Você costuma seguir a sua intuição?
por Silvia Malamud em PsicologiaAtualizado em 08/04/2020 11:35:14
Para que tudo dê certo em nossas vidas, existe uma fórmula, aparentemente mágica, que está permanentemente disponível para todos nós e que nunca falha: a nossa intuição.
Nesse momento, você pode estar se perguntando se ela de fato existe e, se for o caso, como poderia ser acessada com cem por cento de certeza?
Costumo dizer que a nossa intuição é o nosso anjo da guarda, só que o mais difícil de tudo é percebê-la como tal e levá-la a sério.
A intuição sempre aparece, quer seja pela manifestação de imagens, que passam rapidamente pelas nossas mentes em determinadas situações, ou mesmo por meio das sensações boas ou ruins que sempre temos de imediato em relação a tudo que estamos pensando, sentindo, fazendo ou nos direcionando a fazer.
Apesar de todas essas evidências de quando a nossa intuição está ativamente falando conosco, pouquíssimas vezes damos ouvidos a ela.
Se formos pensar em termos científicos, poderemos observar o quanto a nossa fantástica máquina biológica está treinada a fazer de tudo para que possamos sobreviver e, neste sentido, até pode ser que a intuição seja mais um mecanismo de aviso que visa proteger o nosso sistema.
Não poucas vezes, as nossas mentes acabam por escolher imagens simbólicas inteligentes para que possamos nos ajudar a resolver nossos temas; por exemplo, você pode estar conversando com alguém e, de repente, aparentemente do nada, lhe vem uma lembrança ruim, ou passa pela sua cabeça alguma imagem feia. Nessas ocasiões, você deveria se perguntar que tipo de informação que essas imagens estão querendo lhe oferecer a respeito da situação em que se encontra. Qual seria o aviso? Em situações que são benéficas, o mesmo, e na mesma medida, costuma ocorrer lhe avisando: fique aí mesmo, desenvolva, é aí que você deve estar, usufrua, seja feliz.
Mesmo sendo de modo inconsciente, o nosso cérebro é incrivelmente sábio e pode estar funcionando como uma espécie de anjo da guarda. Assim como nos sonhos, esses tipos de "para-visões simbólicas" podem nos ajudar incrivelmente para que possamos resolver nossos problemas. Na vida real, inúmeras vezes também somos assolados por imagens que nos oferecem importantes avisos para a nossa sobrevivência. A grande questão é o quanto damos ouvidos as tais informações.
O mal existe... e se revela com muitas faces e expressões. As sensações que temos em relação a tudo o que estamos vivenciando também sempre são o alerta certeiro. Simples assim: Sentiu que é bom, vá, flua. Sentiu que não é bom, pare, recue. Mude de caminho.
O problema do porquê da dificuldade de sabermos se essas informações de sobrevivência que vêm pela nossa intuição são verdadeiras ou falsas. Na verdade, é bastante fácil de se resolver. Existem três inimigos mortais que temos dentro de nós mesmos e que são a porta de entrada para todo o mal agouro em nossas vidas. Eles costumam andar de mãos dadas e são os nosso grandes vilões:
- O primeiro é o pensamento excessivo e a ponderação exagerada, nisso englobo todo tipo de perfeccionismo e neste pacote está um imenso orgulho somado ao medo de fracassar. Vejam que paradoxo, porque esse tipo de movimento é o que cega para o aviso certeiro da intuição que jamais erra!
- O segundo são nossos impulsos para satisfazermos os nossos desejos a qualquer custo, como se fôssemos criancinhas mimadas que não suportariam passar por qualquer tipo de frustração. Por exemplo, se eu preciso de sexo, atravesso tudo o que for viável e mesmo sendo avisado pela minha intuição de que posso me machucar, sigo em frente, afinal EU quero! EU Preciso! ... Será? E a qual preço? Isso serve também para gula, vícios etc..
- O terceiro, pelo emocional exacerbado que também nos bloqueia o acesso à intuição. Cego-me de ódio, berro, espanco, bato em tudo e só vou ver o estrago que fiz quando me acalmo... Até parece que a minha intuição também ficou com medo de mim porque nessas horas ela some por completo e não recebo aviso nenhum do negativo que estou fazendo. Ocorre é que a intuição sempre aparece, e, neste caso, vai dando sinais quando o "sangue começa a subir", ela avisa pela mente, pela sensação não boa que é o disparador de todo este montante, mas o protagonista está autocentrado demais para perceber tais sinais. E como via de regra, sobram só os cacos em quase todas as situações em que não nos damos ouvidos.
Nossa máquina sempre está nos avisando. Sempre. E pode até ser que a nossa intuição venha por meio de alguma oitava superior, pelos nossos protetores espirituais. Pode ser o que for, mas enquanto você não levar a sério, ou mesmo duvidar, questionando as informações que recebe, é certeza que sua vida estará muito aquém do que poderia estar.
Se isso lhe faz algum sentido, esforce-se para mudar a forma viciada e cega que você tem sido até hoje e, definitivamente, viva a seu favor de modo diferente do que fez até hoje e seja feliz. Você merece.
Temos escolha, não é fácil sair de um programa viciado que nos domina e passarmos a dominar o nosso próprio sistema a ponto de conseguir remodelá-lo. Mas lembre-se, é como quando você aprendeu a andar de bicicleta, no começo cai um pouco, mas logo depois pega o jeito e aí é só prazer e aventura!