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Conflito na sua opção sexual - Busca Terapêutica

por Silvia Malamud em Psicologia
Atualizado em 27/05/2010 16:26:59


EMDR e BRAINSPOTTING
Cenário 1
- Um rapaz entediado da sua relação de 5 anos de namoro e, sentindo-se altamente oprimido, passivo e sufocado pelo parceiro, decide fazer uma empreitada pela internet numa busca frenética por outras aventuras sexuais que possam oferecer mais sentido para a sua vida. Por instantes, questiona como pode ser uma pessoa tão ativa na relação sexual e, ao mesmo tempo, passivo na relação com o seu parceiro e ainda com inúmeras dificuldades de se impor, dar limites, se fazer ouvir. Lembra-se de cenas e mais cenas onde -absolutamente tudo- tem que ser de acordo às exigências do namorado e o quanto acaba se submetendo.
Sem entender os motivos que o levam a este padrão de comportamento duplo, no qual em alguns aspectos se torna ativo e em outros, submisso, questiona se poderia ser alguma culpa desconhecida, baixa-estima etc. Aflito e, apesar de saber do seu modo de funcionamento, não percebe nenhuma resposta interior transformadora de sua realidade.

Cenário 2 - Uma moça sentindo algo muito errado em sua vida, revela que apesar de estar com o mesmo namorado há anos, só sente prazer sexual quando ambos se esbofeteiam violentamente. Conta que em suas outras relações o mesmo ocorreu. Antes imaginava ser apenas uma idiossincrasia sua e dos parceiros encontrados até que seus pedidos de violência, na hora do sexo, suscitaram que talvez pudesse passar por algum perigo maior. Algo como perder a noção machucando-se para valer. “Acha interessante que no trabalho é conhecida como briguenta como aquela que não leva desaforo para casa”. Por fim, percebe um padrão de violência sua no ar, manifesto praticamente em todas as áreas de sua vida. Apenas não entende o motivo disso tudo, além de não conseguir romper este ciclo de comportamento viciado.

Cenário 3 - Um homem de 36 anos pede auxílio porque está cansado de suas relações durarem apenas cerca de um ano. Conta que conforme o tempo vai passando, vai ficando em meio à enorme angústia e, como resultado disso, começa a procurar por outra parceira. Sente necessidade de alguém fixo, deseja constituir uma família, mas não dá conta desse feito e não sabe o motivo. Revela ainda que adora suas aventuras afetivas. O problema é que depois de alguns meses nessas empreitadas é assolado por um vazio inexorável e em rota de fuga parte para novas buscas. Suspeita se suas buscas afetivas são para preencher um vazio que nunca fica preenchido... Tem um trabalho totalmente impessoal, onde verifica contratos e conhece as pessoas dos mesmos por apenas alguns dias ou semanas. Adora baladas, carros da moda e tem uma vida plugada na internet...

O que fica claro aqui é que na maioria das vezes, as nossas opções sexuais e outras não são tão conscientes como gostaríamos que fossem. Ou mesmo, questiona-se o que pode ser concebido normal ou patológico. Somos frutos do que muito precocemente entendemos ser o melhor modo de existirmos e acabamos por simbolizar estes entendimentos de modo inconsciente através das nossas mais variadas relações afetivas.

Na maioria das vezes, apenas reconhecer o porquê agimos de determinada maneira não é o suficiente para que uma mudança significativa ocorra em nossas vidas. Hoje, sabemos que muitas das nossas questões mal resolvidas estão congeladas em algum local do nosso cérebro, dificultando e impedindo que tenhamos experiências de vida plenas, cheias de prazer e equilíbrio.

Todos nós temos um sentido interior que nos leva a ser como somos. Que nos induz a vivenciarmos as nossas realidades em meio a coloridos particulares.
Muitas vezes, quando sabemos deste sentido interior que nos move, apenas o conhecemos de modo intelectual posto que o sentido real comumente envolve um afeto emocional não acessado. São esses afetos não-conscientes que movem nossos cenários de vida, nossos dramas existenciais.

Somos vítimas de situações experenciadas e sequer sabemos o quanto e nem qual a magnitude pela qual fomos afetados. Vivenciamos sintomas físicos e emocionais e nos tratamos como se fôssemos coisas dentro de coisas. Perdemos a dimensão de que somos humanos e do quanto podemos ficar fortemente impactados em meio a vivências perturbadoras. Esquecemos também o quanto somos fortes e que podemos entrar em contato com nossas dores emocionais, reprocessando-as totalmente. O que aconteceu não muda, mas o quanto e como somos afetados pelos eventos pode radicalmente mudar, inaugurando-se uma era de saúde emocional e plenitude nas mais diversas áreas da vida.

Todos os casos citados foram pacientes que passaram pela abordagem do EMDR ou do Brainspotting e absolutamente todos tiveram a oportunidade de provocar uma reviravolta em suas condutas de vida. O melhor disso tudo foi o ganho de consciência junto com a mudança dos cenários de vida
O EMDR e o Brainspotting promovem mudança substancial em nossos “pilotos automáticos” Hoje sabemos que terapias cerebrais desta ordem podem mudar contextos de vida de modo positivo, drástico e irreversível.

O processo de cura emocional ocorre na viagem da consciência pelos reais significados do sentir primitivo, na matriz, causa de toda gama expressiva do nosso eu nas nossas atualidades.

O que está dentro está fora. A questão é ganhar consciência do de dentro, reprocessar questões difíceis, sendo que muitas delas são conceitos antigos que não nos servem mais e que nem ao menos sabíamos que estavam lá movendo nossas vidas. Poder seguir adiante com as rédeas da vida nas mãos e de olhos bem abertos é um divisor de águas para que possamos existir de modo infinitamente melhor.



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silvia
Silvia Malamud é colaboradora do Site desde 2000. Psicóloga Clínica, Terapias Breves, Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand PhD/EUA.
Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
Tel. (11) 99938.3142 - deixar recado.
Autora dos Livros: Sequestradores de almas - Guia de Sobrevivência e Projeto Secreto Universos

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