Ocultismo e Diferenciação Pessoal
por Luís Vasconcellos em PsicologiaAtualizado em 23/07/2001 10:13:33
O Ocultista ama o desconhecido, sua vida foi marcada pela percepção continuada de que há algo mais do que a vista alcança.
Quanto a isso não há nada que ele, ou qualquer outro, possa fazer a respeito!!!
O desconhecido o atrai, ele o reconhece e o aceita, com o tempo, deixando de chorar ou de se lamentar por isso. Não existe ocultista que não tenha vivido o luto de diferenciar-se. Situações fora de seu controle exigiram que ele o fizesse em alguma parte de sua vida (um luto, uma crise, uma inversão de valores). Isto pode bem ter acontecido após ele muito lutar para encontrar alguma escapatória ou depois de muito duvidar das respostas pessoais que teve de dar às exigências da situação. Ele pode até ter lutado para fazer de conta que não vê (como todos) e só ter se rendido depois de muito mentir para si mesmo ou depois de tentar viver de forma inautêntica. Mas, sempre chega o dia em que ele descobre que toda tentativa de fuga foi mera perda de tempo, tempo precioso para alguém que sabe ter a “inevitável morte pessoal” à sua espera e que, portanto, sabe não ter “todo o tempo do mundo” para desperdiçar com hesitações e delongas diante do inevitável: a verdade da vida espiritual do homem.
O Ocultista sabe que um dos males que obscurecem a consciência do homem, hoje em dia, é a ausência (ou repressão) do SENTIMENTO e da INTUIÇÃO em sua vida: O homem moderno, adepto da seita "ciência materialista" (mesmo sem ter optado por isto), é um robô entregue a uma programação involuntária, que o faz afastar-se de suas origens e bases espirituais e psicológicas. É sempre mais fácil atender a uma solicitação externa do que a uma predisposição interna...
O Ocultista vive sua experiência como homem sem se importar se a "ciência oficial" o AUTORIZA a vive-la, ele apenas se deixa conduzir por sua própria experiência da realidade espiritual e psicológica, sem se delongar em caminhos que não se mostrem saudáveis ou “com sentido.” Ele não sucumbe à necessidade (hoje imperiosa) de seguir os valores de todos e conformar-se às regras de ser, estar, pensar ou sentir. Naturalmente, ao se separar do “ventre” (ou do “seio materno”) da sociedade industrial e burguesa, ele se sente solitário, diferente, discriminado, perseguido, tratado com desconfiança e até com violência proposital. Mas, ele continua, seguindo a “Lei do Tempo”, porque antes dele muitos continuaram, muitos seguiram o seu “coração”, muitos atenderam o desejo de sua alma... Até mesmo por isto, muitos foram punidos, discriminados, exilados, degredados, recolhidos, internados, perseguidos, humilhados, fuzilados ou roubados de seus mais básicos direitos humanos.
A caça às bruxas é mais atual do que nunca. O que mudou foram os métodos para obrigar pessoas a reprimirem a própria insegurança abraçando algum tipo de fanatismo; a se renderem às “respostas prontas” para tudo; a dizerem o que não sentem; a jurarem o que não acreditam perante a “comissão de julgamento”; a seguirem a voz da maioria quando a voz de sua alma e a do seu coração apontam para direções peculiares e distintas.