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Pressão emocional como forma de abuso

por Silvia Malamud em Psicologia
Atualizado em 27/01/2021 20:16:29


A pseudo paz para se evitar o inferno.

Um dos modos mais sutis e de dificílima detecção utilizados como manobra de abuso emocional e controle do outro acontece quando a parceria afetiva coloca pressão em tudo.

Esta é uma variável de abuso em que a vitima permanece 100% do tempo pressionada para ser perfeita e correta em tudo, mas esse tudo deve ser apenas de acordo com a métrica do abusador.

Nesse clima nocivo, qualquer fala ou atitude diferente das expectativas poderá gerar na vitima, situações insuportavelmente mais tensas das que tem passado. Somando-se a isso, receberá palavras tão carregadas que em algum momento culminarão num grave mal-estar interior. Um alarme por estar contendo tanta pressão dentro de si por muito mais tempo do que na verdade consegue suportar. Mediante a mais essa carga, pode acabar explodindo, ou se esvaindo em profunda angustia e tristeza, ainda com a opção de carregar uma boa dose culpa indevida.

O perigo maior ocorre se a vítima não estiver desperta nesta trama onde, ininterruptamente, ao sempre tentar fazer a "coisa certa", infindáveis vezes passa por cima de si mesma criando um complexo prognóstico de adoecimento físico e mental.
Quem passa isso, sabe muito bem como funciona, é tão sutil, triste e assustador que parece ser melhor negar tudo fazendo o jogo do "contente" como se não estivesse sendo afetado, do que enfrentar a situação abusiva. O controle do outro e do ambiente é a tônica deste padrão de acuamento.

Aquele que aceita e compactua com este jogo é porque tem muito medo de romper com a frágil fronteira de pseudo paz, desequilibrando o parceiro a ponto de que a tensão constantemente vivida, fique visível demais na relação. O problema de sempre é que quanto mais um cede, mais o outro ganha espaço e poder instalando mais e mais um arsenal de censores restritivos e acuamento, aos poucos tornando a vida da parceria afetiva e familiar um verdadeiro inferno.

No outro lado, se a vítima contornar e continuar preferindo a pseudo paz, ficará cada vez mais restrita em sua espontaneidade e vida. Ao tentar controlar as possíveis mudanças de humor do parceiro, fatalmente tomará mais cuidados e continuará aprisionada até que aconteça um colapso total que gere um despertamento para a libertação.
Espera-se que seja o quanto antes e sem maiores dores, além das que a vítima já estava.

Sua vida é o seu maior valor. Totalmente insubstituível. Seu tempo de vida é o agora. O seu melhor momento precisa ser agora.

Quanto mais despertos, melhor!


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silvia
Silvia Malamud é colaboradora do Site desde 2000. Psicóloga Clínica, Terapias Breves, Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand PhD/EUA.
Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
Tel. (11) 99938.3142 - deixar recado.
Autora dos Livros: Sequestradores de almas - Guia de Sobrevivência e Projeto Secreto Universos

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