O que faz sentido para o buscador?
por Silvia Malamud em PsicologiaAtualizado em 08/04/2020 11:35:21
Nossa jornada faz parte de um algo maior que ninguém está habilitado a saber. Inventar crenças, suposições e magias com o intuito de negar a nossa condição e ainda fazer uso dessas "mandingas" contaminando mentes em meio a soluções milagrosas sobre a vida e o pós vida, além de ser abusivo, mostra ser a extensão de toda essa insanidade.
Absolutamente todos nós estamos na mesmíssima condição, vivendo em meio a um não sei existencial. O que nos resta a fazer, na condição de humanidade a nós mesmos, é estarmos bem e presentes em nossos sagrados agoras. Ousando viver de modo responsável na própria existência, desenvolvendo a capacidade de ser humilde.
Ter consciência de que todos nós partilhamos da mesma jornada é peça fundamental para libertar e liberar nossas mentes de tudo o que é imposto como verdade absoluta a respeito da vida.
Se lembrarmos que a própria mitologia já foi vivenciada de modo cego e sem julgamento algum, facilmente poderemos entender que muitas das verdades impostas na nossa era como salvação, num futuro também poderão ser vistas como outros tipos de mitologias. Interessante de observar também, é que a maioria dos esquemas atuais que vendem as suas verdades como absolutas, competem entre si na busca de maior espaço de mercado e, numa visão macro, as várias tribos funcionam igualmente como franquias que visam ganhar espaço nos quatro cantos do mundo. Uma competindo com a outra pela supremacia de votos e lealdades. Os símbolos que significam adesão a esses esquemas vão desde pagamentos, rituais, promessas de uma vida em comunidade com os iguais que vivem sob os mesmos pensamentos e crenças. Cada mercado com o seu tipo de hierarquia e de venda de si mesmo para que o "negócio" em nome de alguma coisa que vem do além, prospere.
A libertação da mente, porém, está no desenvolvimento da habilidade em desativar pensamentos mágicos, dogmas e tais verdades ditas como absolutas. Está na prática pessoal que visa o religamento sagrado com tudo o que temos e estamos passando no momento. Visa o desenvolvimento legítimo do autorrespeito e do respeito ao outro e a tudo o que existe.
Pause, respire e reflita. Exercite-se observando de onde surgem os pensamentos e crenças que vem à sua mente e mesmo os que são ouvidos. Na sequência, pergunte-se o quanto e se eles têm serventia para o sentido que você quer dar à sua vida. Somos livres para buscar alternativas e às vezes necessitamos outros pontos de vista. O caminho da autoconsciência não tem volta e está repleto de desafios reais que podem levar aos mais despertos, a conhecimentos inimagináveis anteriormente. Os livros sagrados antigos, as práticas de respiração, esportes, músicas e situações onde você está literalmente presente, podem servir de portais de acesso a percepções inimaginavelmente sagradas.
Desejo que você saiba que pode ousar e conquistar. E que somos ilimitados no quanto podemos avançar em lucidez e autoconsciência.
A sua vida é ininterrupta e avança no espaço/ tempo e em várias dimensões onde você existe e coexiste. Seus desejos e as suas experiências criativas sempre o levam para experiências e destinos diferentes. Um espírito livre pode acontecer e se saber de modo diferenciado. Viver obediente a sistemas de crenças reducionistas oprimem grande parte criativa e de conhecimento que você pode ter. Pense nisso se notar que a sua vida mais se parece com uma rotina diária onde você se sente apenas como uma peça de um jogo que tem estratégias e normas de condutas e obediência com pouquíssimas variações.
Quanto mais despertos, melhor!
