Sua vida está estagnada?
por Silvia Malamud em PsicologiaAtualizado em 08/04/2020 11:35:22
Alguma vez você já pensou sobre isso?
Você é daqueles que acumulam livros e mais livros que nunca conseguem ser lidos? Que faz planos e mais planos que nunca se concretizam? Tem dificuldade de se reconhecer através de suas ações?
Facilmente desiste de seus objetivos e muitas vezes acaba se distraindo em outros assuntos?
Costuma ficar triste e frustrado ao entrar em contato com o seu modo de funcionar, sentindo-se impotente para fazer mudanças efetivas que lhe trariam mais satisfação?
Frequentemente percebe que está sem energia a ponto de desejar abandonar a si próprio?
Se acaso tiver a percepção de que está neste estado, evite se negligenciar, saiba que existem caminhos para que o resgate de um vida plena e repleta de significados possa acontecer.
Você mais do que ninguém pode e merece dar um sentido positivo e real para a sua existência.
Já se perguntou o que lhe complementa? O que lhe faz feliz? O que aquece o seu coração?
Quem não gostaria de viver diariamente de bom humor, em pleno contentamento, e garantir uma vida plena e com mais felicidade?
Por conta de ao longo das nossas vidas termos passado por situações perturbadoras, as sensações positivas, somadas à certeza interior de que tudo pode dar certo podem ter um acesso difícil, como se essas informações ficassem escondidas em algum lugar das nossas redes neurológicas de memórias.
Logo ao nascermos e nas nossas infâncias, nossos cérebros recebem aprendizados sobre sensações de prazer, amor e conforto. No decorrer da vida, tais vivências servirão de modelos para os nossos modos de ser e de estar no mundo. Por outro lado, alguns dos nossos desconfortos e até reações emocionais desmedidas podem surgir por conta do acionamento inconsciente de algumas memorias de sobrevivências precoces que tivemos e que nos possuem como se ainda fôssemos crianças indefesas para lidar com determinadas situações. Temos reações emocionais muito rudimentares para determinados eventos, mas não percebemos porque sofisticamos as respostas em meio ao que se pode chamar de racionalidade adulta.
Durante a infância, quando os pais oferecem um ambiente satisfatório, em que a criança sente-se amada e estimulada de forma positiva em seu cotidiano, seu processo de desenvolvimento e formação dos neurotransmissores libera para todo o organismo substâncias capazes de funcionarem como validadoras de experiências agradáveis. Aqueles que desde muito cedo tiveram a sua felicidade e bem-estar incentivados, é bem possível que na fase adulta possuam menos chances de passar de por sentimentos depressivos.
Para os que se percebem procrastinados em suas vidas, com necessidade de mudarem a forma como sentem a realidade, ou o quanto são afetados negativamente pelos eventos, existem alguns métodos conhecidos que auxiliam a melhorar o desempenho cerebral e que também que reativam memórias positivas ajudando a superação de situações limitantes. Nada, porém, efetivamente poderá mudar em nossas vidas se não tivermos a nossa consciência mais lucida permeando todos estes movimentos. Apenas a nossa capacidade de pensar e fazer reflexões sobre tudo o que vivenciamos é o que nos permitirá superar percepções disfuncionais.
Para atingir o objetivo de resgatar a alegria, êxtase e o equilíbrio, uma das técnicas que oferecem bons resultados é a terapia de Reprocessamento Cerebral, ou EMDR. Quando o indivíduo possui questões mal resolvidas em seu passado, será preciso tratar e digerir essas travas emocionais, dando a elas uma nova dimensão e importância em seu presente.
O EMDR (sigla que significa dessensibilização e reprocessamento através de movimentos oculares) surgiu nos Estados Unidos, e auxilia a refazer as conexões e a trabalhar novas sinapses cerebrais, sendo possível assim, estimular os dois lados do cérebro, obtendo resultados rápidos redimensionando as lembranças perturbadoras.
Além disso, permite que o especialista identifique que tipo de situação perturba o paciente e, então, com movimentos oculares, realizar estímulos bilaterais, estalos auditivos, entre outros, permitindo que o próprio paciente reviva suas experiências e faça associações necessárias que promoverão sua cura emocional.
A técnica consiste em reproduzir a fase REM do sono, quando efetivamente sonhamos. Porém, clinicamente, a pessoa está lúcida e acordada. O cérebro funciona em um lugar mais profundo, quando os hemisférios cerebrais conversam mais e sem obstáculos, nos quais as lembranças mal resolvidas, sentimentos e sensações podem ser acessadas, reprocessadas e superadas.
Ao final do processo, o paciente consegue liberar seus conteúdos emocionais estagnados, permitindo uma nova visão frente à sua realidade com maiores chances de viver com maior prazer e alegria.
A vida pode ser uma bela viagem repleta de oportunidades e bênçãos.
Quanto mais despertos, melhor!
