Você acredita em vida fora do planeta?
por Silvia Malamud em PsicologiaAtualizado em 08/04/2020 11:35:13
Se você é daquelas pessoas que cogita esta possibilidade, certamente terá que afrouxar exatamente todas as suas crenças a cerca de qualquer coisa que possa significar religião.
Imagine que se for constatado de que não estamos sozinhos no universo, a pergunta que não iria calar seria sobre qual parte neste montante espacial nos pertenceria. E num sentido maior essa pergunta se estenderia sobre quem ou o que de verdade nos criou nesse planeta azul e a partir daí, talvez se tornasse impensável supor qual tipo de consciência sobre nós mesmos e sobre a vida em si passaríamos a ter. Fatalmente nossas crenças a cerca de tudo o que nos cerca sofreriam drásticas mudanças. Nossos conceitos sobre religiões, por exemplo, seriam checados ou deixariam de existir ou mesmo surgiria algo totalmente diferente de tudo o que se acreditou até então a cerca deste vasto tema.
Chega a ser assustador pensarmos que outras origens poderiam vir de outras formações e que inclusive poderiam ter um nível de consciência bem distinto do nosso. Seus deuses por exemplo, se é que eles existiriam, poderiam ser de outra ordem completamente dissociada da nossa percepção e de tudo o que até então teve algum significado e sentido para nós como sendo sagrado.
E se como hipótese, eles nos mostrassem que o que sempre acreditamos sobre as nossas estórias universais não passasse de uma espécie de conto de fadas, de um tipo de fantasia mitológica criada por alguns e compartilhada com muitos como verdades absolutas? O que seria de nós se a partir de um contato extraterrestre descobríssemos que a verdade estaria muito além de tudo o que concebemos até hoje como tal? Como será que as nossas mentes ficariam?
Todo esse questionamento nos leva a pensar sobre as verdades construídas, sejam elas de que ordem forem e de como em algum momento as mesmas podem se mostrar frágeis e até mesmo incoerentes como inúmeras vezes já vimos ocorrer aqui na terra. Diversas vezes a humanidade presenciou novas e inusitadas descobertas que a sacudiu por inteira a ponto de ter que se reinventar em quase completamente tudo.
Uma das questões que mais chocou a humanidade na época, por exemplo, foi quando tivemos que sair do lugar de acreditar que éramos o centro do universo ao descobrirmos que a Terra se movimenta em torno do sol.
Hoje o que temos como verdade aprendida é que o nosso universo esta em constante expansão, uma ideia ousada e bastante assustadora até para os nossos dias, imagine o que poderia acontecer se estivéssemos com essa informação na época da renascença?
A estória nos mostra que novos paradigmas sempre vem com força total. Agora, mais do que nunca, deveríamos estar abertos para ampliarmos as nossas consciências e podermos absorver o que esta por vir...
Evitar entrar em contato com tudo isso é como paralisarmos as nossas consciências antes ainda da idade media, quando não estamos mais lá em muitos sentidos. E mesmo que ainda possamos estar muito aquém de inúmeros conhecimentos frente a um infinito informacional que ainda está por vir e que não temos o menor acesso neste momento, abrir a mente para o imponderável, de algum modo nos coloca num posicionamento menos vulnerável frente ao desconhecido.
Abrindo a mente para a possibilidade de absorver novos paradigmas, toda a arrogância que gerou inúmeras diretrizes infundadas de como devemos agir em nome de uma diversidade de crenças não palpáveis, certamente teriam que ser checadas e redimensionadas. Questões que dirigem e fundamentam o nosso planeta como, Luta, Poder e Posse, também perderiam o sentido e o porque de ser frente a presença de realidades maiores.
Deveríamos abrir as nossas mentes e nos preparar ou este artigo seria mais uma ficção infundada? Você sempre escolhe para onde quer olhar.