi – do sânscrito – expansão da consciência; estado de consciência cósmica.) samadhi(*), por obra e graça d’Ele.
Em meio à luz, que era tudo, o Seu olhar, por entre as inumeráveis estrelas e mundos.
E a compreensão do amor mais lindo de todos permeou todo meu ser.
Num mar de serenidade, Ele preenchia o universo de amor.
E o som de Sua flauta fecundava a tapeçaria sideral de vida e plenitude.
Miríades de seres viajavam em seu Grande Coração Cósmico.
E foi ali que Ele levou os soldados da Terra, para outras canções...
Eles estavam de volta em casa, no céu do coração d’Ele.
E eu, flutuando na luz, vi a felicidade deles, além do mundo dos homens.
Enquanto Ele dizia, em meu coração: “O espírito é eterno. Não nasce nem morre, apenas entra e sai dos corpos perecíveis. Felizes são aqueles que sabem disso. E agora, volte à Terra e escreva aos homens sobre a luz do eterno, que arma alguma pode destruir. E deixe que a estrela (Estrela Prânica – do sânscrito, prana – sopro vital; energia; força vital.
No contexto iogue é a estrela espiritual, manifestação do plano divino. Para melhor compreensão sobre isso, sugiro ao leitor ler o texto `A Canção das Estrelas-Bebês´, no seguinte endereço específico do site do IPPB: link prânica(*) guie os propósitos de sua vida, e também fale do brilho dela aos seus companheiros de estudo e jornada espiritual”.
Deslizando na música d’Ele, voltei ao corpo material, cheio daquela luz estelar.
E, agora, tento fazer o impossível: grafar a luz d’Ele em palavras.
E, mais ainda, carregar o grande amor de Krishna em meu pequeno coração.
PS.: Sim, foi ali no Astral que eu vi os Seus olhos de lótus.
Quando o céu se abriu, por entre os planos, na luz do amor...
Essa luz, que também está em todos os corações.
Esse amor que levou os soldados de volta para casa.
E aquele som de flauta, que, até agora, ainda escuto dentro de mim.
Ah, Krishna, que missão difícil você me deu: escrever sobre as coisas do espírito.
Ainda mais no mundo dos homens tristes e esquecidos de sua verdadeira natureza estelar.
E, como carregar o Seu amor nesse meu pequeno coração?
Paz e Luz.
- Wagner Borges –
(Sujeito com qualidades e defeitos, 46 anos de “encadernação”, mestre de nada e discípulo de coisa alguma, que não segue nenhuma doutrina criada pelos homens da Terra, sejam elas orientais ou ocidentais, e que tenta fazer o que o céu ordenou: escrever sobre a luz, mesmo sem ser iluminado.)
São Paulo, 09 de julho de 2008.