Viajando espiritualmente no cantinho secreto
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 13/01/2003 12:33:39
Naquele cantinho secreto de ti mesmo,
Onde só Deus já tocou,
É que está o teu quinhão eterno.
É lá que mora tua luz!
Quando te sentires desencontrado,
Mergulha em tua própria luz.
Tu és o Divino viajante na carne.
Bebe de tua fonte eterna.
Quando os mestres te olham,
Eles vêem essa luz em ti.
Mesmo em teus piores momentos,
Eles sabem que tu és herdeiro do Eterno.
Mesmo que tu não reconheças o teu real valor,
Eles sabem o que se passa dentro de teu espírito.
Eles vêem a luz em ti, que é a verdade sem véus.
E ela lhes revela o segredo dos teus sonhos.
Carregas o infinito em ti mesmo.
Teu próprio espírito é templo do sagrado.
Todas as eras se encontram em teu ser eterno.
Tu és muito mais do que aparentas!
Se incontáveis sóis ardem no infinito
Ao toque do Ancião dos Dias,
Também é verdade que Ele toca em teu coração.
Mesmo que tu não O sintas, Ele está em ti.
Teus olhos não O vêem,
Teus outros sentidos não O percebem,
Teu intelecto O renega.
Porém, eu te asseguro: Ele dança em ti!
Ele não tem olhos, mas te vê como ninguém.
Ele não tem boca, mas ri contigo.
Ele não tem emoções da forma que tu entendes,
Mas te ama eternamente.
Oh, Ele é o Ancião dos Dias,
Mas também é a eterna criança.
Aliás, como tu mesmo.
Aceita-o em ti!
Entra em teu cantinho secreto e medita.
Tu és a centelha viva de um Amor Maior do que tudo.
Tu és imortal. Tu és luz. Tu és herdeiro do Amor.
Aceita!
Por onde seguirdes no mundo, nunca te sintas desencontrado.
Entra no teu cantinho secreto, do lado direito do peito.
Ali, na caverna do coração espiritual, está a luz do Eterno.
Aceita-a!
Quando sentires o desgaste das lidas terrenas e das pessoas,
Entra no cantinho secreto e descansa.
Fique quietinho ali, e renova tuas energias no Eterno.
Aceita a ti mesmo!
Medita no Ancião dos Dias, Eterna criança.
Ele é luz e trevas, homem e mulher, espírito e matéria.
Ele é tudo! E está em ti agora mesmo, como sempre esteve.
Aceita-o!
Om Turyaya Namah! *
- Um Anônimo Servidor de Brahman -
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges - São Paulo, 01 de janeiro de 2003, às 00h56min)
- Nota de Wagner Borges: O amigo espiritual que passou-me esses escritos não quer nenhuma ostensividade quanto à sua personalidade, coisa que ele acha transitória diante da individualidade imperecível. Ele é uma consciência extrafísica ligada a atmosfera espiritual dos Upanishads e dos rishis (sábios) que o inspiraram.
Recebi esses escritos dele logo após ter vivenciado uma experiência espiritual maravilhosa aqui no meu quarto enquanto meditava. Enquanto os fogos espocavam na passagem de ano, eu recebia a visita de alguns amigos espirituais num ambiente de paz e serenidade que não tenho palavras para descrever. Além de alguns toques em relação as atividades espirituais nas quais estou envolvido, recebi um presente inesperado.
Surgiu a figura de um grande losango azul-esverdeado dentro do quarto, bem na minha frente. Era um portal interdimensional. Por seu intermédio, o amparador conversou mentalmente comigo e passou os toques necessários, tudo dentro de um clima de alta serenidade.
Um outro amparador surgiu e postou-se à minha frente. Esse estava com o corpo espiritual mais densificado e mais próximo, vibracionalmente falando.
Era um cara oriental (tibetano ou chinês, sei lá) vestido de monge. Cerca de uns 50 anos, cabeça raspada, muito simpático e sorridente.
Ele manipulou energias com as mãos e formou uma bola de luz amarela entre elas. A seguir, ele riu e projetou a esfera luminosa dentro do meu peito, bem na parte alta da caixa torácica, na área da glândula timo.
Senti aquela energia descendo pelo interior do meu corpo e comunicando uma sensação muito agradável de vitalidade e paz íntima. Na seqüência, essa energia subiu e chegou na parte interna de minha testa, área do chacra frontal.
Imediatamente fui tomado por uma sensação de contentamento profundo. Minha tela mental interna ficou preenchida de luz branquinha fluorescente. Junto com isso, uma espécie de deleite consciencial, se é que posso classificar assim. Uma serenidade branca cheia de paz interior.Enquanto isso, o meu corpo físico estava completamente paralisado sentado no sofá do quarto. Eu existia apenas no centro da testa dentro daquela brancura generosa que me acolhia e deleitava serenamente.
Em dado instante, o meu corpo espiritual projetou-se um pouco para fora do corpo denso, mas apenas do peito para baixo. Dessa área para cima havia uma um jorro de luz branca que chegava até a testa. Parecia uma cascatinha de luz branca jorrando para cima e por dentro.
Pensei: "Vou compartilhar essa luz generosa com as pessoas que estão lá fora soltando fogos. Que aconteça o melhor para a evolução delas nesse próximo ano. Que elas sintam o Divino pulsando nelas mesmas, mesmo que ninguém no mundo acredite. Que elas se sintam agradecidas pelo dom da vida. Que elas descubram que contentamento é um estado íntimo que independe de conjunções externas. Que elas percebam as impressões digitais do Grande Arquiteto Do Universo marcadas em seus espíritos imperecíveis."
Irradiei energias diretamente do chacra frontal na intenção do melhor possível para a humanidade.
O monge extrafísico sorriu novamente e fez um gesto de saudação com as mãos juntas. Os seus olhos brilhavam de contentamento. Nesse brilho sem palavras eu compreendi o seu toque de ternura e bom humor. E isso ficou resumido numa frase que ele deixou em minha consciência: "Faça bom proveito desse presente."
Lentamente fui recuperando os movimentos do corpo e espreguicei-me gostosamente.
A seguir, do centro do losango chegou o texto que está acima, junto com a sugestão de grafá-lo para veiculação posterior para apreciação e reflexão de outras pessoas. Corri para o computador e escrevi tudo rapidamente.
Lá fora, o cheiro forte dos fogos no ar e o burburinho de uma galera que está festejando numa casa aqui perto. Escuto o pessoal cantando junto: "Beija! Beija! Beija!"
Vai ver que alguém se deu bem lá na festa e descolou um(a) parceiro(a), e a turma está dando força para o lance rolar. Com o frontal ainda cheio de energia branquinha, penso algo bom para o novo casal. E rio aqui quietinho, pois sinto que há um espírito rondando os dois para ser o futuro filho da dupla.
Eles não sabem, mas também tem uma galera do "lado de lá" (os amigos do futuro filho) cantando extrafisicamente: "Beija! Beija! Beija!"
Vou até a janela e olho para a casa em festa lá embaixo. Vejo um casal se beijando encostado no muro. Ah, se eles soubessem... hehehehehehehe...
Olho para os muitos prédios e casas aqui do bairro onde moro. Encho eles de luz branca generosa direto do frontal e peço a Espiritualidade Maior que inspire os seus moradores para jornadas melhores em seus aprendizados de vida.
Pouco depois, o telefone toca. É a Glória, minha ex-mulher e boa amiga, que ligou para desejar bom ano novo e dizer o quanto gostaria que eu estivesse no Rio de Janeiro para me dar um abraço pessoalmente. Disse-me que sentia como se eu tivesse me transportado para dentro da testa dela projetando um monte de coisas legais. Por isso ligou imediatamente.
A seguir, a Heleninha, minha filha mais velha (12 anos), falou comigo no telefone e também estava cheia de alegria e energia.
Bom, nada mal para apenas o primeiro dia de mais um ano de experiência terrestre. Recebi um presente luminoso, e pretendo fazer bom uso dele.
Para começar, envio esse primeiro texto do ano cheio de serena luz branquinha na intenção de que o melhor aconteça para vocês.
Sei que a maré de viver na Terra está violenta em muitos aspectos, mas navegar é preciso...
Sei que há algo maior do que todos nós operando invisivelmente em nosso íntimo. Não posso provar isso para ninguém, mas sinto no coração.
Não tenho nenhuma pretensão de transformar a consciência de ninguém, pois bem sei da gigantesca tarefa (e põe tarefa nisso!) de melhorar a mim mesmo antes de mais nada. Porém, tenho a sorte de comunicar-me com pessoas legais de outros planos que passam toques legais de discernimento, amor e perseverança na jornada da vida.
