Os caminhos para encontrar o com `si mesmo´
por Silvia Malamud em PsicologiaAtualizado em 15/01/2009 13:12:54
Após toda a agitação advinda do final do ano, agora é tempo para balanço, organização de metas e de objetivos para as nossas vidas que indubitavelmente sempre estão seguindo adiante!
Todos nós sabemos o quanto vivemos numa época de crescente transformação psico/social onde cada vez mais o panorama profissional vai se tornando expressivamente instável, somando-se a questões familiares que hoje, mais do que nunca, mostram-se fragilizadas. Mesmo assim, em meio a todo este cenário, atravessando os nossos medos e ansiedades, abrimos espaço para nos imaginarmos em situações melhores do que as que já estamos ou mesmo visualizamos formas de ampliarmos o que está bom para que fique melhor. Somos assim. Funcionamos assim.
Até os mais pessimistas, pelo simples fato de se manifestarem de modo negativado, evidenciam o seu desgosto pela vida por saberem que o bom existe. Na certa, vagueiam subliminarmente pelo desejo de que tudo melhore, embora muitas vezes viciados num estilo próprio de entender o mundo e as suas dificuldades, têm as suas identidades vinculadas a uma espécie de deleite por uma visão de desejo distorcida de uma realidade literal e prazerosamente positiva.
O fato é que todos nós temos o anseio de predestinar o nosso próprio caminho de acordo com os nossos desejos mais íntimos, sejam eles quais forem.
Isso ocorre mesmo com aqueles que não têm claro que tipo de desejo os faria felizes e dinâmicos em sua própria existência.
Na verdade, todos nós, de modo inconsciente ou não, “trabalhamos” constantemente para que as nossas realidades sejam criadas.
Temos a habilidade de criar e de fazermos acontecer o nosso destino de acordo com as nossas necessidades. Você pode, eu posso. Estamos todos interconectados no mesmo propósito prazeroso da construção.
Quer queiramos ou não, estamos todos imersos e sendo aspectos do Tao e da sincronicidade.
Quando alinhados neste tipo de percepção, atentamos para as coincidências pelas quais aparentemente somos acometidos, observamos as nossas intuições que nada mais são do que interatividade com o Tao e podemos fazer uso positivo de todo este montante para entendermos como trilhar e acionar os nossos caminhos de modo cada vez mais eficiente e agradável.
Todos nós temos habilidades inatas e altamente criativas para trilharmos os caminhos que nos são importantes. Podemos experienciar com validação total, ou seja, nos sentindo ininterruptamente vividos.
Todos podemos ficar imediatamente atentos e largarmos efetivamente mão dos nossos próprios pilotos automáticos saindo dos diversos sistemas hipnóticos em que estamos ousando olhar, acionando simultaneamente a nossa realidade maior. Uma realidade muito mais sagrada do que esse sonambulismo existencial em que multidões sub-vivem.
Podemos pensar em como estamos vivendo e finalmente dirigir os nossos passos para o caminho que nos faz sentido. Por vezes, algumas decisões de vida serão extremamente difíceis de serem tomadas; as nossas vidas, porém, neste intervalo de tempo em que estamos de passagem aqui na Terra, deveriam obrigatoriamente seguir a linha do coração, mesclada às nossas sensações mais viscerais.
Muita gente é infeliz porque nunca se atreve a tomar decisões em suas vidas. Se todos se dessem o espaço para escutar a si mesmo seria um excelente caminho para que a sensação de sentir-se plenamente vivo e livre tomasse verdadeiramente um espaço especial dentro de cada um.
Com certeza, todos estaríamos mais felizes e muito mais conectados com tudo o que existe no sentido mais sagrado que se pode imaginar...