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Os Sinais de Alarme na Escrita

por Ana Cecília Amado Sette em Psicologia
Atualizado em 26/11/2001 11:04:24


Quando se começa a estudar grafologia, uma das primeiras surpresas com que nos deparamos é que “quem comanda a escrita não é a mão e sim o nosso cérebro”. Qualquer fato, psicológico ou físico, que afete o cérebro aparece imediatamente na escrita.

Dependência de Drogas

Alguns distúrbios aparecem na letra mesmo antes de se revelarem fisicamente.
Existem muitas variações nas escritas dos viciados, e estas estão diretamente ligadas à intensidade da dose utilizada. Toda intoxicação produz diversas desordens na escrita, de acordo com a droga ingerida. Com a ajuda da lupa, pode-se observar que, quando a pessoa ingeriu uma pequena dose, o tremor é vertical, há um mecanismo psico-motriz como se fosse um deslocamento que empurra a mão para cima, parecendo que as letras deram um "salto" sem controle; denotando euforia, agitação, e excitação nervosa.

Em doses maiores, a pessoa tem dificuldade para escrever as ovais, que podem aparecer achatadas; a mão se sente adormecida e não responde. Os fechamentos não tem harmonia e não se completam, causando aberrações gráficas. Os movimentos são rígidos, mecânicos e brutos.

A escrita se torna espasmódica, isto é, apresenta irregularidades na espessura dos traços descendentes das letras. O movimento de descida muda de suave e delicado para uma pressão forte e brusca, que aumenta a espessura do traço e passa novamente à espessura suave.

Existe uma dificuldade de auto controle, desorganização, embora a escrita possa manter uma direção horizontal. Aparecem também desigualdades na separação das letras, palavras e linhas e as maiúsculas são muito grandes.

Uma das principais características de quem consome cocaína é o endurecimento de algumas letras como: o "m", "n" ,"u" com angulosidades e pontas, o grafismo é complicado e tende a ter direção horizontal e ascendente. Algumas letras não terminam.
As oscilações dos movimentos, do vaivém produzidos pelos tremores são: horizontais na enfermidade de Parkinson, verticais nos alcoólatras e variadas no uso de drogas.

Aparecem também:

- Os brizados ou interrupções na onda gráfica.
- Mudanças de direções.
- Pastosidades (borrões)
- Variações na pressão.
- Espaçamentos desiguais no conjunto da escrita.

Alcoolismo

Os principais transtornos caligráficos dos alcoólatras crônicos têm uma origem dupla: motriz e psíquica.
O tremor, que se manifesta muito em particular no número "8" e no sinal " + ".
- Falta de ordem.
- Desigualdade de ritmo.
- Traços e ligações angulosas, traços apoiados que indicam dificuldades no fluir da escrita.
- Movimento frouxo, inibido, mal estruturado, rígido.
- Escrita tremida, ovais fechadas de maneira brusca e violenta.
- Palavras interrompidas e dimensões anormais.
- Finais de letras descendentes e truncados.
- Letras com rebarbas e empastadas.
- Letras ovais disformes, desproporcionais e quebradas.
- Direções variáveis e margens desproporcionais.
- Falta das barras dos “t”, ou mal executadas.
- Pressão exagerada (pode ser um artifício instintivo que a pessoa utiliza para corrigir o tremor).


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ana
Ana Cecília Amado Sette é especialista em Grafologia, com mais de trinta anos de experiência em aplicação da Análise Grafológica, com ênfase em Seleção de Pessoal.
Atende pessoas e empresas em São Paulo.
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