União Mistica
por Elisabeth Cavalcante em EspiritualidadeAtualizado em 15/04/2009 16:19:48
No processo de autoconhecimento, união é integração, quando todos os aspectos do ser convivem em harmonia, gerando um sentimento de plenitude.
Sentir-se pleno, exige que os conflitos existentes dentro de nós sejam plenamente harmonizados.
Por exemplo, se insistimos em negar nossas reais emoções, ou em racionalizar nossos sentimentos, um desequilíbrio começa a se instalar em nós.
Ele pode, a principio, não ser percebido, e se continuarmos a ignorá-lo, certamente se expandirá, atingindo nosso corpo físico na forma de alguma doença.
Somente uma atenção permanente que nos permita perceber, a cada momento, as verdadeiras motivações por trás de nossos comportamentos, pode levar-nos a evitar as armadilhas do ego, aquela parte de nós que insiste em manter uma falsa imagem, mesmo quando algo não vai bem.
Mas é preciso estar preparado, pois às vezes pagamos um alto preço por nos mantermos fiéis à nossa voz interior. A princípio, pode parecer mais cômodo ignorar nossa consciência e agir contra ela para garantir a simpatia do mundo.
Entretanto, quando isto se torna um hábito, podemos nos perder de tal modo, que já não saberemos mais diferenciar o nosso real desejo, daquilo que nos foi imposto como sendo o melhor.
A união mística só acontece quando nossa divisão interior desaparece e integramos os opostos existentes em nós, o masculino e o feminino, de forma harmoniosa. Isto pressupõe agir com coragem e determinação, quando necessário, mas também se manter passivo, amoroso e receptivo ao que a vida quiser nos enviar.
Permanecer em silêncio, esperando germinar as sementes que plantamos, ao invés de tentar forçar seu crescimento com atitudes ansiosas e desesperadas, pode ser um sinal de que estamos gradualmente penetrando num novo patamar de crescimento interior. Aos poucos, a verdade de nosso ser passará a predominar, até que finalmente, um dia, substitua a falsa imagem que construímos como defesa contra o mundo.
“Causa da infelicidade
Felicidade ou infelicidade não são dependentes de circunstâncias externas. Não há nem felicidade nem infelicidade nas coisas externas; seu estado de alegria ou de tristeza depende de sua reação a essas coisas externas. Na verdade, as coisas não importam; o que importa é a sua visão das coisas; tudo depende de como olhamos as coisas. Assim, em suma, a importância é do indivíduo, e não do objeto: a importância está em você e não no objeto que você possui. Daí que podemos dizer que a felicidade ou a infelicidade reside dentro de nós... Nós somos a causa de nossa miséria, porque seja de que forma estejamos, nós mesmos criamos essa condição.
Por favor, tenha esta verdade em sua mente, porque você não pode transformar a sua vida sem ela: se você se sente infeliz, saiba que alguma coisa está errada em seu ponto de vista. Uma vida miserável é resultado de uma maneira errada de olhar para as coisas; e uma vida feliz é o resultado de uma abordagem correta em relação à vida. Por favor, sempre que você se sentir miserável, tente buscar pela causa da sua infelicidade dentro de você, não do lado de fora. E então, gradualmente, você descobrirá as causas da sua infelicidade, escondidas em suas próprias reações. Então, uma nova vida começa para você”.
Osho, Lead Kindly Light.