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Apaixonado (Emotivo Ativo Secundário)

por Sergio Scabia em Psicologia
Atualizado em 17/08/2000 17:11:11


Sobre o Símbolo: a parte maior do Tao, a Yin, prevalece sobre a masculina Yang, que positivamente e firmemente fornece a energia que sustenta a compaixão, a afeição altruista, que resulta de Emotividade e Secundariedade, fundidas em harmonia e predominando sobre o instinto que irá produzir a energia necessária. Este é o único símbolo em que todas as energias brilham em suas casas.

Sobre o tipo Apaixonado: Ambiciosos que realizam. Extrema tensão de toda a personalidade. Atividade concentrada num fim único. Dominadores, naturalmente aptos para o comando. Sabem dominar e utilizar sua violência. Solícitos, respeitáveis, gostando do convívio social. Palestram geralmente bem. Tomam a sério a família, a pátria, a religião. Têm profundo sentimento da grandeza e sabem dominar as necessidades orgânicas; vão às vezes até o ascetismo. Valor dominante: a obra a realizar.

É preciso evitar tomar o termo "apaixonado" no sentido da linguagem corrente, que qualifica assim um ser que se entrega descontroladamente ao império de seu temperamento e de seus desejos, numa corrida desenfreada em busca do prazer. Aqui, ao contrário, se o "apaixonado", como emotivo que é, sente profundamente os estímulos exteriores e tem uma vida interior rica, modera e dirige, graças a sua Secundariedade, seus impulsos instintivos. Chega inclusive a sublimá-los e canaliza para a ação a energia que poderia gastar de outra maneira.
Sua emotividade e sua atividade, reforçadas pela permanência dos objetivos, dão-lhe a todos os atos uma extrema tensão. Dá prosseguimento, com tenacidade infalível, à realização de uma obra suscetível de marcar-lhe a existência, e suas decepções momentâneas poucas vezes são por ele consideradas como fracassos; são, de preferência, uma razão suplementar para redobrar os esforços na mesma direção.
É conhecido esse ardor frenético em que se conjugam a necessidade de agir, a ambição de realizar e os estímulos da emotividade.
Pouco lhe importa, aliás, ser incompreendido ou odiado, desde que esteja pessoalmente convencido da nobreza de suas aspirações ou da grandeza de seu empreendimento.
A essa implacável auto-exigência corresponde uma exigência equivalente para com os outros.
O apaixonado não admite ser distraído ou travado em seus empreendimentos. Quando dá uma ordem é para ser obedecido; quando alguém merecedor de sua estima lhe dá uma ordem, está pronto a cumpri-la.
Quando em polaridade desarmônica:
a tão grande tensão de todo o ser, suscetível de acarretar os maiores sucessos, podem corresponder também grandes perigos: a megalomania, a obstinação cega, a perseverança teimosa, a tirania, a dureza, o desprezo, a paranóia.



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sergio
Sergio Scabia é co-fundador do Site Somos Todos UM
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