Velocidade - Parte 2
por Saul Brandalise Jr. em EspiritualidadeAtualizado em 25/09/2009 12:11:13
Foi no início de 2008 que escrevi o primeiro texto sobre velocidade e nele procurei deixar claro que conhecimento não é tudo na vida. Na realidade, o importante é como eu uso o meu conhecimento e como aplico os meus valores.
Não resolve saber muito se não sei o que fazer com o conhecimento que possuo. Posso me tornar crítico e chato, nada mais do que isso. Mas, igualmente importante, é a consciência da velocidade na qual o mundo anda.
Hoje queremos fazer outro comentário sobre a palavra VELOCIDADE.
Se fixarmos a nossa atenção em como ela é formada, perceberemos que começa “de maneira VELOZ” e, na sequência descobrimos que há nesta palavra um casamento com IDADE.
Portanto, velocidade significa, além do que já frisamos no texto anterior, uma relação com minha idade: VELOZ+IDADE. Em outras palavras, como sou na idade em que estou?
Primeiro, precisamos deixar claro que existe uma diferença muito grande entre correr e ser veloz. Eu sempre procuro associar uma corrida à ausência de outro propósito que não o de melhorar a saúde.
Correr, normalmente, é por apavoramento, falta de planejamento ou susto.
Em contrário, velocidade, para mim, é como eu caminho em direção ao meu objetivo, mais os obstáculos que tenho de transpor diante da meta estipulada. Desta forma, só tenho velocidade de maneira consciente e prática quando sei o que, como e quando terei que realizar alguma coisa.
Muitas pessoas são “velhos precoces” e fazem questão de assim proceder porque não se preocupam com o que na realidade fazem com as suas vidas. Acham que a vida é uma consequência de coincidências e de fatos já determinados. Não entendem e não aceitam que a vida que levo agora é a vida que plantei ontem com meus pensamentos e atitudes. Não sabem valorizar o PRESENTE que a vida é em cada segundo vivido. Se nada está bom há que se rever e mudar os valores que temos como base de nossas atitudes.
Não há mais uma associação com a idade física e a mental. Hoje somos o que queremos ser.
Em outubro, completarei 60 anos, mas me sinto como um rapaz de 30. Por quê?
Porque primeiro me nego ter a idade que tenho. Segundo, porque me cuido fisicamente. Terceiro, porque procuro comer alimentos mais naturais, e faz anos que aboli a carne de meu cardápio. Quarto, porque sei que energia é vida e jamais que vida é energia. Quinto, vivo em pleno estado de perdão. Sexto, zelo por meus valores e pensamentos, pois sei que a vida é Causa e Efeito. E, finalmente, sétimo, porque sou o que admito ser.
Se a vida for comparada a uma corrida de obstáculos, precisamos estar preparados para a velocidade que teremos que aplicar nesta jornada.
Se cada ser humano é dono de seu freio, cabe a nós decidirmos como aplicar o freio em nossas atitudes. É isso que diferencia a velocidade de uma corrida.
Sei que nos veremos.
Beijo na alma
