Apático (N/Emotivo N/Ativo Secundário)
por Sergio Scabia em PsicologiaAtualizado em 17/08/2000 17:22:13
Sobre o Símbolo: a parte maior do Tao, a roxa Yin, prevalece sobre a
masculina Yang, que por sua vez se encontra enfraquecida no exílio. A
secundariedade feminina está em sua casa, mesclada e prevalecendo sobre
ação e instinto, que estão em polaridade oposta sobre o
lado de base. Mansuetude e harmonia interior prevalecem, gerando insegurança
e incerteza quando os seres deste tipo são forçados a assumir
papeis de grande responsabilidade ou destaque. A parte roxa não forma
a "mão que sustenta" com firmeza o lado esquerdo amarelo.
Sobre o tipo Apático: Fechados, secretos, concentrados neles mesmos, mas sem vida interior vibrante. Tristes e taciturnos, raramente riem. Escravizados aos próprios hábitos, mostram-se conservadores. Obstinados em suas inimizades, têm dificuldade em se reconciliarem. Calados por natureza, amam a solidão. Se bem que Indiferentes à vida social, são, entretanto, geralmente honestos, verazes, dignos. Valor dominante: a tranqüilidade.
Os NÃO-EMOTIVOS NÃO-ATIVOS SECUNDÁRIOS, ou PLÁCIDOS
A presença da Secundariedade vai ainda atenuar a hipotonicidade geral
do não-emotivo não-ativo. Ë, pois, da hipovitalidade que
vamos tratar aqui; daí as denominações de apáticos
ou de calmos atribuídas a esses indivíduos. Poder-se-ia também,
pois os termos seriam mais exatos, falar de plácidos ou mesmo de indiferentes.
O menos negativo destes dois últimos termos parece ser plácido,
e é finalmente o que adotaremos.
O traço dominante desse tipo poderia perfeitamente ser o desinteresse
geral. Pouco atraído pela ação, tampouco o é pela
vida interior e ainda menos pelo comércio dos outros. Tranqüilidade
e solidão são suas duas maiores aspirações. Entretanto
tem necessidades como todo o mundo, e se estas não são satisfeitas,
experimenta um sentimento de inveja em relação àqueles
que são mais favorecidos do que ele.
Sabe, quando é preciso, tirar proveito de seu aspecto um pouco sofredor
para comover os outros e conseguir deles o que lhes custaria muito obter pelos
próprios meios.
Sabendo poupar forças, observa com atenção as menores falhas
de seu organismo e cuida-se zelosamente, tanto e tão bem que sobrevive
muitas vezes aqueles que o cercam e que tiveram uma vida menos cuidadosa.
Suas ambições são limitadas ou inexistentes. No plano profissional,
contenta-se com funções modestas, e a monotonia das tarefas lhe
convém perfeitamente.
É homem de hábitos, pois o hábito é um meio econômico
de viver.
O medo de passar privações e o temor de não bastar a sua
subsistência, levam-no à economia ou até mesmo à
avareza. Em compensação, é pouco afetado nas grandes infelicidades
e consegue atravessa-las sem grande prejuízo, e isso é o que mais
lhe importa.
Pouco sensível ao sofrimento, em decorrência de sua frieza, o "calmo"
pode, ao ultrapassar seu egoísmo básico, descambar para a crueldade,
e até para o sadismo.
Mas, em condições comuns, causa poucos transtor-nos e a regularidade
monótona de sua existência, se não é abalada, basta
para contê-lo. O essencial para ele é, aliás, que o deixem
em paz.