Como deve ser um Psicoterapeuta Reencarnacionista
por Mauro Kwitko em Vidas PassadasAtualizado em 18/11/2005 12:25:02
(e as pessoas em geral...)
Nos Cursos de Formação que venho ministrando em Porto Alegre, Florianópolis e São Paulo e, a partir de 2006, no Rio de Janeiro, falo para os alunos de como deve ser um Psicoterapeuta Reencarnacionista.
Falamos com as pessoas que nos procuram no consultório sobre a busca da evolução espiritual, da purificação, o real aproveitamento da encarnação e, então, o Psicoterapeuta Reencarnacionista não pode agir ao estilo: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
O nosso maior compromisso quando assumimos esse método de trabalho é conosco mesmos, com a nossa Consciência! Quando um aluno entra no Curso de Formação da Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista (www.abpr.org), começa a trabalhar mais seriamente a SUA busca da evolução espiritual, a SUA busca da purificação, o SEU real aproveitamento da atual encarnação. E isso que pode parecer fácil, não é tanto, pois nenhum de nós é perfeito, estamos todos sujeitos aos gatilhos, às armadilhas, às forças instintivas, às forças que vêm do nosso Inconsciente e às forças negativas exteriores.
Como poderemos falar sobre a meta espiritual para os nossos pacientes se não estivermos praticando primeiramente em nós próprios?
Um psiquiatra, um psicólogo, um psicoterapeuta de qualquer Escola, pode ser um ótimo profissional em seu set terapêutico, e, no seu cotidiano, fumar, beber, sentir raiva, ser triste, magoado, ter sentimento de rejeição, ser ciumento, orgulhoso, vaidoso ou até ter uma sensação de inferioridade, que tudo isso pode afetar pouco seu trabalho, ou seja, ele separa a sua vida pessoal da sua vida profissional, porque estará trabalhando com seu paciente.
Mas o Psicoterapeuta Reencarnacionista está primeiramente trabalhando a sua busca de evolução espiritual e, com isso, aos poucos, começará a sentir-se desconfortável com suas imperfeições e inferioridades espirituais, seja nos pensamentos, nos sentimentos, seja nas suas atitudes, pois estará conversando com seus pacientes sobre a Purificação! E isso não é uma coisa qualquer... Por exemplo: um psicoterapeuta pode fumar e beber, o Psicoterapeuta Reencarnacionista não deve. Por quê? Porque o cigarro e a bebida alcoólica são criações da Força Inferior e fumar e beber associa uma pessoa àquela Força e cria ou reforça essa sintonia.
A raiva que as pessoas, em geral, acreditam que é um sentimento, é a própria Força Inferior e não um sentimento. Por isso, quando alguém diz que está com raiva, ela está dizendo: “Eu estou com a raiva...” Um Psicoterapeuta Reencarnacionista precisa estar sintonizado com a Força Superior e por isso não deve permitir-se sentir a raiva. E quando ela vai chegando... se encostando... procurando uma brecha... querendo entrar? Aí, nesse momento, lembramos do “Orai e Vigiai!”, que quer dizer “Manter a sintonia com Deus e cuidar dos pensamentos, dos sentimentos, das palavras e das ações.”
A raiva vai entrando pelas brechas, atingindo o pensamento. Por isso que uma pessoa quando está à mercê daquela Força acredita que tem razão para estar sentindo isso... Ela tem mesmo razão para estar sintonizada com aquela Força, mas não tem Razão e é diferente uma coisa da outra. Tem razão para estar sentindo a raiva, mas não tem Razão para despachá-la. Isso é um dos assuntos das consultas em Psicoterapia Reencarnacionista, por isso os seus representantes não podem sentir a raiva. E quando ela chegar, intrometer-se, querer impor-se? Aí devemos perceber o que está acontecendo, chamar por nosso Guia Espiritual, por Jesus, pedir Luz. A Luz é a maior força do Universo. Ela chega com a Paz e com o Amor.
As regressões que são realizadas por um Psicoterapeuta Reencarnacionista são realizadas pelo Guia Espiritual da pessoa e não por ele, que coloca-se como um facilitador do processo. Antes de iniciarmos o relaxamento, elevamos nosso pensamento para o Mundo Espiritual, pedindo aos nossos amigos espirituais e os amigos espirituais da pessoa que estejam presentes, nos auxiliando a realizar a terapia regressiva. Mas como isso pode ser feito se o Psicoterapeuta está com uma baixa freqüência, se bebeu na noite anterior, se fuma cigarro? Que sintonia vai alcançar? Ao invés de chegar o Guia Espiritual da pessoa, chega um mistificador, um zombeteiro...
O que eu tenho visto nos Cursos de Formação é que é mais do que um Curso. Ocorre uma espécie de terapia de grupo e ao final dele os alunos que bebiam não bebem mais; os que fumavam, não fumam mais; os irritados estão bem mais calmos; os tristes, magoados, sentem-se mais felizes, os tímidos já estão soltando-se, e assim por diante. Por quê isso? Porque o tema principal do curso é a evolução espiritual, o que significa melhorar qualquer característica de personalidade, sentimento ou ação que não seja do bem.
O Psicoterapeuta Reencarnacionista deve começar aplicando em si os princípios da nossa Escola para ter credibilidade interna para tornar-se um conselheiro espiritual das pessoas que lhe procuram. Deve dar a si o próprio exemplo de que a força de vontade pode ser efetiva para poder dizer isso às pessoas sem que uma voz interior lhe diga: “Quem és tu para aconselhar isso? Tu também és assim...”, “Tu também sentes a raiva...”, “Tu também és triste...”, “Tu também és orgulhoso...”, “Tu fumas...”.
Não quero, com o que estou dizendo, que os leitores pensem que sou perfeito, que já consegui eliminar todas minhas imperfeições e inferioridades. O que eu quero é que saibam que sou uma pessoa que quer alcançar isso, que procura estar atento ao que emerge de dentro de mim diante das situações da vida, como eu reajo diante dos gatilhos.
O que são gatilhos? São os fatos do dia-a-dia, são as pessoas, os acontecimentos que fazem aflorar de dentro de nós o que viemos melhorar nessa encarnação. E já sei que o que nos ajuda a perceber o que temos de inferior são instrumentos de Deus na nossa caminhada. São potencialmente positivas, embora com freqüência nos pareçam negativas, pois causam desconforto. A vida encarnada é uma sucessão de gatilhos e de armadilhas. O que são armadilhas? São situações que nos parecem benéficas, boas, vantajosas, compensadoras, que vão nos trazer dinheiro, sucesso, bens materiais, mas que na verdade não nos ajudam a evoluirmos espiritualmente. Isso não quer dizer que devemos ser contra o dinheiro, o conforto, o bem estar, termos uma boa casa, um automóvel, pois isso seria uma apologia da auto-flagelação, da miséria, do sofrimento, ao estilo de algumas antigas crenças religiosas baseadas na culpa e no castigo.
Devemos ter uma vida simples, despojada, tranqüila, ganhando e gastando o dinheiro honestamente, sem querer se exaltar acima dos outros e sem querer ser menos; ou seja, não querer ser rico nem pobre, estar na média. Somos todos médios. Na verdade, espiritualmente somos pequenos, mas estamos crescendo.
O Psicoterapeuta Reencarnacionista lidando com as pessoas do ponto de vista espiritual, em seu consultório, deve cuidar de si, primeiramente. Procurar saber para o que reencarnou, porque Deus lhe propiciou aquela infância, aquela família; fazer uma releitura do começo dessa vida à luz da Reencarnação; ficar atento aos gatilhos, às armadilhas; procurar ir harmonizando-se com os Espíritos que estão por perto e que sente que são antigos conflitos; ir aumentando o amor em seu coração, expandindo sua Consciência, tornando-se cada vez mais simples, mais leve, mais puro. Deve dar um exemplo aos demais de que está nas fileiras do Exército de Deus e que as armas que usa são a Paz e o Amor. Deve combater o orgulho, a vaidade, a crítica, a impaciência, a irritação, a ansiedade, desenvolvendo a paciência, a compreensão, a humildade.
Enfim, ser Psicoterapeuta Reencarnacionista não é uma tarefa fácil, mas é compensadora.