EDUARDO e MÔNICA 2 - O telefonema [Ciúme e insegurança]
por Luís Vasconcellos em PsicologiaAtualizado em 17/08/2000 18:31:25
Mônica chega da ginástica e ouve o telefone tocar. Quando ela atende:
- Puxa, toquei aí mais de mil vezes e ninguém atendeu...
Onde você estava?"
- Duda você sabe que tenho aula na ginástica.
Demorei porque fiquei de papo com a Sônia na saída.
- Demorou mesmo muito! Vi a Sônia outro dia na porta da academia,
ela estava com uma roupa super sexi,
de papo com um cara todo musculoso, com cara de professor...
- Você bem que gostou, né ?! Eu é que tenho que usar roupa larga e camiseta amarrada na cintura.
Você deve ter visto o Rico...
- Já tá assim, é?!.... chamando pelo apelido. Eles pareciam estar num papinho bem animado!
Mônica, percebendo que o telefone não foi casual e imaginando o que se passa na cabeça do marido:
- Pronto, você já começou...
- e, de propósito alfinetou: -
Ela sofreu muito na mão do Damásio, que era um cara muito ciumento.
Ela e o Rico estão saindo juntos há meses.
O Rico é legal, esclarecido, trata ela super bem, é carinhoso...
Ela tem sorte de achar um homem assim!
_ Puxa, você está muitissimo bem informada sobre esse cara, não?!
É sobre homens que vocês ficam falando?
O que mais que o cara tem de interessante?
Ele sai bastante com ela, ele compra presentes pra ela todo dia?
O que mais ? Qual é o número de sapato que ele usa?
Outro dia você não sabia o meu número...
_ Duda, você está mais interessado nele do que eu!
_ Foi o Damásio largar ela livre, leve e solta e olha aí no que deu:
Ela mal largou do marido e já se atrelou em outro. Fácil demais, não?!
Ela já devia estar de rolo com esse professor antes!
_ Foi o Damásio que largou mão dela... e já tinha outra mulher meses antes...
Você continua muito imaginativo, como sempre... O que você quer saber?
Se eu estou fazendo a mesma coisa ? Você ligou aqui a esta hora pra isso, pra me vigiar?
Eduardo pensando: Sempre ligo nestas horas incertas. Será que ela percebeu?
- Nãããão ! Liguei pra saber se está tudo bem.
- Ah, tá ! - e irônica, perguntou: - Então por que o repentino interesse na vida amorosa da Sônia?
- Tá bom, então vamos esquecer o assunto. Não está mais aqui quem perguntou.
Qualquer coisa ligue pra mim. Um beijão!
- Pode deixar... pra você dizer que está trabalhando e não tem tempo pra ficar de papo.
Ou pra saber que você foi visitar um cliente, tipo sete horas da noite de sexta,
me deixando esperando aqui e ainda chegar cheio de história e o maior bafo de cerveja...
- Pergunta pro Walter se não foi verdade !
O cliente trabalha com cervejas de todo o Brasil e serviu algumas pra gente.
- O Walter é seu comparsa desde a infância ! Vocês cobrem as escapadas um do outro.
Você acha que sou boba ?! Acha que sou uma morta viva, né ?!
- Olha, isso é mesmo papo pra outra hora.
- Viu ?! Você sempre escapa na "hora H". - e vendo que seria inutil continuar o assunto: -
Bom, Duda, agora também tenho que trabalhar no meu projeto.
- Tchau Mô, nos vemos à noite. Beijos!
Ela apenas desligou.
Daí Eduardo colocou o fone no gancho
e ficou pensando o que aquelas duas ficaram futricando na saída da academia
e quem mais pode ter ficado com elas hoje
e se há outros professores jovens e musculosos por lá
e se...
e se...
e se...
Neste momento entrou Walter e e perguntou:
- E aí ? Tudo bem ? Tá preocupado com alguma coisa, tá maquinando o quê?
- Estou querendo entrar pra uma academia e cuidar um pouco mais do meu físico.
E pensou consigo mesmo: Não posso deixar o corpo perder a forma...
Bendita a hora que fui ligar hoje pra Mô. Ela sacou logo o que eu queria.
Mas é bom ligar assim de repente e mostrar que estou atento.
Afinal... nunca se sabe!
Walter emendou:
- Pra compensar esse seu saudável desejo de pureza, vamos tomar umas com as garotas hoje?
- Nem pensar ! Melhor dar um tempo!