Viajando no olhar de Jesus III
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 08/08/2001 11:40:25
Ele esteve ali, mas ninguém o viu. A Sua presença era de puro amor.
Por que eles não perceberam a Sua visita?
Será que seus corações estavam toldados pelas grossas barreiras de desejos tristes?
Será que seus pensamentos estavam voltados somente para as coisas superficiais?
Ou será que eles nunca quiseram mesmo abrir os corações a um amor incondicional?
Ele esteve ali e sorriu, mas ninguém sorriu com Ele.
Ele tocou espiritualmente os corações ali presentes, mas eles estavam petrificados de egoísmo.
Seus olhos brilhavam com o fogo das estrelas, mas a mente deles estava fria e sem júbilo.
Eles cantaram hinos louvando o divino no Céu. No entanto, o Céu estava ali mesmo sorrindo e abraçando-os no silêncio do amor incondicional.
Ele sabia de suas misérias internas e de seus dramas. Mas, Ele não prestava atenção nisso e nem os julgava. Ele gostava mais de olhar a luz de seus potenciais divinos nos cantinhos mais secretos de suas consciências. Ele sabia que esses potenciais ainda estavam bloqueados, mas tinha a certeza de que eles emergiriam oportunamente.
Ele via o TODO EM TUDO!
Ele sabia que TUDO É UM!
Ele via uma flor espiritual desabrochando em cada um deles e exalando o perfume divino.
Eles precisavam ser regados e cuidados com carinho.
Eles floresceriam e encantariam a Criação, oportunamente. Por enquanto, eram apenas espíritos amortecidos na carne.
Ele esteve ali e orou com eles.
Ele também cantou, sorriu e abraçou a todos eles.
Ninguém o viu, mas Ele os amou no silêncio da alma.
Eles eram centelhas divinas do mesmo UM, mas ignoravam isso e seus olhos estavam nublados pela ilusão de separatividade.
Ele os compreendia e sabia o quanto eram teimosos. Mesmo assim, Ele sorria com eles.
Com o tempo, eles despertariam da semiconsciência. Então, perceberiam a Sua presença não só ali, mas também no coração de todos.
Ele e eles eram partes do mesmo TODO! Mais do que Seus discípulos ou Suas ovelhas, eles eram seus irmãos queridos. E aquelas flores espirituais dentro deles prenunciavam muitas coisas boas a caminho... no tempo certo...
Jesus, o meigo Rabi, apostava nisso.
Por isso Ele orava, cantava e sorria em meio aos homens tristes da Terra.
Ele via a Luz do Pai Celestial em todos eles.
Nota: Talvez o amigo Rabi esteja aqui comigo, mas meus olhos ainda estão nublados e por isso não o vejo. Mas, há uma flor aberta dentro do meu coração que sente Seu abraço. E ela canta, ora e sorri com Ele. É ela quem me ordena a escrever que o sorriso Dele é capaz de transformar as tristezas em doces canções de amor.
Agradeço a ela pela inspiração e a Ele por apostar em todos nós da Terra.
Obrigado, queridos.
Om Prema Jesus Namah.**
- Wagner D. Eloi Borges -
São Paulo, 06 de agosto de 2001, às 18:48h.
* Os textos "Viajando No Olhar de Jesus I e II" estão em nosso site na seção
"Textos Projetivos e Espiritualistas" (Textos 272 e 281).
** Prema (do sânscrito): Amor divino; Namah: Reverência ao poder Divino;
Saudação ao poder Divino.