Psicopatas têm cura?
por Silvia Malamud em PsicologiaAtualizado em 29/01/2021 01:26:20
A maioria das pessoas não acredita em cura emocional para o psicopata por causa das obscuras dimensões deste tipo de adoecimento onde, dependendo do caso, a dissimulação entre verdades e mentiras são tão bem teatralizadas que até os detectores de mentiras mais sofisticados e mesmo aqueles que estudam anos a fio as micro expressões faciais, têm dificuldades em discernir sobre a verdade dos fatos.
Como os psicopatas possuem dissociações importantes sobre as profundezas emocionais que os movem, as suas ações, embora bem articuladas, não possuem a menor empatia ou conexão com qualquer um que estiverem lidando. Embora sensíveis ao funcionamento dos demais, fazem uso de tal sensibilidade para terem poder sobre os outros e por fim, articularem intentos bem distantes de tudo o que pode ser nomeado como confiança e afeto. Suas ações visam um prazer próprio bastante distante de tudo o que é conhecido como normal.
Como sabem sobre as leis que governam a realidade das pessoas, reconhecem que o que gera o prazer individual que eles tanto necessitam, não é compatível com a sociedade e que, portanto, deve ser feito onde ninguém os veem. Seus prazeres ocultos são de origem sádica, com requintes de crueldade e dependendo do grau de adoecimento, podem incluir a morte física ou psíquica de suas vítimas. Em ambas, a crueldade será o tom, sendo que tais movimentos costumam aparecer desde quando são pequenos, muitas vezes com animais e mais na frente incluindo pessoas. Podem ser assassinos em série ou serem assassinos de pessoas, pelo pseudo esporte de aniquilar tanto física, como psicologicamente as suas vítimas escolhidas. Quando são pegos e culpados pelos seus atos, habilmente invertem a situação fazendo com que as suas vítimas e muitas vezes, profissionais da saúde e da justiça, tenham dúvidas.
Psicopatas agem por impulso, são mestres em manipular pessoas e ambientes, na sede de suas conquistas. Ativam inteligência máxima para conseguirem o que querem e são extremamente bons no que e como fazem, porém, o que não sabem, é que também são vítimas, reféns dos seus mandatos inconscientes, não palpáveis e não liberados para si mesmos. São exilados deles próprios. Uma ruptura sem volta que os deixam definitivamente distantes de uma natureza que poderia ser mais saudável e com maior autonomia para que quem sabe, eles pudessem partir para novos rumos existenciais bem distantes do que vivenciaram até agora. A pergunta que fica é se aguentariam viver o que têm dentro deles, se suportariam trocar tal tipo de prazer cego, pela consciência do que os fazem agir como agem?
Muitos estudiosos, postulam que o dano emocional do psicopata é neurológico e de nascença. Será? Definem que a psicopatia é um acidente neurológico e que, portanto, se assim se nasce, não há possibilidade cura.
Psicopatas não têm disposição para fazerem terapia, não são cooperativos e quando são pegos em seus deslizes, jamais sentem culpa ou vergonha. Programas penitenciários que visavam a recuperação destes, provaram que eles aprendem mais sobre como funcionam e, quando saem das prisões, encontram-se mais afiados do que nunca. Durante o período de suposta recuperação, são as melhores pessoas, extremamente cooperativos.
Psicopatas não são capazes de amar, não sentem emoções, mas sabem fingir terem sentimentos, dependendo do tipo de situação em que se encontram, dependendo dos objetivos que têm em mente.
E você o que acha? Psicopatas podem ser curados?
Quanto mais despertos, melhor!