Construindo o futuro no presente
por Silvia Malamud em PsicologiaAtualizado em 23/05/2007 18:23:55
Ressignificação existencial
“Somos a somatização do estado em que a consciência se encontra”.
O nosso corpo é resultado dos estados em que a nossa consciência se encontra, assim como toda a doença também o é.
Sendo o movimento expandido pela ampliação da consciência o facilitador de processos transformadores que realizam importantes remodulações energético-conscienciais, sabemos que a partir da ação deste tipo de intenção, que a consciência sai de um padrão de manifestação contínuo encaminhando-se para uma formatação totalmente nova. Esse processo é por si terapêutico e acaba gerando mudanças bioquímicas e cerebrais em todo o corpo físico. Os campos energéticos da estrutura da consciência começam então a se atualizar constantemente, em harmonia com os processos de ampliação da sua consciência.
A nossa consciência é composta de pura energia e quando se encontra presente nesta atualidade terrena totalmente dinamizada e envolvida em experimentações criativas, acaba gerando enorme prazer no seu existir. Funcionando assim, automaticamente passamos a dinamizar todo o nosso complexo bioenergético, promovendo saúde nos mais diversos níveis.
Temos o status, como energias que somos, de funcionarmos como seres não lineares e atemporais. O nosso estado consciencial é totalmente fora do tempo, portanto passado presente e futuro coexistem.
No caso das doenças físicas existem muitas vertentes que estão vinculadas no meio de diversos tempos existenciais. As vidas passadas, como se fala na atualidade, só farão sentido enquanto que algum aspecto emocional da consciência insistir em se perpetuar além da realidade escolhida e programada para existir. Como evidencia deste fato, o eu da pessoa acaba se ausentando do seu aqui, de sua vida e do seu corpo físico, não só parecendo, mas de fato estando em qualquer outro local, menos no aqui. Neste sentido, a vida passada, como muitos enunciam hoje em dia, pode ser um aspecto da vida passada nessa mesma existência; seja como for, é importante sabemos que tudo se evidencia no aqui, portanto não concebemos isto como passado e sim como aspecto presente dentro do psiquismo, posto que está influenciando a pessoa hoje e no seu agora. Tudo coexiste.
Em determinadas situações, quando não estamos satisfeitos com alguns aspectos da nossa realidade e ainda não entendemos como poderíamos alterar este contexto, a nossa consciência, que é criativa por excelência, começa a buscar saídas "saudáveis" que gerem mais prazer, mesmo que isso ocorra em outra realidade. Muitos se ausentam do aqui e apenas deslizam pelo presente sem de fato estarem comprometidos com o seu estar, imaginam-se em outros locais e na grande maioria das vezes nem se dão conta de que estão como que suspensos em estado de comatose consciencial.
O problema é que, devido a este padrão, a consciência acaba por se ausentar do espaço de manifestação terreno que criou para se experimentar, e neste caso ausenta-se do próprio corpo.
Durante o período de remodulação é comum que ocorram várias sensações e sentimentos aparentemente desconexos.
São "psicomomentos" de extrema importância, onde em micro frações de segundo a pessoa sente como se precisasse segurar fortemente em algum objeto mais denso a fim de continuar na certeza de que se é. Aqui o antigo padrão conhecido deixa de fazer sentido e é justamente aí que se tem a oportunidade de um novo começar numa mesma existência, transcendendo de uma estrutura psicológica tradicional para um lugar ainda não nomeado, porém conquistado.
A Psicologia possibilita a agilização da ressignificação existencial do indivíduo de modo totalmente diferenciado, auxiliando nos momentos de transição, quando se transcende das camadas sonambúlicas da consciência em busca de um estado mais significativo.
A psicologia auxilia a pessoa a uma nova nomeação do aprender, sentir e ser, possibilitando uma visão de si mesmo sob um prisma inconcebível anteriormente. Facilita a concepção do novo no antigo, ao mesmo tempo em que ajuda a pessoa a ser simultaneamente atuante e observadora dentro de suas questões pessoais, acelerando os processos de tomada de consciência.
Ao trabalharmos com a meditação associada à psicologia, enveredamos por caminhos que fornecem uma visão mais acurada sobre o que vem a ser o existir em meio às influências interdimensionais nas quais estamos envolvidos.
Deste modo, a psicologia aliada a processos que geram centramento, como a meditação, favorece a reconexão da pessoa com quem de fato ela é, auxiliando-a a existir melhor, isto é, com mais eficiência.
A mudança e a vitalização energética são visíveis e, como resposta, a pessoa começa a se perceber de modo totalmente diferente do estado anterior. Como exemplo, podemos imaginar alguém que se encontre em estado de profunda depressão e, como o próprio nome sugere, podemos pensar esta pessoa com a sua energia vital muito aquém do ideal.
Na meditação e no ganho de consciência promovido por ambas, psicologia e meditação, passará por alguns momentos de sensações diferenciadas onde seu complexo bioenergético será ativado por meio da energia vital.
De acordo com os nossos estudos, já sabemos que esta pessoa obterá um novo impulso que facilitará sobremaneira sua transformação pessoal em vários níveis.
Estando muito mais dinamizada e fortalecida para conseguir se aprofundar no seu si mesmo, a pessoa poderá se transformar de modo mais autoconsciente e centrado, trazendo-se para fora e finalmente se reconhecendo.