O inconsciente dita, o consciente escreve...
por Ana Cecília Amado Sette em PsicologiaAtualizado em 08/10/2001 11:01:11
Sob o impulso do intelecto e dos estados de alma, a caneta forma as letras, seguindo os meandros do caráter, das aspirações e dos conhecimentos da pessoa que escreve.
A mão que guia a caneta obedece ao cérebro, ela traça aquilo que lhe inspira o Ser Superior ou o Eu inferior, de acordo com o grau de evolução de cada pessoa
As letras são criadas uma a uma. Como numa família numerosa, cada qual reflete uma personalidade diferente; cada uma é um Ser superior ou um Eu, uma razão para viver, um guia para evoluir, um símbolo a ser percebido e interpretado.
As vinte e duas letras do nosso alfabeto, correspondem às 22 Lâminas Maiores do Tarô.
Correspondem também com os tipos relacionados à Astrologia:
São eles:
3 letras mães que se referem, respectivamente ao Temário: Consciência, Energia, Substância
7 letras duplas que se referem, respectivamente ao Setenário dos planetas tradicionais
12 letras simples que se referem, respectivamente ao Duodenário, reflexo dos doze signos do zodíaco.
ASPECTO GERAL DA ESCRITA
O grafólogo precisa estar sempre em equilíbrio, ter os sentidos abertos para penetrar na intimidade do alfabeto e compreender aquele que escreve e suas vibrações íntimas.
O grafólogo busca perceber o nível das vibrações da pessoa cuja letra é estudada (seja ela evoluída ou não) e isso só pode ser alcançado pela intuição.
Só a sua intuição, seu conhecimento das pessoas, suas aptidões psicológicas e seu amor ao próximo lhe permitem sintonizar-se com o ambiente e a intimidade da pessoa que é objeto do estudo.
Há também a intervenção da família: o pai, a mãe e o grau de sua afeição ou frieza em relação aos filhos. É necessário saber a idade, a profissão, o grau de instrução e de educação do autor da letra.
Pelo traçado da assinatura, das letras maiúsculas e do conjunto das letras, ele sabe se a educação foi absorvida, se apenas aflorou, ou, se jamais existiu. Isso é importante pois aquele que pouco recebeu ou não procurou receber, assemelha-se com freqüência ao solo inculto. A amostragem do grafólogo depende da letra que ele estuda, antes de qualquer análise da grafia é fundamental conhecer a qualidade dessa letra.
Após avaliar o grau de instrução e de educação do autor da letra, o grafólogo observará o conjunto. Por exemplo:
Letras muito juntas e apertadas: significam que o autor tem necessidade dos outros, gosta de viver em sociedade, em bandos. Significa também que seus pensamentos são condensados.
Letras agrupadas porém em grupos afastados uns dos outros: a pessoa gosta do segredo, da intimidade, às vezes da solidão... sem ser de todo calado. Mostra também que é organizada, versátil, intuitiva e tem boas associações de idéias.
Letras desligadas: denota que o autor, tem necessidade de entrar em contato consigo mesmo, refletir, observar antes de escolher ou decidir. É intuitivo, criativo e observador.
Letras muito grandes: significa que o autor tem necessidade de ação, independência, dinamismo, sede de poder, é empreendedor e tem necessidade de ser notado.
Letras pequenas: quanto menores as letras, mais forte é a introversão. Podem-se encontrar aí todos os tipos de personalidade, desde o sábio, que não faz questão de se destacar, até o tímido que prefere sumir do que falar em público ou necessitar revelar o seu íntimo.
Letras arredondadas harmoniosamente: denota que o autor é prestativo, generoso. Gosta de ambientes harmoniosos, onde tudo reflete alegria e paz. Corresponde ao nativo de Câncer em Astrologia.
Letras pontiagudas: denota que o nervosismo de quem escreve domina os pensamentos e os atos. A pessoa geralmente é irritável, crítica e, algumas vezes, pouco caridosa.
Traçadas com vigor: são os sangüíneos, com personalidade forte, energia e dinamismo. São os que agem com força, com violência, sendo capazes de cóleras assustadoras. Indicam também os materialistas, mais interessados no presente.
Traçados com pouca coloração e de uma forma branda: revela que falta dinamismo e vontade. O autor se deixa levar para onde sopra o vento. Geralmente possui falta de vitalidade e saúde fraca.
Inclinação à esquerda: representa a mãe, o passado.
Inclinação à direita: representa o pai, o futuro.
Com a margem esquerda apertada: demonstra que quem escreve está fortemente ligado à mãe, esta ainda o domina ou invade a sua vida.
Uma margem esquerda que não se mantém reta: indica um desejo (inconsciente) de fuga da mãe ou da mulher.
Margem direita: determina a posição do autor, diante do pai e da autoridade que ele representa, de como se relaciona com as outras pessoas.
Palestra realizada dia 22 de Setembro de 2001