Porque o Segredo voltou a ser Secreto
por Silvia Malamud em PsicologiaAtualizado em 17/04/2008 18:07:18
Anos atrás eu e meus grupos aprendíamos quase que silenciosamente as técnicas do Segredo, hoje tão difundidas pelos quatro cantos do mundo.
Frases como “Você cria a sua própria realidade” eram nossos lemas de ação. Estudávamos, entre outras coisas, as citações de Jane Roberts que reverenciavam este importante tema de nossas existências.
Na época, também líamos textos maravilhosos de Abraham-Hicks, Elias e outros. Todos abordando temas de importância única na nossa escalada de evolução espiritual.
Observo que os livros escolhidos para o desenvolvimento vêm de uma afinidade minha pessoal que transcende o nosso lugar comum de escolha aqui da Terra. Decidi passar para os meus grupos porque este tipo de linguagem é totalmente compatível com a minha linguagem de alma. Nas leituras, é comum que os participantes tenham a sua atenção flutuante e que sejam acometidos por vários pensamentos, imagens e - porque não dizer - acessos a aspectos importantes que transcendem o conhecimento consensual.
Na seqüência destes estudos e certamente aliada com inúmeras outras pessoas desse nosso tempo, criou-se a emergência de uma expressão massiva relacionada ao assunto sobre como criamos as nossas próprias realidades. Afinal, de acordo com o Segredo, fazemos isso constantemente, mesmo sem que tenhamos consciência.
Se, por exemplo, você observar pela lei do karma, podemos pensar que os atos/criações nossos sem a devida consciência/lucidez, podem promover realidades nas quais teremos que supostamente pagar pelo que fizemos para enfim aprendermos seja lá o que for. Podemos ver também sob a ótica de que a nossa consciência, devido a algum tipo de culpa, esbraveja a realidade infeliz que vive como sendo decorrência do que supostamente foi feito em algum passado inacessível pela memória de agora. Pode-se observar ainda pelo enfoque da fixação no negativo que aumenta sobremaneira qualquer questão seja ela boa ou não. E por aí teríamos inúmeras outras vertentes deste infindável processo criativo que é justamente a criação das nossas próprias existências, incluindo o corpo físico etc.
A minha história com todo este material foi através de experiências fora do corpo e, a partir daí, vieram as leituras e o conhecimento pela via terrena.
Hoje, inclusive, até para falar das minhas experiências fora do corpo por vezes me causa desconforto, como se fosse para ser falado apenas entre quatro paredes deste assunto tão importante e polêmico ao mesmo tempo. Há quem diga que é loucura, há quem estude o assunto. O que eu posso dizer é que ninguém alucina com evidências e que a experiência fora do corpo muitas e muitas vezes nos capacita, ancorando mais e mais as nossas certezas confirmando determinados assuntos captados do outro lado, no aqui.
Deste modo, o que não pode ser confirmado acaba permanecendo internamente com uma característica de verdade.
Sabemos hoje que os estudos sobre a Cabala, no seu sentido maior, não se encontram totalmente abertos ao grande público. Por que será?
As técnicas que envolvem a execução do Segredo são extremamente simples. O difícil é descomplicar a nós mesmos. O ser humano está acostumado a viver cheio de medos e nem ao menos sabe se suporta ser feliz. Crenças como alcançar o reino dos céus depois da morte ainda norteia a cabeça de muitos. Estes, só pela mudança de percepção, notariam que já estão vivendo situações excelentes que ainda não validaram ou descobririam que têm poder até para suportarem ser felizes.
O Segredo, apesar de simples, requer um refinamento de nós mesmos, que nos conheçamos profundamente para que saibamos dar vida aos valores que realmente fazem sentido e, principalmente, para em definitivo, suportarmos sermos felizes ainda que - em algumas situações - de modo totalmente adverso do que nos foi ensinado sobre a felicidade.
E aí, companheiros de viagem, podemos optar por fazer parte da realidade que banaliza informações sabotando o autoconhecimento ou jogar no time das conquistas interna e externa sem culpas ou medos, mas sim com responsabilidade, foco e estudo.
Você consegue se localizar? Onde você está nisso tudo?